Peter, Paul & Mary ( Mary Travers): If i had a hammer
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terça-feira, 7 de abril de 2009
PRÓS E...
Ontem à noite, nova edição dessa missão de propaganda chamada "Prós e Contras" sob a direcção atenta de Fátima Campos Ferreira, desta vez sobre a realização das chamadas "grandes obras públicas". No palco, o ministro Mário Lino e o Doutor José Reis pelos Prós; pelos Contras, o Dr. Eduardo Catroga e o deputado comunista Bruno Dias. Como se vê um equilíbrio perfeito entre Esquerda e Direita e entre Governo e Oposição, já que Eduardo Catroga fala por si e por mais ninguém. No público, profissionais de diversas áreas e o ministério das Obras Públicas em peso.
Perante a posição de Eduardo Catroga sobre a experiência portuguesa de parcerias publico-privadas nas obras públicas desde o início das SCUTS em que o Estado fica com o risco e um endividamento enorme para o futuro, Mário Lino avança com os argumentos habituais, entre os quais o país não poder ficar para trás na alta velocidade. José Reis resolve cobrir o ministro pela esquerda e afirma que nesta altura é essencial discutir as relações entre o Estado e o privado, estando ele próprio convencido das vantagens do Estado. Depois desta tirada ideológica avançadissima, fiquei esclarecido e fui-me deitar.
Quando é que a ERC se digna a "visionar" estes programas sob o ponto de vista do equilíbrio?
Perante a posição de Eduardo Catroga sobre a experiência portuguesa de parcerias publico-privadas nas obras públicas desde o início das SCUTS em que o Estado fica com o risco e um endividamento enorme para o futuro, Mário Lino avança com os argumentos habituais, entre os quais o país não poder ficar para trás na alta velocidade. José Reis resolve cobrir o ministro pela esquerda e afirma que nesta altura é essencial discutir as relações entre o Estado e o privado, estando ele próprio convencido das vantagens do Estado. Depois desta tirada ideológica avançadissima, fiquei esclarecido e fui-me deitar.
Quando é que a ERC se digna a "visionar" estes programas sob o ponto de vista do equilíbrio?
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Meditação transcendental
Os antigos Beatles Mccartney e Ringo resolveram juntar-se para apoiar a "meditação transcendental" nas escolas, seja lá o que isso for. Verdadeiramente deplorável a figura daquelas múmias paralíticas a cantar mal e a destruir em palco o que fizeram há séculos com os seus antigos companheiros. Pior mesmo só o comentário que acompanhou a reportagem televisiva sobre a sua supostamente desejada reunião permanente...
E DEPOIS DA CRISE?
As notícias sobre a actual crise não deixam de piorar a cada dia que passa. Ora, é também certo que, mais cedo ou mais tarde, ela irá passar. Assim, a resposta dos responsáveis governamentais não pode ficar só no plano das respostas imediatas às situações de emergência social. Pode, sim, ter em consideração que qualquer crise é também uma oportunidade.
Quando esta terminar, grande parte da economia estará destruída. Com toda a certeza, haverá porém outra parte que, tendo levantado a cabeça, avançará para o mundo pós-crise com elevada velocidade e pujança, liberta das muitas teias e gorduras excessivas que antes lhe tolhiam os movimentos.
É no momento actual que se devem definir, com conhecimento de causa, quais os sectores estratégicos da economia que depois da crise poderão emergir com sucesso e capacidade para transmitir à nossa economia a produtividade que faça de Portugal um país competitivo. Para tal, é necessária visão estratégica, para além da capacidade de apagar fogos.
Ajudar empresas ou mesmo sectores de forma avulsa equivalerá muito provavelmente a atirar dinheiro ao mar, embora possa calar algumas queixas, durante algum tempo. As pessoas atingidas pela crise necessitam de apoio e devem ser protegidas nesta fase difícil; as empresas sem viabilidade económica não.
Entre os sectores estratégicos que claramente deverão ser tidos em conta, apontam-se as actividades ligadas ao mar (não esquecer o famoso hiper-cluster do mar, defendido há anos por Ernâni Lopes), as ligadas ao turismo de qualidade, particularmente o da terceira idade, a reabilitação urbana, o património histórico único e a área ambiental. Como envolvente geral de actuação deverá estar, necessariamente, a INOVAÇÃO.
