jpaulocraveiro@ gmail.com "Por decisão do autor, o presente blogue não segue o novo Acordo Ortográfico"
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Ranking mundial de Universidades
Ver em:
http://www.topuniversities.com/university_rankings/results/2008/overall_rankings/fullrankings/
quarta-feira, 29 de julho de 2009
JOANINHA VOA, VOA
Ou será que não? Siga a telenovela do Verão. Só ainda não se sabe a música do genérico.
EVANGELHO DO DIA
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EMPRESÁRIO(s)
Ontem, José Roquette veio traçar a cronologia da transação que no final de 2000 cedeu à SLN. No comunicado, afirma que Dias Loureiro detinha 8,21 por cento das acções da Plêiade, embora com opção de compra até 14,285 por cento. E quando surgiu a oportunidade de a ceder à SLN, adquiriu a parte de Dias Loureiro bem como o direito de opção de compra, embora tenha pago apenas depois de a SLN liquidar essa compra, já em 2001.
"Fui o único vendedor das acções da Plêiade à SLN para assim simplificar o processo de venda e ser pessoalmente o único responsável pelas garantias", afirma Roquette. "Não paguei, nem ao Dr. Dias Loureiro nem a ninguém, qualquer comissão pela venda da Plêiade".
Em contraponto a um comunicado repleto de datas precisas e de percentagens até à milésima, Dias Loureiro - em declarações ao jornal "Diário Económico - declara que não se recorda do valor real da sua posição na Plêiade e que salienta a sua insatisfação por todo o "alarido" em torno de um "negício perfeitamente normal e claro".
"Eu não me lembro desses 8,21 por cento. Lembro-me que tinha uma opção de compra de quase 15 por cento, acho que exerci essa opção de compra, mas não sei, porque já lá vão dez anos".
Como segundo comentário, quem tivesse pensado que a informação de José Roquette resolveria as imprecisões do ex-ministro estava pelos vistos enganado, o que não deixa de ser mais uma curiosidade a acrescentar a toda esta história.
terça-feira, 28 de julho de 2009
JOANINHA VOA, VOA
segunda-feira, 27 de julho de 2009
POLÍTICA E RELIGIÃO
É frequente ouvirmos críticas duras contra a tomada de posições políticas públicas por parte de membros da Igreja Católica, sejam leigos ou pertençam à hierarquia religiosa.
Não me refiro a apoios ou críticas de católicos a este ou aquele partido, posições que podem ser sempre contraditadas, como é norma em democracia. Mas, muitas vezes, as próprias posições de princípio são apresentadas como ingerências mais ou menos ilegítimas da Igreja num mundo do qual muita gente gostaria de a ver arredada. Como se a Igreja e os seus membros estivessem impedidos de ter posições públicas, mesmo quando os seus princípios morais são clara e sistematicamente atacados, muitas vezes com clara perda para a organização social e mesmo para o seu equilíbrio. Nos últimos tempos, vieram sinais fortes da Igreja, indicativos de que o que se passa no mundo dos homens não lhe é indiferente.
Entre nós, a Conferência Episcopal Portuguesa emitiu em Abril passado uma Nota Pastoral com o título”Votar, um exercício de cidadania”. Num ano de três actos eleitorais, os Bispos portugueses lembram que, sendo a política a acção do possível, os candidatos aos diversos órgãos serão candidatos ao serviço do bem comum, pelo que deverão ser capazes de realizar a sua missão com competência, cultura e vivência cívica, fidelidade e honestidade, sempre mais orientados pelo interesse nacional que pelo partidário ou pessoal. Àqueles que acusam a Igreja de querer impor os seus pontos de vista, os bispos portugueses lembram que ninguém deve esperar que um programa político seja uma espécie de catecismo do seu credo, mas um compromisso para a solução dos problemas do país, vincando, no entanto, que o eleitor cristão não pode trair a sua consciência no acto de votar. E isso porque os valores morais dos cristãos devem enformar as diversas dimensões da vida humana, designadamente familiar, social e política.
Curiosamente, também o Papa Bento XVI publicou a sua terceira encíclica chamada “Caritas in veritate”, isto é, “A caridade na verdade”. Esta encíclica vem recolocar a tónica na “Doutrina Social da Igreja”, 40 anos após a publicação da “Populorum Progressio” de Paulo VI.
