quarta-feira, 11 de junho de 2008

CAMIONISTAS

A História é dura e muitas vezes irónica.

Não é possível olharmos para a actual acção dos camionistas sem nos lembrarmos do buzinão na ponte que foi o início do fim do chamado cavaquismo.

E não nos podemos também deixar de lembrar da acção do PS nessa altura, nomeadamente de Armando Vara que está hoje calmamente a colher os benefícios dessa acção como vice-presidente do maior banco PRIVADO português.

A inacção do Governo perante esta situação de sufoco só pode radicar na má consciência dessa época. E já agora, na evidência de que para esta actual situação a Oposição não meteu prego nem estopa, ao contrário do que fez o PS em 1994.

terça-feira, 10 de junho de 2008

PATSY CLINE

Como alguns leitores deste blogue já se terão apercebido, tenho trazido para aqui memórias de artistas da canção que têm caído no esquecimento destas emissoras de radio que nos poluem os ouvidos com "artistas" de um dia, portugueses e estrangeiros, autenticamente fabricados pelas produtoras que depois também acabam por construir os alinhamentos dessas estações.
E é assim que, por vezes, saltamos de estação em estação e conseguimos encontrar a mesma música, ao mesmo tempo, em várias delas. E vamos lá não acreditar em bruxas.
Aqui vos deixo uma das vozes mais espantosas de música ligeira do século XX, de que os nossos locutores provavelmente nunca ouviram falar ou consideram "foleira" pela maneira como se vestia.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

RESPONSABILIDADE SOCIAL – BONS EXEMPLOS

A responsabilidade social nas empresas vai fazendo o seu caminho, sendo cada vez maior o número de bons exemplos que se vão encontrando.

Um dos aspectos mais importantes da RSE respeita às relações das empresas com os seus trabalhadores, que se reflectem de imediato na vivência das respectivas famílias.

Ainda há poucos dias foi entregue o Prémio “Empresas Familiarmente Responsáveis”, numa cerimónia em que o Dr. António Bagão Félix foi o conferencista convidado, uns meses depois de ter vindo a Coimbra, a convite da ACEGE, para falar precisamente sobre estas matérias.

As pessoas devem ser hoje consideradas como o maior capital das empresas, deixando de ser apenas o anónimo colectivo “recursos humanos”.

No último encontro da ACEGE em Coimbra, o Dr. António Pinto Leite apresentou entre nós um bom exemplo. Ao pretender preencher uma vaga de lugar de advogado, uma grande sociedade de advogados procurava um homem, porque já tinha nos seus quadros várias advogadas jovens com filhos pequenos ou a caminho de serem mães. Sucedeu que, após a necessária procura e atendendo aos rigorosos critérios de qualidade, apenas foi possível encontrar uma jovem advogada com a competência e especialização adequada para o lugar, pelo que acabou por ser a escolhida. Sendo assim, ficou acordado o período em que a advogada recém-contratada sairia da sociedade em que se encontrava a trabalhar para iniciar as suas funções na nova sociedade. Poucos dias antes da mudança, a advogada pediu no entanto para falar com o responsável da empresa para onde ia trabalhar, informando que entretanto engravidara e que sendo assim, desobrigava a empresa do acordo, dado que poucos meses depois iria entrar de baixa. Qual não foi o seu espanto quando a reacção foi de felicitação pela gravidez, sendo-lhe garantido o lugar através de uma solução provisória até ao seu regresso definitivo. Serve o exemplo para demonstrar que é possível mudar a ideia ainda infelizmente corrente de que as empresas apenas pretendem o trabalho dos seus colaboradores, não os apoiando nas suas necessidades pessoais e familiares.

Outro exemplo foi dado há poucos dias bem perto de nós. A Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) de Miranda do Corvo decidiu atribuir um prémio de 500 euros às suas trabalhadoras que decidam ter filhos. O objectivo apontado é combater a discriminação negativa nas mulheres e promover a natalidade. Daqui um grande abraço ao Dr. Jaime Ramos, presidente da ADFP, e as felicitações pelo apontar de um caminho diferente.

Como se vê, algo está a mudar no mundo do trabalho, esperando-se que os bons exemplos se venham a multiplicar, sendo que também nesta área a Responsabilidade Social das Empresas é importante para um desenvolvimento sustentado da economia.

