Em 1985, a constituição do PRD foi decisiva para a conquista das duas maiorias absolutas de Cavaco Silva. O seu aparecimento retirou votos a todos os outros partidos, pela influência de Ramalho Eanes, mas foi principalmente o PS que contribuiu para os cerca de 17% obtidos pelo PRD na sua primeira ida às urnas. A consequência principal veio depois, ao ter sido cortado o vínculo afectivo de grande parte dos votantes socialistas que se viraram para o PRD e que nas eleições seguintes passaram em grande parte para o PSD. O PRD serviu de "quarto intermédio" e depois desapareceu.
Um novo partido de Manuel Alegre não terá grande futuro. Mas no início, poderá satisfazer grande parte dos votantes socialistas que não se revêm na actual governação e que depois ficarão psicologicamente "libertos" para irem para votarem noutro partido.
Até pode ser que boa parte deles vá para a esquerda, mas na sua maioria poderão regressar à casa PSD, já sem se sentirem "traidores".
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