Numa altura em que uma crise gigantesca abafa o desenvolvimento económico em todo o mundo, com consequências terríveis para tantas pessoas a nível de desemprego e sofrimento, o Papa vem lembrar os valores éticos essenciais da economia e da política. Claro que não cabe à Igreja apresentar saídas técnicas para a crise. No entanto, assume ser sua obrigação defender as pessoas concretas contra práticas que as ofendem, tanto as violações à sua liberdade individual e capacidade empreendedora, como um mercado desregulado e selvagem que a todos atropela.
O Papa relembra que “trabalhar pelo bem comum é cuidar e utilizar o conjunto de instituições que estruturam jurídica, civil, política e culturalmente a vida social, que se configura sim como polis, como cidade”.
Que melhor maneira de descrever qual deve ser a maneira de os cristãos pautarem a sua maneira de intervir no mundo?
Antes das férias e sobretudo antes das campanhas eleitorais que se avizinham, não nos fará mal nenhum ter em consideração o que a Igreja hoje nos diz, sejamos candidatos a qualquer cargo ou simples eleitores.
domingo, 26 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
Eleições antecipadas
UM FANTASMA
PAGANINI
Bom fim de semana.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A RODA DA NOSSA HISTÓRIA
"Quando o rotativismo, no último quartel do século XIX, começou a patinar, chegou a haver um governo de superação do impasse presidido por José Dias Ferreira, que teve que gramar o seu rival Joaqum Pedro Oliveira Martins como ministro da fazenda, mas que, depressa, deitou borda fora. Hoje, os descendentes dos regeneradores e dos progressistas são PSD e PS...
A Manela é bisneta do Zé Dias e um outro nosso ministro das finanças recente, sobrinho-bisneto do Joaquim Pedro. Os descalabro de então foi por causa do sonhar é fácil de certos investimentos em vias de ferro, com velhos e clássicos corruptos nas concessionárias, como o Foz e o Burnay. Mas o povo gosta, até deu nome aos palácios que eles compraram nos Restauradores e na Junqueira. O primeiro acabou em cabaret. O segundo está hoje quase abandonado e a cair aos pedaços. "
quinta-feira, 23 de julho de 2009
AINDA BEM
"A ministra da Saúde classificou hoje de «contra-indicadas» as «festas da gripe», alegando o desconhecimento que ainda existe sobre o H1N1, principalmente por ser «um vírus novo»"
Fico muito mais descansado.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
TOUR
Desde garoto que assisto ao TOUR na TV sempre que posso. Ainda me lembro do Eddy Merckx e do Bernard Hinault, para não falar do Joaquim Agostinho. Actualmente assisto um pouco em directo à hora de almoço e no fim do dia a repetição da etapa, sempre no Eurosport.
Hoje corre-se a 17ª etapa, com 4 (quatro!) subidas de 1ª categoria. Ontem o velhinho Armstrong mostrou-se um pouco, para grande admiração do Contador quando o viu recuperar e juntar-se a ele naquela subida fantástica.
AS AMORAS
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul
(Eugénio de Andrade)
Devia morrer-se de outra maneira
Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
Devia morrer-se de outra maneira
Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...
(De José Gomes Ferreira)
terça-feira, 21 de julho de 2009
JUPITER ESBURACADO
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Ainda o Homem na Lua
O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.
óóóó — óóóóóóóóó — óóóóóóóóóóóóóóó
(O vento lá fora).
FORMALIDADES LEGAIS
"O julgamento do processo Casa Pia, que dura há quase cinco anos, tem hoje a sua primeira sessão no novo Campus da Justiça, em Lisboa, numa sessão para cumprir formalidades legais e em que os advogados não esperam "surpresas".
Surpresa era aquela vergonha terminar.
Tratar cancro sem oncologistas
"Apenas 77% das 55 unidades que tratam cancro têm oncologistas médicos, o que para a Ordem dos Médicos é inadmissível. Além disso, só 28 hospitais têm um destes profissionais na consulta multidisciplinar, onde se tomam as decisões sobre o tratamento
Há pelo menos 13 hospitais que estão a tratar doentes com cancro sem terem, sequer, um oncologista médico."
Isto sem falar das condições físicas de alguns hospitais oncológicos, em que apenas a extrema dedicação do pessoal, desde médicos a auxiliares consegue ultrapassar as lacunas gritantes. Só o facto de os utentes daquelas unidades de saúde se encontrarem em situação psicológica debilitada impede que haja uma revolta generalizada contra o que se passa. Um exemplo: na unidade de cirurgia do IPO de Coimbra, Já vi doentes na maca a descer para o piso da cirurgia no mesmo elevador onde minutos antes tinha subido um funcionário com os caixotes do lixo. Mesmo elevador este, por onde transitam as visitas que presenciam tudo isto emquanto esperam no hall dos tais elevadores que serve de sala de espera. Como é evidente, os corredores por onde se passa todo este trânsito de doentes, macas, visitas e caixotes do lixo são também os mesmos. Suponho que qualquer privado que tivesse uma unidade de saúde a trabalhar nestas condições sanitárias já estaria com um processo em cima e a unidade fechada. Esta tem todos os certificados de qualidade.
