sábado, 31 de janeiro de 2009

EVANGELHO DO DIA

Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41.

Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

PÉROLAS

Para que não se pense que a Humanidade não vale a pena, aqui vai a prova de que vale:
Carmen de Bizet (prelúdio e habanera) por Maria Callas:



Bom fim-de-semana.

O ovo da serpente?

O título de hoje do Público diz muito sobre o que se passa em Portugal, para quem quiser ver para além do que está escrito: Sócrates acusa”poderes ocultos” e diz-se de pedra e cal no Governo.
Na realidade, Sócrates tem toda a razão em acusar “poderes ocultos”. A questão está em que, como não foi devidamente construída uma alternativa que se tenha afirmado perante o Partido Socialista e o seu Governo, o sentimento generalizado de rejeição cristalizou no caso freeport.
Como não se sente minimamente ameaçado do ponto de vista político pela oposição, também pode dizer com inteira razão, que está de pedra e cal.
Entretanto a situação chegou a um ponto em que os partidos da oposição não podem de forma nenhuma tentar obter vantagens políticas imediatas da situação, pelo que se escondem todos atrás da PGR.
Esta situação pode ser um autêntico “ovo da serpente” e vamos ver que bicho vai sair lá de dentro.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Conselhos de Gabriel Garcia Marquez


Consciente de que a doença o aproxima do seu fim, o escritor colombiano dos “Cem anos de solidão” decidiu deixar-nos a todos uma série de conselhos.

Aqui ficam dois deles:

1. Aprendi que um homem só tem direito de olhar a um outro de cima para baixo, quando vai ajudá-lo a levantar-se.

2. Ninguém te recordará pelos teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e a sabedoria para expressá-los. Demonstra a teus amigos e seres queridos o quanto te importam.

EVANGELHO DO DIA

Evangelho do dia:


(Mc 4, 21-25) Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Quem traz uma lâmpada para a pôr debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não se traz para ser posta no candelabro? Porque nada há escondido que não venha a descobrir-se, nem oculto que não apareça à luz do dia. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Disse-lhes também: «Prestai atenção ao que ouvis: Com a medida com que medirdes vos será medido e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem dar-se-lhe-á, mas àquele que não tem até o que tem lhe será tirado».

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MAPA COR-DE-ROSA

Pelo que leio por aí os ingleses querem as contas bancárias do primeiro-ministro de Portugal.
Esta é uma situação limite que não se pode tolerar sem uma resposta adequada do Estado português.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Conhecer os bons exemplos

O núcleo de Coimbra da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) está a levar a efeito um ciclo dedicado a instituições da nossa região que, nos últimos anos, dentro da sua área de actuação, se têm notabilizado pelo sucesso empresarial, ou por atingirem resultados que as colocam num patamar de excelência alcançado por muito poucas. Este ciclo integra-se nas acções levadas ao nível nacional pela ACEGE, sob o tema geral “Valores e Desafios para um novo Paradigma na Gestão”. Curiosamente, este tema foi definido antes do surgimento da actual crise global económica e financeira, o que mostra bem que as preocupações com a Ética nos Negócios que estão no centro da actividade da ACEGE tinham e continuam a ter toda a razão de ser, enquanto aspecto fundamental do crescimento sustentado da economia.
Após os anteriores encontros-debate com os responsáveis da Auto Sueco Coimbra e da Bluepharma, na passada quinta-feira a ACEGE Coimbra teve como convidado Basílio Simões, co-fundador e presidente da ISA (Intelligent Sensing Anywhere, SA).
A ISA é uma empresa de alta tecnologia que, tendo começado em Coimbra em 1990 como “spin-off” universitário, tem hoje escritórios em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Irlanda e Brasil. Especializada em Telemetria e Comunicações M2M (Machine-to-Machine) tem mais de 40.000 sistemas por si desenvolvidos em funcionamento em países dos cinco continentes, desde a Finlândia até à Austrália.
Trata-se de um exemplo notável por vários motivos: capacidade de risco e de inovação dos empreendedores, permanente ligação à Universidade, investimento forte em investigação e desenvolvimento, internacionalização eficaz, opção por escolha de área de actividade de grande valor acrescentado. Uma máxima da ISA é que “ao contrário de matérias-primas como o ouro, o petróleo, o cobre ou os recursos naturais, nenhum país terá jamais o Monopólio das ideias”.
Para além de tudo isto, a ISA definiu valores de empresa: Trabalho, Inovação, Competência, Humildade e Ambição.
Neste encontro não se ouviu a palavra crise. Porquê? Talvez porque o negócio da ISA está muito ligado a desenvolver e proporcionar soluções tecnológicas, que permitem um maior controlo das actividades de outras empresas, o que se reflecte na obtenção de graus mais elevados de eficiência, o que é cada vez mais necessário nos dias de hoje.
Trata-se de mais um exemplo da excelência que Coimbra consegue gerar e enviar para todo o mundo, que bem merece ser conhecido e realçado.

