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quarta-feira, 9 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
IMPUNIDADE
"Carlos, de 21 anos, saiu ontem à tarde do Tribunal de Espinho sorridente e mais uma vez em liberdade, após ter sido ouvido por suspeita de violação, sob ameaça de faca, de uma estudante de 19 anos, na madrugada de sábado na praia da Baía, em Espinho. O pai esperava-o à porta e foram ambos a rir-se pela rua, fumando um cigarro.
O electricista, com antecedentes por roubos e furtos e que já estava obrigado a apresentações semanais às autoridades – que nunca cumpriu – voltou a ser libertado. Agora está obrigado a comparecer todos os dias junto das autoridades da área de residência.
Carlos é acusado de ter escolhido a vítima entre um grupo de três amigas e embebedou-a. Esperou que o álcool fizesse efeito, ofereceu-se para ajudar e levou-a para a praia para apanhar ar.
Em segundos, o violador ter-se-á tornado violento. Com uma faca ameaçou a jovem estudante, rasgou-lhe toda a roupa e violou-a.
Acabou por ser detido pela PJ do Porto, após a Divisão de Trânsito da PSP de Espinho o ter interceptado, sem desconfiar que o suspeito teria acabado de violar a jovem. O electricista tinha sido apanhado numa operação stop de rotina, após abandonar a jovem no areal com a roupa toda rasgada e em estado de choque.
A rapariga apresentou queixa na PSP e os exames a a que foi sujeita confirmaram que tinha sido violada.
DUAS VEZES EM TRIBUNAL
Enquanto a vítima fazia queixa na esquadra, Carlos era detido por conduzir sem habilitação legal e por estar na posse de uma arma branca. Levado ao Tribunal de Instrução Criminal, foi libertado.
Nessa altura já a Polícia Judiciária do Porto investigava a violação de que foi vítima a estudante, mas com poucos dados disponíveis. A jovem, que acabara de conhecer o electricista, apenas conseguiu dar a descrição física do violador e só sabia que se chamava Carlos.
Foi precisamente o nome e o facto de ter sido apanhado com uma faca que levantou as suspeitas aos inspectores da Judiciária, quando receberam a informação da PSP. De imediato, o jovem foi detido em casa e ontem presente, de novo, ao Tribunal de Espinho, de onde saiu ao final da tarde. Abandonou o edifício descontraidamente. À espera tinha alguns familiares que aguardavam a sua libertação."
O EVANGELHO DO DIA
(Mt 1, 1-16.18-23)
Genealogia de Jesus Cristo,
Filho de David, Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob;
Jacob gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara;
Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson;
Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz;
Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David.
David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias;
Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat;
Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz;
Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés;
Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos,
ao tempo do desterro de Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia,
Jeconias gerou Salatiel;
Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud;
Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim;
Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar;
Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
PORTAS E JERÓNIMO
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
SISTEMA ELEITORAL E REPRESENTAÇÃO
Está prestes a ter início a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 27 de Setembro. Estamos, pois, num momento em que os cidadãos em geral estão mais despertos para as questões políticas. Os programas eleitorais foram já apresentados, e as listas são conhecidas.
O nosso sistema eleitoral encontra-se estabilizado há bastantes anos, tendo sofrido pequenas alterações desde que foi fixado, na sequência da Constituição de 76.
Temos, porém, dois sinais de preocupação. Primeiro, uma abstenção relativamente elevada, ainda que estabilizada. Segundo, uma insatisfação generalizada perante a política e pelos seus actores.
A abstenção em eleições legislativas tem andado sempre acima dos 35%, o que significa que mais de um terço dos eleitores não consideram ser necessário ir às mesas de voto.
Uma das causas dessa insatisfação reside certamente nos partidos e percepção pública do papel dos deputados na Assembleia da República.
Outro exemplo de insatisfação são as transferências crescentes de votos para quem se afirma fora do “sistema” e que apresenta propostas radicais, o que pode muito bem vir a distorcer a nossa representação política.
Muitos cidadãos, aliás, sentem que não são bem representados pelos deputados que elegem, e que lhes são indicados pelos directórios partidários. Muitos pensam mesmo que os critérios de escolha dos deputados pelos partidos estão muito longe de garantir a qualidade necessária à casa que é primordialmente responsável pela legislação que regula a nossa vida colectiva. Os partidos exploram a opção pelo voto útil, que leva ao voto num partido embora não se concorde com os nomes apresentados.
Ora, este estado de coisas não tem que ser obrigatoriamente assim.
De facto, há muitos países que já resolveram satisfatoriamente este problema, alterando o sistema de voto, por exemplo através de listas abertas. Em alguns casos, o eleitor pode ordenar os nomes de uma lista, ou até eliminar alguns de acordo com as suas preferências; em outros casos, pode mesmo acrescentar nomes.
Antes do início de uma campanha eleitoral para uma legislatura que até terá poderes para alterar a Constituição, é bom que se relembre que os sistemas eleitorais não são eternos. Há mesmo toda a conveniência, em nome do próprio regime, em alterar o actual sistema eleitoral, de forma a aproximar os eleitores dos seus representantes.
Publicado no Diário de Coimbra em 7 de Setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Mentir não é roubar
"A política é um terreno pantanoso, a ética é de conveniência. Se o fim é nobre, os fins justificam os meios. O que eu acho inaceitável é roubar. Mentir é do jogo político. Não é roubo"
(da revista Veja)
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
CONTRADITÓRIO
Resposta de Manuela Moura Guedes: Depois da ERC, que pseudo-regula a actividade dos órgãos de comunicação social, dizer que este jornal não fez o contraditório, tenho pena hoje de não dizer em cada uma das peças que não tivemos resposta. Sou presa por ter cão e presa por não ter. Se dissesse em cada peça que questionámos mas o Governo ou a administração pública não falou diziam que estava a fazer campanha contra o Governo, a provocar. Se não digo é porque não fazemos o contraditório. O Governo nunca fala para este jornal e portanto o contraditório é impossível.