segunda-feira, 7 de setembro de 2009

SISTEMA ELEITORAL E REPRESENTAÇÃO



Está prestes a ter início a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 27 de Setembro. Estamos, pois, num momento em que os cidadãos em geral estão mais despertos para as questões políticas. Os programas eleitorais foram já apresentados, e as listas são conhecidas.

O nosso sistema eleitoral encontra-se estabilizado há bastantes anos, tendo sofrido pequenas alterações desde que foi fixado, na sequência da Constituição de 76.

Temos, porém, dois sinais de preocupação. Primeiro, uma abstenção relativamente elevada, ainda que estabilizada. Segundo, uma insatisfação generalizada perante a política e pelos seus actores.

A abstenção em eleições legislativas tem andado sempre acima dos 35%, o que significa que mais de um terço dos eleitores não consideram ser necessário ir às mesas de voto.

Uma das causas dessa insatisfação reside certamente nos partidos e percepção pública do papel dos deputados na Assembleia da República.

Outro exemplo de insatisfação são as transferências crescentes de votos para quem se afirma fora do “sistema” e que apresenta propostas radicais, o que pode muito bem vir a distorcer a nossa representação política.

Muitos cidadãos, aliás, sentem que não são bem representados pelos deputados que elegem, e que lhes são indicados pelos directórios partidários. Muitos pensam mesmo que os critérios de escolha dos deputados pelos partidos estão muito longe de garantir a qualidade necessária à casa que é primordialmente responsável pela legislação que regula a nossa vida colectiva. Os partidos exploram a opção pelo voto útil, que leva ao voto num partido embora não se concorde com os nomes apresentados.

Ora, este estado de coisas não tem que ser obrigatoriamente assim.

De facto, há muitos países que já resolveram satisfatoriamente este problema, alterando o sistema de voto, por exemplo através de listas abertas. Em alguns casos, o eleitor pode ordenar os nomes de uma lista, ou até eliminar alguns de acordo com as suas preferências; em outros casos, pode mesmo acrescentar nomes.

Antes do início de uma campanha eleitoral para uma legislatura que até terá poderes para alterar a Constituição, é bom que se relembre que os sistemas eleitorais não são eternos. Há mesmo toda a conveniência, em nome do próprio regime, em alterar o actual sistema eleitoral, de forma a aproximar os eleitores dos seus representantes.


Publicado no Diário de Coimbra em 7 de Setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mentir não é roubar

Afirmação de um brasileiro famoso, não há muito tempo atrás:
"A política é um terreno pantanoso, a ética é de conveniência. Se o fim é nobre, os fins justificam os meios. O que eu acho inaceitável é roubar. Mentir é do jogo político. Não é roubo"

(da revista Veja)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

CONTRADITÓRIO

Pergunta (do Público): E o contraditório?

Resposta de Manuela Moura Guedes: Depois da ERC, que pseudo-regula a actividade dos órgãos de comunicação social, dizer que este jornal não fez o contraditório, tenho pena hoje de não dizer em cada uma das peças que não tivemos resposta. Sou presa por ter cão e presa por não ter. Se dissesse em cada peça que questionámos mas o Governo ou a administração pública não falou diziam que estava a fazer campanha contra o Governo, a provocar. Se não digo é porque não fazemos o contraditório. O Governo nunca fala para este jornal e portanto o contraditório é impossível.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Internet: Gmail esteve bloqueado em vários locais do mundo afectando a "maio...

Novos problemas globais que surgem com o avanço da tecnologia

via Expresso em 01/09/09
São Francisco, 01 Set (Lusa) - O serviço de e-mail do Google, Gmail, esteve hoje sem ligação durante grande parte do dia em vários locais em todo o mundo, afirmando a empresa que a "maioria" dos utilizadores foi afectada.


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Jackeline du Pré: Bach Cello Suite No.1

Jackeline du Pré

Quem foi Jackeline du Pré?

O CUBO




VERDADE À INGLESA

Segundo a imprensa inglesa (Sunday Times), a entrega do bombista líbio de Locherbie foi mesmo negociada por Gordon Brown. O troco terá sido um contrato fabuloso entre a BP e a Líbia.
Recorda-se que o primeiro-ministro inglês tinha criticado na semana passada o governo da Escócia, que acusou de ser responsável pela entrega do bombista.
Os americanos tinham oferecido milhões de dólares para que al-Magrahi não saísse da Escócia, mas pelos vistos os líbios pagaram melhor.
Estes trabalhistas são danadinhos para o negócio.
-Shame on you, Mr. Brown-


www.vistodedentro.blogspot.com

Bons exemplos


Procuradora-geral, muito próxima do presidente Hugo Chávez, anuncia que as manifestações de rua contra o Executivo passarão a ser equiparadas a "delitos de rebelião civil", com penas entre os 12 e os 24...