Publicado no Diário de Coimbra em 26 de Janeiro de 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sympathy for the Devil

Em 1971 os Blood Sweat and Tears tocaram assim os Rolling Stones:

Alerta laranja

Foi sol de pouca dura: voltaram a chuva e o vento forte, por todo o país, pelo que a protecção civil (quem mais?) lá declarou alerta laranja para quase todo o dia.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Bom fim de semana

Após dias seguidos de chuva céu cinzento, o dia de hoje nasceu com sol e passaros a chilrear. A Primavera está próxima.
Bom fim de semana.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O homem que mordeu o cão

Na imprensa de hoje (As Beiras) vinha uma notícia com este título: "Distritos da Guarda e Castelo Branco ainda não tiveram mortos este ano em acidentes rodoviários".
Pelos vistos a não notícia que passou a notícia teve origem na nova Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Só nos resta dizer: ainda bem.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Quando as elites falham


A actual crise económica e financeira veio colocar a nu muitas fragilidades das sociedades actuais que necessitam de correcção urgente.

Uma dessas fragilidades é a demissão das suas responsabilidades por parte das elites sociais.

Por muito que custe a algumas pessoas reconhecê-lo, as elites são sempre objecto de escrutínio, e o que fazem, bem ou mal, tem consequências na sociedade em geral. É sabido que um bom exemplo vale mais do que mil palavras. Por isso mesmo, quem mais alto sobe, mais responsabilidades adquire perante os concidadãos.

A substituição da realização pessoal completa pelo enriquecimento material a qualquer custo e o mais rápido possível levou a que muitos representantes das elites sociais passassem a considerar todos e quaisquer valores éticos e interesses dos seus concidadãos como simples obstáculos a remover.

Isso é patente no que sucedeu nos grandes bancos ao nível mundial, ou mesmo entre nós. A busca permanente de lucros crescentes por parte dos seus dirigentes levou a uma espiral financeira descontrolada que contaminou toda a economia, e que agora todos os cidadãos têm de pagar com os seus impostos.

Pessoas que eram consideradas como exemplos de sucesso são hoje vistas como incompetente e insensatas, quando não mesmo como ladrões. Os próprios dirigentes que são pagos para controlar as actividades financeiras são hoje considerados, no mínimo, como ineptos ou distraídos.

E as elites falham até nos mais pequenos pormenores do dia a dia, dando exemplos terríveis à sociedade. Nos últimos dias, a imprensa noticiou que umas trinta pessoas foram constituídas arguidas por corrupção, ao tentarem obter uma “Carta de Desportista Náutico”. A referida escola resolveu enviar previamente as questões do exame aos candidatos, que assim obtiveram bons resultados com toda a facilidade. Não estamos a falar de crianças, e sim de cidadãos que pertencem a uma elite, contando-se entre eles um ex-ministro. Uma verdadeira vergonha.

Um dos maiores problemas da nossa sociedade é mesmo a demissão de grande parte das elites. Em vez de participarem na construção de uma sociedade mais livre e mais digna, fecham-se nos seus casulos, usam e abusam das vantagens que detêm, e não cuidam sequer de evitar serem maus exemplos, eles que estão sempre sob observação, queiram-no ou não.

