quinta-feira, 5 de junho de 2008

COMBUSTÍVEIS EM PORTUGAL

A Autoridade da Concorrência apresentou o seu relatório, no qual concluiu não ter encontrado indícios de abuso de posição dominante ou cartelização entre os principais operadores do mercado de combustíveis em Portugal. Perante esta brilhante conclusão o inefável ministro da Economia decidiu a adopção de medidas em que teoricamente obriga a GALP a informar sobre a formação de preços, sem optar por uma obrigação de abertura do mercado a infra-estruturas logísticas, que continuam por completo nas mãos da GALP.
Convém lembrar que a GALP já não pertence ao Estado, estando nas mãos de privados, sendo que na privatização o Estado entregou o monopólio prático da refinação, armazenagem e distribuição dos combustíveis.
Convém também saber que os maiores accionistas que actualmente mandam efectivamente na GALP são Américo Amorim e a Sonangol que são assim quem mais lucra com a política de preços de combustíveis em Portugal. Não haveria qualquer problema nisso, se de facto a GALP não tivesse o monopólio de boa parte do negócio dos combustíveis em Portugal.
Nem será de admirar que de um ano para o outro o Comendador Américo Amorim tenha passado de 2º homem mais rico de Portugal atrás do Eng. Belmiro de Azevedo, para nº 1 quatro vezes mais rico que o nº 2 que é o anterior nº1 . De acordo com a FORBES, o Comendador Américo Amorim é hoje o 132º homem mais rico do mundo muito devendo para isso aos excelentes resultados da GALP, enquanto o Eng. Belmiro de Azevedo ocupa o relativamente mais modesto lugar nº 605 da mesma lista, não constando contudo que esteja mais pobre.

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