Costa aberta
PASSOS DA HUMANIDADE
O ano de 1969 encerrou uma década de enormes transformações sociais e de acontecimentos que vieram a marcar impressivamente a História posterior da humanidade, para o bem e para o mal.
Foi a década da guerra do Vietname e respectiva contestação política nos EUA, do desenvolvimento da música popular e do rock com o festival de Woodstock, do surgimento de novos hábitos sociais com a democratização da moda, do aparecimento da pílula e divulgação da sua utilização com novos comportamentos sexuais, das convulsões sociais surgidas com as revoltas da juventude nas universidades americanas e do Maio de 68 em França, da Revolução Cultural chinesa e do recrudescimento da Guerra Fria.
Foi também a década da nossa guerra Colonial e das revoltas estudantis de 62 e de 69, da emigração em massa para a Europa e os “bidonvilles”, da construção da magnífica ponte suspensa em Lisboa, do assassinato de Humberto Delgado, da substituição de Salazar por Marcelo Caetano, da Ala Liberal e da breve Primavera política e dos golos de Eusébio contra a Coreia do Norte no Mundial de 66.
Foi uma década de crescimento económico generalizado como nunca se tinha visto antes na História, mesmo entre nós.
Mas um acontecimento marca esse ano de 1969, pelo seu simbolismo e significado.
Faz hoje precisamente 40 anos que o primeiro homem pisou a Lua. Ainda me lembro de ser quase criança e ficar a ver a televisão a preto e branco para correr a chamar a família quando as imagens surgissem. O comandante da Apolo XI, Neil Armstrong, depois de uma descida perfeita do módulo Eagle sobre o Mar da Tranquilidade, pisou a superfície lunar e proferiu a frase inesquecível: “Um pequeno passo para um homem, mas um grande passo para a humanidade”. Para além das marcas físicas das pegadas e da bandeira cravada no solo, foi esta a frase que marcou o momento para sempre.
Para nós, portugueses, a comparação com os nossos navegadores de há 500 anos é inevitável. Trata-se de feitos de exploradores que foram até onde nunca ninguém tinha ido antes. Mesmo aquele desenvolvimento tecnológico que há 40 anos nos maravilhava, aparece hoje aos nossos olhos tão frágil como as cascas de noz em que viajaram Vasco da Gama e tantos outros. Aqueles sucessos não surgiram por geração espontânea. Os descobrimentos portugueses foram fruto de uma preparação sistemática, desde a plantação das árvores que permitiram a construção das naus até ao desenvolvimento de técnicas de navegação e conhecimentos astronómicos. A Apolo XI foi o resultado de uma manifestação deliberada de vontade do Presidente Kennedy, que em 1962 estabeleceu que até ao fim da década os americanos colocariam um homem na Lua.
Provavelmente. ainda hoje muita gente não acredita que já houve homens a caminhar no solo lunar. Mas tudo isto não faz esquecer a emoção e sensação estranha que foi sair para a rua naquelas noites, olhar para o nosso satélite natural e saber que estavam lá homens a fazer nem eles sabiam bem o quê, para além de trazer umas pedras, mas com a consciência clara de representarem um marco gigantesco na História da Humanidade.
Publicado no Diário de Coimbra em 20 de Julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
LAGRIMA DE PRETA
Lágrima de preta
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
sábado, 18 de julho de 2009
OMEGA SPEEDMASTER
Quando nos anos sessenta a NASA pesquisou qual o melhor relógio que existia na altura para equipar os astronautas das missões Apolo, a escolha veio a recair no Omega Speedmaster, criado ainda nos anos 50 ( foi apresentado em 1957).
Para provar que há máquinas impressionantes de qualidade duradoura, o único relógio que até hoje foi usado na Lua ainda hoje é fabricado e vendido, com inteira satisfação dos seus orgulhosos proprietários.
Para celebrar os quarenta anos da Apolo XI, a Omega apresentou um modelo comemorativo, com um selo EAGLE no mostrador e a indicação do momento em que Neil Armstrong pisou a Lua: 02:56 GMT do dia 21 de Julho de 1969.