A História está cheia de exemplos em que situações destas deram mau resultado, quando não trágico. O problema está em que estas novas elites não o sabem: provavelmente nem nunca ouviram falar dos brioches de Maria Antonieta.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Cientologia

Num dia destes escrevo aqui sobre esta seita da moda entre os actores de Hollywood.
Entretanto, achei estranho que ninguém tivesse comentado o facto de a "Igreja da Cientologia" não reconhecer a existência de uma doença, neste caso o autismo.
Parece que por isso o filho de Travolta não era tratado. Também devo reconhecer que nunca me pareceu que tivesse muitos miolos (o pai Travolta, claro).
Então aquela gente passa a vida a criticar o obscurantismo da Igreja Católica e segue uma seita que lhes determina as doenças, em vez dos médicos?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

DEFICE 2009

Defice rectificado para 2009: três vírgula nove por centro.
Três vírgula nove por cento? Peço desculpa, mas PORRA!
Vão gozar com outro.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Maioria absoluta

O Dr. Soares veio "ajudar à missa" da necessidade de maioria absoluta. Conversa da treta. O que interessa é para que é que serve a maioria absoluta isto é, que políticas é que pretende aplicar.
Há mesmo políticos que gostam de fazer de nós parvos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Carta de marinheiro

Não é por ter Carta de Patrão de Alto Mar, mas devo dizer que acho divertidíssimo ver determinado tipo de pessoas usar de "meios estranhos" para obter uma carta de desportista náutico.
Aliás fazem-me lembrar as histórias (verdadeiras) de personagens bem conhecidas dos meios políticos e sociais que antes do Verão compram umas embarcações com recurso a cheques pré-datados, que depois do Verão não conseguem ser descontados, mas claro, os vendedores não vão querer perder aqueles clientes...

Que sera, sera

Podemos não ver o futuro, mas devemos fazer por ele.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cidades e estratégia para a competitividade urbana

Já referi nestas linhas o relatório que o “International Forum on Urban Competitiveness” publica todos os anos, e no qual é apresentado um ranking de cidades de todo o mundo. Baseia-se na competitividade urbana, que traduz a capacidade de cada cidade para criar mais riqueza e mais rapidamente que as outras.
Como todos sabemos, dada a rápida urbanização dos últimos anos, a competitividade verifica-se hoje mais entre as cidades do que entre os próprios países. A liberdade de circulação e a própria globalização da economia levam a que muitos possam hoje escolher a cidade em que querem trabalhar e viver, mais até do que o país.
Aquela organização aponta os pontos concretos em que as cidades melhor classificadas se esforçam por conseguir bons resultados:
«1.Definir estratégias de desenvolvimento e fornecer orientações no planeamento.
2.Promover um ambiente empresarial que apoie pequenas e médias empresas.
3.Apoiar a evolução das indústrias para patamares mais elevados tecnologicamente.
4.Providenciar a oferta de formação contínua aos cidadãos, encorajando o aparecimento de talentos.
5.Prestar atenção à protecção do ambiente e perseguir o desenvolvimento sustentável.
6.Desenhar a “marca” da cidade e promover o marketing da cidade.
7.Desenvolver um governo da cidade virado para o serviço, através de um modelo de gestão empresarial da gestão municipal.
8.Fomentar características especiais da cidade e cultivar culturas diversificadas.»
Como se pode observar, as habituais discussões sobre as estratégias urbanas em Portugal raramente conseguem ultrapassar um ou outro dos pontos acima elencados.
Não existe, normalmente, uma visão integradora e abrangente de todos aqueles aspectos que, no seu conjunto, definem a competitividade urbana das cidades.
No início de um ano de eleições autárquicas, seria bom revestirmo-nos todos de alguma humildade, e observarmos bem o que de melhor se faz no mundo, no que aliás é hoje uma técnica empresarial bem conhecida.


Publicado no Diário de Coimbra em 12 de Janeiro de 2008

domingo, 11 de janeiro de 2009

ACTUS TRAGICUS

Parece-me que já em tempos aqui coloquei esta música. No entanto, dado que anda no meu carro há tantos anos, sucessivamente em cassete e em cd , peço que me desculpem a repetição:

Rita

Sabe sempre bem voltar a ouvir esta Rita Coolidge, nestes dias em que as músicas parecem todas iguais:

ACEGE EM COIMBRA

Ciclo "VALORES E DESAFIOS PARA UM NOVO PARADIGMA NA GESTÃO"
Basílio Simões , da ISA, no dia 21 de Janeiro às 20:00 no Salão da Sé Velha.

