No topo das chamadas "complicações" em relojoaria, encontra-se o TURBILHÃO.
Esta tecnologia foi inventada em 1801 pela casa BREGUET, num tempo em que os relógios ainda eram fixos, estando permanentemente na posição vertical, portanto sujeitos a que a gravidade terrestre afectasse o movimento do "escape", introduzindo variações indesejáveis com influência negativa na precisão da máquina.
O TURBILHÃO consiste numa cápsula móvel que contém o "escape" e o "balanço" que assim rodam em conjunto, efectuando normalmente uma rotação completa em cada minuto, compensando assim as variações.
Hoje em dia, os relógios andam nos nossos pulsos, mudando constantemente de posição, pelo que o turbilhão não seria necessário para compensar a gravidade, sendo uma curiosidade e, acima de tudo, um desafio para os construtores.
O turbilhão aparece normalmente colocado às 12 horas ou às seis horas, havendo um modelo, fabricado pela OMEGA com o turbilhão no centro dos ponteiros, o que em minha opinião não resulta muito bem. A Jaeger leCoultre apresentou há pouco tempo um modelo com um turbilhão esférico, que roda sobre dois eixos, parecendo flutuar livremente no espaço de uma forma absolutamente extraordinária.
O efeito do turbilhão a rodar perante os nossos olhos tem no entanto um efeito quase mágico, pelo que as grandes marcas (muito poucas têm a capacidade técnica para produzir esta maravilha de miniaturização) apresentam modelos muito exclusivos com esta função.
Aqui fica um exemplo da BLANCPAIN :
O modelo da OMEGA:
1 comentário:
Visitei seu blog, e achei muito interessante essa matéria. Gostaria que acessasse também o meu blog. Sou relojoeiro restaurador de relógios antigos e de igreja.
Abraços
Wilson
São Sebastião do Paraíso-Minas Gerais - Brasil
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