domingo, 1 de junho de 2008

PSD: a hora de Ferreira Leite


Perante a escassez da vitória de Manuela Ferreira Leite e o resultado para mim inesperado de Santana Lopes, o futuro do PSD não ficou claro, estando dependente de várias condicionantes para que se possa afirmar vitoriosamente perante a governação socialista.
Santana Lopes já se colocou na posição de oposição interna, mais uma vez provando que apenas se preocupa com o seu próprio futuro político, pouco lhe interessando o sucesso do próprio partido e até o futuro do país se não for ele a mandar.
Já Passos Coelho manifestou-se disponível para colaborar com a nova liderança, como lhe competia na sua opção por uma posição responsável e de futuro.
O conjunto das votações em Ferreira Leite e Passos Coelho permitirá que o PSD se afirme de uma forma suficientemente sustentada e forte. Para que tal suceda, será necessário que Ferreira Leite tenha a vontade e seja capaz de suscitar uma plataforma de entendimento e colaboração com Passos Coelho que permita um encontro no essencial sem deixar de respeitar as diferenças que obviamente existem.
Claro que Santana Lopes está fora de tudo isto, esperando apenas que tudo corra mal para apanhar os cacos. Só que se isso suceder, tenho a impressão que já nem cacos haverá para apanhar.
Está tudo nas mãos de Manuela Ferreira Leite. Como ex-mandatário de Passos Coelho em Coimbra felicito a vencedora desta eleição, tendo a noção clara de que as campanhas terminam no momento da votação, sendo obrigação estrita de qualquer militante, a partir desse momento, disponibilizar-se para colaborar nas soluções escolhidas em votações livres e democráticas não esquecendo, no entanto, que quem ganha as eleições é que deve governar e definir as escolhas até às eleições seguintes.

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