Inscrições: acececoimbra@gmail.com

AJUSTE DIRECTO EM SALDO

Com a nova regra (provisória por dois anos) de adjudicações por ajuste directo até ao máximo de 5 milhões de euros, suponho que seria conveniente constituir um observatório de acompanhamento da medida.
No final, imagino que se constatará um aumento expressivo dos custos unitários pelos trabalhos realizados, o que "é perfeitamente normal" e mesmo aceitável, ou não se aprovaria esta medida. Falta saber como será feita a redistribuição desses sobrecustos, mas aposto que não andará longe da regra dos investidores imobiliários vulgarmente conhecidos como patos bravos: 3x1/3. Neste caso, parte para o empresário fornecedor, parte para alguém ligado à adjudicação e parte para o respectivo partido.
Depois não digam que não foram avisados: o Magreb está cada vez mais próximo.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Demasiados cavalos

antes


Ouvi dizer que o Ferrari 599 GTB Fiorano que o Ronaldo estampou era um modelo especial de encomenda: além dos 620 cavalos habituais, trazia mais um...burro.

depois

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Haja mais rigor na linguagem

Nos últimos anos o pais foi-se transformando progressivamente num mar de propaganda.
As "pessoas", como agora se diz, nem se apercebem como a conversa à volta delas, a todos os níveis de responsabilidades públicas e privadas foi evoluindo de uma forma que retira rigor à linguagem e nos obriga a todos a aprender a descodificar as mensagens.
Ainda agora apreciei na tv uma entrevista a um Comissário da PSP. À pergunta sobre "quais foram os números da operação Natal da PSP", a resposta foi esta: "os números são muito positivos".
Isto é, antes de passar a fornecer os números, como lhe havia sido perguntado, começou por condicionar a nossa percepção da mensagem. Isto num profissional sem responsabilidades políticas.
Depois até se saiu muito bem a descrever as estatísticas e mesmo a interpretá-las, vincando mesmo os problemas de alcoolismo social que os números denunciam. Mas antes disso, teve que usar propaganda, provavelmente sem sequer se aperceber disso.
É apenas um pequeno exemplo do dia a dia, mas representa bem aquela minha ideia.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

IDADE DA INOCÊNCIA

Há alguns meses que a programação da TSF entre as dez da noite e a meia noite é ocupada com o programa "idade da inocência" de Margarida Pinto Correia, apenas cortado de meia em meia hora por pequenos blocos noticiosos.
Não é uma rádio nostálgica, porque tanto transmite músicas da nossa juventude, como apresenta esses temas interpretados por artistas actuais.
Ontem tiveram a coragem de colocar o "shine on you crazy diamond" do álbum "Wish you were here" dos Pink Floyd. Como os cotas como eu se recordarão, aquele tema ocupava um lado inteiro do álbum, o que são cerca de vinte minutos. Numa emissora actual, é obra.
A publicação daquele álbum seguiu-se ao "Dark side of the moon", talvez o melhor album de sempre da música rock.
Como já sou um bocado velho, dado que cresci nos anos 60 e início dos anos 70, para mim os Pink Floyd acabaram precisamente no "wish you were here"; a partir dali tocaram mais variações do mesmo. Tal como aconteceu mais ou menos por essa altura com os Genesis que, após a saída do Peter Gabriel e a sua substituição como vocalista pelo xaroposo baterista ficaram insuportáveis.
Claro, é apenas a minha opinião e gostos (ainda por cima musicais) não se discutem.
Um presentinho:

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cuba, quero conhecer-te melhor

Alertado pelo 31 da Armada (ver em baixo à direita), fui ao sítio da FENPROF ver as codições do novo concurso que a Fenprof está a levar cabo entre os seus associados, com a colaboração da Embaixada de Cuba.
Convido os leitores a irem ver, porque contado não se acredita.
Com a devida vénia à Fenprof, aqui vai um excerto do concurso:

Convocado pela Embaixada de Cuba em Portugal e anunciado no Jornal da FENPROF nº 226, Junho de 2008, este concurso alarga o prazo de entrega dos trabalhos até 22 de Dezembro, dando assim possibilidades de mais tempo de pesquisas, designadamente para os trabalhos de texto e investigação do tema escolhido. Os resultados serão conhecidos em Janeiro de 2009.