Em particular, a reabilitação dos centros urbanos degradados terá a vantagem de reanimar uma actividade económica crucial para o país que é a construção civil, reorientando-a para uma opção mais sustentável. Em consonância, deveria, aliás, aproveitar-se a estagnação da promoção imobiliária para alterar a Lei dos Solos com vista a eliminar definitivamente o crescimento desordenado das povoações.
Em suma, espera-se que haja visão para detectar as oportunidades escondidas pela falsa prosperidade dos últimos anos, e colocar a economia nacional na rota certa para o momento chave da recuperação.
Publicado no Diário de Coimbra em 6 de Abril de 2009
Quando esta terminar, grande parte da economia estará destruída. Com toda a certeza, haverá porém outra parte que, tendo levantado a cabeça, avançará para o mundo pós-crise com elevada velocidade e pujança, liberta das muitas teias e gorduras excessivas que antes lhe tolhiam os movimentos.
É no momento actual que se devem definir, com conhecimento de causa, quais os sectores estratégicos da economia que depois da crise poderão emergir com sucesso e capacidade para transmitir à nossa economia a produtividade que faça de Portugal um país competitivo. Para tal, é necessária visão estratégica, para além da capacidade de apagar fogos.
Ajudar empresas ou mesmo sectores de forma avulsa equivalerá muito provavelmente a atirar dinheiro ao mar, embora possa calar algumas queixas, durante algum tempo. As pessoas atingidas pela crise necessitam de apoio e devem ser protegidas nesta fase difícil; as empresas sem viabilidade económica não.
Entre os sectores estratégicos que claramente deverão ser tidos em conta, apontam-se as actividades ligadas ao mar (não esquecer o famoso hiper-cluster do mar, defendido há anos por Ernâni Lopes), as ligadas ao turismo de qualidade, particularmente o da terceira idade, a reabilitação urbana, o património histórico único e a área ambiental. Como envolvente geral de actuação deverá estar, necessariamente, a INOVAÇÃO.
Em particular, a reabilitação dos centros urbanos degradados terá a vantagem de reanimar uma actividade económica crucial para o país que é a construção civil, reorientando-a para uma opção mais sustentável. Em consonância, deveria, aliás, aproveitar-se a estagnação da promoção imobiliária para alterar a Lei dos Solos com vista a eliminar definitivamente o crescimento desordenado das povoações.
Em suma, espera-se que haja visão para detectar as oportunidades escondidas pela falsa prosperidade dos últimos anos, e colocar a economia nacional na rota certa para o momento chave da recuperação.
Publicado no Diário de Coimbra em 6 de Abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
A LEI É A ÉTICA DA REPÚBLICA?
Vai para aí grande algazarra na sequência da nomeação de Domingos Névoa para uma empresa pública.
Muitos dos políticos que aparecem escandalizados sempre tiveram na ponta da língua a máxima: "A LEI É A ÉTICA DA REPÚBLICA" (relembro aqui Mário Soares, Jaime Gama, Pina Moura e Manuel Alegre, entre muitos outros).
Que se saiba, não há lei que impeça Domingos Névoa de ser nomeado seja para onde for.
Sempre defendi, ao contrário daquelas pessoas, que a Lei não chega. Nem saúdo a súbita mudança de opinião porque desconfio que releva de hipocrisia e auto-defesa política.
Muitos dos políticos que aparecem escandalizados sempre tiveram na ponta da língua a máxima: "A LEI É A ÉTICA DA REPÚBLICA" (relembro aqui Mário Soares, Jaime Gama, Pina Moura e Manuel Alegre, entre muitos outros).
Que se saiba, não há lei que impeça Domingos Névoa de ser nomeado seja para onde for.
Sempre defendi, ao contrário daquelas pessoas, que a Lei não chega. Nem saúdo a súbita mudança de opinião porque desconfio que releva de hipocrisia e auto-defesa política.
Bons conselhos
Citando Warren Buffett:
"É PREFERÍVEL ESTAR MAIS OU MENOS CERTO DO QUE ERRADO COM PRECISÃO"
"É PREFERÍVEL ESTAR MAIS OU MENOS CERTO DO QUE ERRADO COM PRECISÃO"
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