Aqui fica a foto do modelo e o link para o site especial deste relógio.
http://www.omegawatches.com/minisites/speedmaster/generic/minisite.html
sexta-feira, 17 de julho de 2009
BOM CONSELHO
Ouça um bom conselho
Eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera sempre alcança
Venha meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai ao longe
Eu semeio o vento na minha cidade
Vou p’ra rua e bebo a tempestade…
quarta-feira, 15 de julho de 2009
ACORDO COLIGATÓRIO
Conhecimento
(Mt 11, 25-27) Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
PATRIMÓNIO EM COIMBRA
Através do seu Departamento de Cultura, a Câmara Municipal de Coimbra acaba de publicar um livro sobre o “PATRIMÓNIO EDIFICADO COM INTERESSE CULTURAL” do concelho de Coimbra.
O volume, de quase 600 páginas, dá a conhecer o património edificado culturalmente relevante do concelho, esteja ou não classificado.
Em cada uma das 31 freguesias do concelho, foi feito um levantamento exaustivo que deu origem a uma ficha para cada edificação, contendo fotografias, descrição sumária e estado de conservação, entre outros elementos interessantes.
No total, são 406 as edificações apresentadas, sendo a respectiva localização facilitada através de um mapa digital contido num pequeno CD incluído no livro: desde singelas capelas, cruzeiros ou fontes a magníficas obras como o Aqueduto de S. Sebastião ou o Museu Machado de Castro; desde edificações tão antigas como o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha à modernidade exemplar do Conjunto de Edifícios da Associação Académica de Coimbra, Teatro Académico de Gil Vicente e Cantinas da Universidade; desde as construções mais afastadas do centro da cidade como a Capela de Nossa Senhora da Alegria em Almalaguês ao ponto central da cidade, como é a Sé Velha.
São centenas de edificações que, na sua grande maioria, passam despercebidas aos simples cidadãos não-especialistas nesta área, como é o meu caso. Torna-se agora possível ter acesso sistematizado ao rico património do Concelho de Coimbra, muito para além dos grandes monumentos que são conhecidos de todos.
O facto de esta publicação abranger tanto o património classificado como o não-classificado é muito relevante. Mostra que existe muito património que, embora não estando classificado, deverá merecer a nossa atenção e cuidado na sua correcta integração no mundo contemporâneo. Isto sem fazer cair sobre os respectivos proprietários um peso que frequentemente leva a encargos insustentáveis como as situações de abandono demonstram infelizmente demasiadas vezes. Não é todos os dias que vemos um Município preocupar-se com o conhecimento rigoroso de todo o património e, ainda menos, publicar essa informação sistematizada para conhecimento de todos os cidadãos. Na realidade, se a publicação é importante, ainda o é mais a atitude perante o património revelada pela decisão de fazer o levantamento sistemático e de fazer esse trabalho em estreita ligação com o planeamento urbanístico.
Está de parabéns a Câmara Municipal por esta publicação, bem como o seu Departamento de Cultura pelo trabalho e carinho colocado no levantamento e classificação de um património tantas vezes esquecido. Com satisfação, podemos mais uma vez dizer que estamos perante Coimbra no seu melhor.
Publicado no Diário de Coimbra em 13 de Julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
VOZ GRAVE
CORNINHOS PARA COIMBRA
quinta-feira, 9 de julho de 2009
CARITAS IN VERITATE
"A verdade, fazendo sair os homens das opiniões e sensações subjectivas, permite-lhes ultrapassar determinações culturais e históricas para se encontrarem na avaliação do valor e substância das coisas. A verdade abre e une as inteligências no lógos do amor: tal é o anúncio e o testemunho cristão da caridade. "
Pensem bem.
SE A MODA PEGA
Será que já alguém viu uma coisa destas num país a sério? Um arguido pedir para se ausentar da sala de audiências por não conseguir ouvir as alegações do Ministério Público sem ser mal criado só mesmo entre nós. Pior ainda é o Juiz autorizar a saída e não o castigar por impertinência.
Ora digam-me se esta notícia do DN on line se pode ler sem se dar uma gargalhada:
Presidente da Câmara de Oeiras saiu na altura em que o procurador Luis Elói estabelecia ligações do autarca com um empresário acusado de corrupção.
O presidente da câmara de Oeiras abandonou a meio a sessão do julgamento no qual é acusado de seis crimes, por discordar das alegações do procurador do Ministério Público, Luis Elói.