Relembro que este concurso é dirigido a crianças e jovens contemplando os seguintes níveis etários:

Dos 5 aos 9 anos
Dos 10 aos 13 anos
Dos 14 aos 18 anos

Cada concorrente deverá participar numa das seguintes temáticas:

Triunfo da Revolução Cubana � 1 de Janeiro de 1959
Ernesto Che Guevara (Guerrilheiro Heróico)
Os 5 heróis (jovens lutadores anti-terroristas, prisioneiros nos EUA hoje)
José Marti (Herói, ideólogo e poeta de Cuba)
10 de Outubro, início da 1ª guerra de independência de Cuba.

Sugerimos, de novo, os seguintes sítios para obter informação:

- José Marti www.marti.cubasi.cu
- História de Cuba www.cubagob.cu/historia
- Los 5 Héroes www.granma.cubaweb.cu/miami
- Che Guevara http://www.cheguevara.cubasi.cu/

Com Cuba no coração estimule e ajude nestas pesquisas e realizações os alunos, filhos e amigos dos seus filhos a conhecerem melhor, através de alguns personagens heróicos, como se forja a dignidade deste Povo, desde as lutas pela independência no século XIX até à actualidade.

Sem mais comentários.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ano novo, vida nova: façamos por isso

Entrados no ano de todos os maus presságios, não podemos deixar de considerar que, apesar de tudo, 2009 dificilmente será pior que 2008.
Como se o ano que passou não tivesse sido suficientemente mau, os actores políticos que temos não quiseram deixar passar a oportunidade para nos demonstrar como por vezes conseguem tornar tudo ainda pior.
O episódio do Estatuto dos Açores deverá ficar na História como um dos momentos menos edificantes da nossa democracia.
Após a declaração do Presidente da República em Julho, seria de esperar que a Assembleia da República tivesse um momento de sensatez e recuasse na proposta do Estatuto, eliminando os malfadados artigos 114 e 140 contestados publicamente pela generalidade dos constitucionalistas.
Mas não. A teimosia e o receio de perda dos votos açorianos falaram mais alto, pelo que a hipocrisia e o cinismo político ditaram as razões de voto na Assembleia da República.
Da estratégia assumida de confronto directo com o Presidente da República por parte dos partidos da esquerda parlamentar não haverá muito a dizer, a não ser registá-la.
Já a posição dos partidos da direita tem muito que se lhe diga, atendendo a que apoiaram directamente a eleição de Cavaco Silva como Presidente da República.
Talvez o actual CDS não se reveja muito no Presidente da República, mas não me parece grande ideia alinhar com toda a esquerda parlamentar numa matéria de confronto político com o Chefe de Estado.
No que toca ao PSD o que se passou foi muito mais grave e indesculpável.
O grupo parlamentar do PSD conseguiu o mais difícil, ao optar pela abstenção na votação do Estatuto nestas condições e ainda por cima reconhecendo razão às críticas do Presidente da República. A cereja em cima do bolo foi dar liberdade de voto para apoiar o Estatuto e proibir a votação contrária, oferecendo os votos para obter 2/3 dos deputados na aprovação. Que saudades dos tempos de Sá Carneiro que dizia primeiro o interesse do país, depois o governo e só depois o partido.
Foi um fim de ano infeliz para todos os intervenientes. Pessoalmente estou convencido que o Presidente da República só não dissolveu a Assembleia da República porque não há dúvidas que coloca o interesse nacional acima das contingências, ao contrário do que agora é comum por aí.
Que neste ano de 2009, ao nível de responsabilidade de cada um de nós sejamos todos capazes de contribuir para que seja melhor do que o ano que agora findou, são os meus votos.

