terça-feira, 20 de maio de 2008

VIOLINO 2

Continuo a apresentação dos meus violinistas preferidos com Ann Sophie Mutter que era também a preferida deKarajan, vá-se lá saber porquê.
Mozart: concerto para violino nº5


VIOLINO

O post anterior sobre dois violinistas suscitou algumas mensagens, pelo que vou aqui colocar mais quatro apresentações de violinistas que muito aprecio.
Começo por Nigel Kennedy e o seu Inverno de Vivaldi.

YANN TIERSEN

Visitante amiga sugeriu esta música.
Agradeço. De facto é de 5 estrelas, pelo que aqui fica.

GOYA




No Museu Nacional do Prado em Madrid está a decorrer até meados de Julho uma exposição imperdível sobre Goya que inclui cerca de 200 obras.

No centro da exposição está o quadro "Três de Maio" que representa a execução de guerrilheiros espanhóis por um pelotão francês durante as guerras napoleónicas. Independentemente da circunstância que deu origem à pintura, esta obra tornou-se um símbolo da violência da guerra. As obras de Goya sobre a guerra mostram a realidade da desgraça trazida pela guerra em vez dos heroísmos que tantas vezes escondem a dor e o sofrimento dos que por ela são atingidos. Neste quadro, os próprios espanhóis apavorados perante o seu fuzilamento eminente são apresentados não como inocentes, mas como pessoas que provavelmente participaram igualmente nos mais terríveis actos. Para Goya o problema maior é a própria guerra em si com todo o rol de desgraças e desumanidades que arrasta.
Mas Goya deixou-nos também obras de grande beleza como as suas Majas (nua e vestida) que estão igualmente no Prado.

VINCENT

Don Mclean dedicou esta balada a Vincent Van Gogh que teve uma vida nada pacífica e pelo contrário bem atibulada.
Os seus quadros de uma beleza perturbante dão bem conta dos seus problemas interiores. A arte serve muitas vezes para sublimar de uma forma perene o sofrimento de quem lhe dá origem.
O vídeo do you tube tem ainda a vantagem de irmos vendo algumas das pinturas de Van Gogh.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

ELEIÇÕES PARTIDÁRIAS


Está quase a chegar ao fim o processo de escolha do candidato do partido Democrata às eleições para a presidência dos Estados Unidos da América.

Tem sido uma campanha longa e dura, para a qual a candidata Hillary Clinton partiu com uma grande vantagem que lhe parecia augurar uma vitória fácil, o que não veio a verificar-se.

Os analistas políticos americanos que são muito mais do que simples opinadores ou comentadores, já apontaram aliás os cinco principais erros da campanha de Hillary Clinton. O maior desses erros terá constituído na deficiente percepção da vontade instalada no espírito dos eleitores. Clinton definiu como principais linhas de estratégia a experiência governativa, a preparação pessoal e a inevitabilidade da sua candidatura. Dado que o ciclo instalado é de mudança, essa estratégia caiu muito mal junto dos eleitores democratas, abrindo caminho para a mensagem de Barak Obama, muito mais fresca e em linha com a necessidade de mudança.

Estando os eleitores democratas ansiosos por virar a página depois da experiência presidencial de George W. Bush, dificilmente uma política consumada (embora brilhante e extremamente inteligente) e ligada há anos ao “establishment” do poder de Washington corresponde aos seus anseios numa altura de mudança.

O aspecto mais interessante e verdadeiramente impressionante desta campanha é, no entanto, outro.

Na realidade, os eleitores democratas não estão dispostos a passar um cheque em branco a quem vai ter, caso venha a ser eleito Presidente, tanto poder no país e no mundo.

Os candidatos são assim forçados a explicar muito bem e ao detalhe as suas propostas concretas sobre as matérias tidas como mais importantes. Os dois candidatos Hillary Clinton e Barak Obama já tiveram 21 debates em directo na televisão. Os temas debatidos abrangem áreas tão diversas como o estímulo à economia, a educação, o Iraque, o Irão, a imigração, a energia, o ambiente, o casamento de pessoas do mesmo sexo, os impostos, a segurança social, a livre circulação de bens, a pesquisa de células estaminais, as armas, etc.

E não são debates a fingir em que os candidatos se podem esconder em meias palavras ou mentiras, porque são imediatamente desmascarados em frente de toda a gente.
Este processo de escolha exige dos candidatos tomadas de posição claras sobre todas as matérias importantes, que obviamente até vão evoluindo durante o processo. Significa isto que as estruturas de apoio dos diversos candidatos têm que fornecer informação completa sobre as diversas matérias, como sustentabilidade económica, consequências sociais, percepção política dos eleitores, etc.
Não se pense que ao lado de tudo isto não existem campanhas de caça ao voto pelos barões do partido, nem tráfico de sindicatos de voto. Tudo isso existe, porque tem mesmo que existir em democracia que todos sabemos não ser um sistema perfeito. Só que não é a actividade principal e muito menos a única para garantir votos, como se vê. E isso é que é verdadeiramente importante em democracia.

Publicado no Diário de Coimbra em 19 de Maio de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

FIM DE SEMANA ESPECIAL

O blogue Atlântico resolveu fazer deste um fim de semana muito especial.
Ver aqui
Nota: sou o que se chama um pai babado, mas gosto.

CIÚME

O You Tube permite-nos encontrar verdadeiras pérolas que de outra forma provavelmente nunca encontraríamos. Enquanto procurava uma música de Stephan Grapelli, Jean Luc Ponty e um outro violinista de que não recordo o nome e que não consegui encontrar, tropecei nisto que aqui deixo.
É apenas um encontro improvável de Stephane Grappelli e Yehudi Menuhin a interpretarem "Jealousy" ao vivo. Nem comento.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A TRUTA

Há trechos de música que acho que nunca me cansarei de ouvir. Um deles é este 4º andamento do Quinteto A TRUTA de Schubert que aqui volto a colocar para meu deleite e espero que dos visitantes deste blogue. Para quem gostar de Schubert sugiro uma visita ao fim-de-semana que lhe dediquei aqui no passado mês de Fevereiro.
A versão aqui tocada ao vivo por Daniel Barenboim, Zubin Mehta, Itzhak Perlman, Pinchas Zuckerman e a saudosa Jacqueline Du Pré, é daquelas de arrepiar, principalmente o violoncelo.





TOSCA

Já faltam poucos dias para a Tosca de Puccini que vai à cena em S. Carlos.
Espero que a interpretação valha a pena, porque a obra é extraordinária.
Angela Gheorghiu é Tosca.