Publicado no Diário de Coimbra em 9 de Junho de 2008

domingo, 8 de junho de 2008

ACEGE

Em Coimbra, no dia 26 de Junho: JOÃO CÉSAR DAS NEVES: Ética nos Negócios

Em Lisboa, no dia 18 de Junho: MARCELO REBELO DE SOUSA: RSE - A responsabilidade do Estado no potenciar de uma cultura de responsabilidade.

Estão abertas as inscrições.

TOSCA

Aqui se recorda a grande Callas na ária Vissi d'arte no segundo acto da Tosca de Puccini.


FUTEBOL

Continua a manipulação interminável à volta da selecção de futebol e do campeonato europeu.
Tenciono ver os jogos da selecção portuguesa na televisão e vibrarei com certeza com os golos que marcar. Claro que não vou ao ponto de me deslocar à Suíça para ver os jogos, nem sequer o faria se me oferecessem bilhete e as deslocações. Já me fizeram ofertas dessas e recusei, o que aliás foi motivo de grande espanto por parte do simpático ofertante, por ser a primeira vez que alguém recusou oferta de bilhete para jogo de futebol importante.
Deve ser por isso que consigo observar o que se passa com alguma distanciação e estou absolutamente chocado com a anestesia geral que está a ser dada aos portugueses, embora compreenda que até dê jeito a muita gente. Esperem só pelo acordar, sem passar pelo recobro.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

That's No Way to Say Goodbye

A educação musical da nossa geração não pode ser assim tão má quando tivemos a oportunidade de ouvir gente desta: Judy Collins e Leonard Cohen.

MY SWEET LORD

Com a devida vénia, aqui fica o texto de um mail amigo recebido há pouco:
Este show foi uma homenagem a George Harrison, dois anos após a sua
morte. No violão, Eric Clapton, no outro violão o filho de Harrison
(que aliás é a reencarnação do pai), no piano Paul McCartney, na 1ª
bateria Ringo Star, na segunda Phill Collins, na guitarra, Tom Petty
no órgão e vocal Billy Preston. Talvez esteja enganado, mas acho que
na outra guitarra está o Peter Frampton... Este é o pessoal de outra
geração. Sem piercings na língua, tatuagens nos braços e gritos no
palco! Duas palavras: simplesmente extraordinário! Este é para ser
guardado a sete chaves!

FUGAS (e não são as de Bach)

Tenho a vaga sensação de que o primeiro ministro poderá estar a preparar-se para provocar eleições antecipadas para o mais breve possível. Aliás esta estratégia teria resultado em cheio aqui há um mês. Agora com parte do próprio PS a dar o salto e com o PSD a arrumar-se a situação já está mais complicada. Mesmo assim é capaz de ser a única saída com alguma probabilidade de êxito para o PS. A alternativa de sair "à la Guterres" será sempre muito pior.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

COMBUSTÍVEIS EM PORTUGAL

A Autoridade da Concorrência apresentou o seu relatório, no qual concluiu não ter encontrado indícios de abuso de posição dominante ou cartelização entre os principais operadores do mercado de combustíveis em Portugal. Perante esta brilhante conclusão o inefável ministro da Economia decidiu a adopção de medidas em que teoricamente obriga a GALP a informar sobre a formação de preços, sem optar por uma obrigação de abertura do mercado a infra-estruturas logísticas, que continuam por completo nas mãos da GALP.
Convém lembrar que a GALP já não pertence ao Estado, estando nas mãos de privados, sendo que na privatização o Estado entregou o monopólio prático da refinação, armazenagem e distribuição dos combustíveis.
Convém também saber que os maiores accionistas que actualmente mandam efectivamente na GALP são Américo Amorim e a Sonangol que são assim quem mais lucra com a política de preços de combustíveis em Portugal. Não haveria qualquer problema nisso, se de facto a GALP não tivesse o monopólio de boa parte do negócio dos combustíveis em Portugal.
Nem será de admirar que de um ano para o outro o Comendador Américo Amorim tenha passado de 2º homem mais rico de Portugal atrás do Eng. Belmiro de Azevedo, para nº 1 quatro vezes mais rico que o nº 2 que é o anterior nº1 . De acordo com a FORBES, o Comendador Américo Amorim é hoje o 132º homem mais rico do mundo muito devendo para isso aos excelentes resultados da GALP, enquanto o Eng. Belmiro de Azevedo ocupa o relativamente mais modesto lugar nº 605 da mesma lista, não constando contudo que esteja mais pobre.