Publicado no Diário de Coimbra em 5 de Janeiro de 2009

sábado, 3 de janeiro de 2009

Momento certo para apoiar pequenas empresas

Excerto da entrevista de ontem no Diário de Coimbra:
"João Paulo Craveiro não escondeu que a actual situação de crise que se vive em Portugal e no Mundo deveria assumir-se como o momento certo para, em termos de investimentos públicos, se apoiar a reabilitação urbana dos centros históricos, cujo investimento é feito prédio a prédio, não exige milhões e milhões de euros como as grandes obras, os projectos podem ser feitos rapidamente e podem ser distribuídas obras por pequenas e médias empresas sem ser tudo para os grandes empreiteiros.
O Eng. civil afirmou que, com alguma facilidade, desde que se constituam instrumentos financeiros, se dinamizava a actividade económica de empresas que não têm possibilidade, a não ser como subempreiteiros, para grandes empreitadas, antes de assumir ser preciso criar condições para apoiar as empresas e os investidores, de forma coerente para que possa ser imediatamente reflectida na economia das pequenas empresas locais."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Crise e confusões ideológicas


A actual crise económica e financeira tem servido para os maiores desvarios ideológicos. Generaliza-se a ideia de que a solução dos nossos problemas está exclusivamente no Estado, porque é um actor racional, ao contrário do Mercado, que deu provas de se comportar irracionalmente. Esquece-se assim, de um fôlego, a história empresarial como um dos grandes progressos da humanidade, que funcionou, com o racionalismo que usa para as decisões, como base de todo o desenvolvimento dos últimos duzentos anos. Para alguns mais saudosos dos tempos de brasa de Vasco Gonçalves, os problemas da banca resolver-se-iam mesmo pela sua nacionalização sistemática.

Como responder a isto? Basta recordar que na base da actual crise mundial estão os chamados “produtos tóxicos” financeiros. Estes tiveram origem no “subprime” norte-americano, uma criação do Estado, repleta de boas intenções, para que toda a gente pudesse ter acesso a casa própria nos EUA. Passou-se isto ainda no tempo de Clinton; entretanto, os fundos Fannie Mae e Freddie Mac cresceram de tal maneira que levaram a uma valorização excessiva do mercado imobiliário. A consequência imediata é bem conhecida: toda a chamada banca de investimento foi infectada, seguindo-se, por contágio, a banca comercial e a chamada economia real.

Ouvi alguém defender recentemente que a política é como um pêndulo: umas vezes balança para a direita, outras vezes para a esquerda. Segundo essa teoria, quem ganha as eleições é quem estiver no centro do pêndulo no momento certo. Para ganhar eleições, tudo o que então seria preciso é ter a argúcia de ocupar esse sítio no momento das eleições. Quando o pêndulo anda mais à esquerda, tiram-se do bolso umas medidas sociais fracturantes; quando o pêndulo puxa mais para a direita, arranja-se algo em conformidade.

Assim se compreende melhor a proposta abstrusa dos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo feita neste momento específico, dois meses depois de ter sido recusada pelos actuais proponentes.

Parece que há quem ache que a aceitação dos métodos que os Estados estão a usar para combater a crise significa que o eleitorado passou a defender mais Estado, logo, está mais à esquerda no espectro ideológico. Estes métodos, recorde-se, consistem em injectar dinheiro dos impostos actuais e futuros para cima dos problemas. No meio disto, só o ministro das Finanças parece não ter perdido o Norte, porque reconhece calmamente que os actuais governos se vêem obrigados a navegar sem GPS, isto é, às cegas.

Há mesmo por aí quem recorde que já Hegel defendeu algures que o Estado é o centro da ideia ética, e que, perante a actual situação, deverá ser o mesmo Estado a moralizar o capitalismo. Doce engano. Perante a economia, se o Estado cumprir aquilo para que serve, isto é, cumprir leal e rigorosamente as suas funções reguladoras e de supervisão, já ficaremos todos satisfeitos. Ninguém na economia precisa que o Estado lhe venha dizer o que deve produzir, quando e como.


Publicado no Diário de Coimbra em 2 de Fevereiro de 2009