"É difícil ouvir. Não me posso controlar. Não é possível ouvir o que estou a ouvir", disse ao colectivo o presidente da câmara de Oeiras, Isaltino Morais, visivelmente irritado com as alegações finais do procurador do Ministério Público.
Isaltino Morais pediu a autorização da juíza para que se ausentasse da sessão na qual o procurador do Ministério Público está a produzir as alegações finais.
O autarca justificou que "não pretende ser malcriado"
ATITUDE
quarta-feira, 8 de julho de 2009
A responsabilidade é dos outros
A queda da média a Matemática A do valor de 14 do ano passado para o 11,4 deste ano entre os alunos internos e a percentagem dos alunos que reprovaram (retenções, dizem eles) que mais que duplicou, foram factos que deixaram uma ministra à beira do ataque de nervos, pela sua reacção: tal deve-se "à difusão, pela comunicação social, de que os exames eram fáceis". Aquele senhor antigo vereador do CDS em Castelo Branco e que agora é Sec. Estado da Educação acrescentou aos jornalistas, "a Sociedade Portuguesa de Matemática e partidos e pessoas com responsabilidades políticas". Pelos vistos será o país inteiro contra um ministério.
Que se tirem consequências já em Setembro, é o que é preciso.
terça-feira, 7 de julho de 2009
TGV
segunda-feira, 6 de julho de 2009
OS PROBLEMAS E AS RESPOSTAS
Esse apelo parte do conhecimento da evolução de uma série de indicadores económicos preocupantes, desde o ano de 1999, abrangendo portanto a actuação de vários governos.
Transcrevem-se esses indicadores:
“(i) A taxa potencial de crescimento da economia
caiu de um valor médio anual de 3% para
1% ainda antes da actual crise internacional;
(ii) o défice externo (corrente + capital) situou-
se, em média, em 8% do PIB desde 1999,
atingindo 10,5% em 2008;
(iii) a dívida externa líquida cresceu de 14% do
PIB, em 1999, para cerca de 100% em 2008;
(iv) a dívida pública directa (a que há que a
somar a indirecta) cresceu de 56% do PIB em
1999, para 67% em 2008;
(v) a dívida pública indirecta subiu vertiginosamente,
sendo já 10% do PIB no sector público
dos transportes e de outro tanto, com tendência
crescente, nas parcerias público-privadas
(PPP).”
A situação descrita é impressionante, ainda mais se lhe juntarmos os dados comparativos sobre a evolução da nossa economia e dos nossos parceiros neste mesmo período, como bem analisou Pedro Jordão nas páginas deste jornal há uma semana. Entre 1997 e 2002, o nosso PIB per capita cresceu a uma média de 1,9% contra 3,4% na Grécia, 4,7% na Hungria ou 6,5% na Irlanda. No período seguinte, entre 2002 e 2007, o crescimento entre nós foi de 1,1%, comparado com o de 3,5% na Grécia, 3,8% na Hungria e de 3,2% na Irlanda.
Foram dez anos seguidos em que nos afastámos consistentemente da média Europeia, para pior. Esta evolução negativa foi acompanhada por uma descida constante da nossa competitividade.
Estes números, verdadeiramente assustadores e até aflitivos, traduzem no seu conjunto uma situação de crise nacional que ultrapassa, e muito, a crise conjuntural da economia mundial que infelizmente veio adensar ainda mais as nuvens negras do nosso horizonte.
A líder do PSD tem dito que é necessária uma política de verdade, e tem razão, ainda que não gostemos de o ouvir. Bem mais fácil parece ser esquecer a realidade e acreditar em optimismos sebastianistas e demais crendices. Ao contrário do que por aí se tem escrito, uma política de verdade não é uma solução salvítica nem muito menos um programa político: é um compromisso que deve ser assumido colectivamente, primeiro para saber o que se passa e depois para uma avaliação rigorosa das diversas opções colocadas aos eleitores portugueses.
Aquele apelo publicado teve como resposta contra-documentos, de outros economistas que defendem a realização das grandes obras públicas para sair da crise. Como sabemos, em cada dois economistas haverá duas opiniões – ou mesmo três, como Churchill gracejava a respeito de Keynes.
Mas há algo que o apelo público já conseguiu: divulgar informação que normalmente só está à mercê de especialistas e colocar discussão onde só parecia haver evidências. Só por isto já não foi um serviço pequeno o prestado aos portugueses.
Publicado no Diário de Coimbra em 6 de Julho de 2009