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terça-feira, 15 de setembro de 2009
Parvoíces
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
QUE FUTURO PARA A NOSSA JUVENTUDE?
Do relatório da OCDE sobre os sistemas educativos de mais de 30 países divulgado na semana passada, um aspecto ressalta no que a Portugal diz respeito.
De facto, a média de desemprego de longa duração dos jovens portugueses qualificados é de 51% contra a média de 42% da OCDE.
Estamos a falar de jovens com idades entre os vinte e poucos e os 34 anos, que possuem formação superior (universitária) mas não conseguem encontrar emprego compatível com as suas competências.
Este é um problema gravíssimo que afecta praticamente toda uma geração e que não decorre da conjuntura da actual crise. Aliás, o estudo da OCDE refere-se ao ano de 2007, pelo que a actual situação será ainda pior, porque somou os problemas do acréscimo actual de desemprego a uma situação que se pode considerar estrutural.
Todos nós que temos filhos na faixa etária referida conhecemos bem esta situação. Imensos jovens saídos das Universidades com boas classificações penam a enviar currículos sem respostas favoráveis. Até há uns anos, o ensino era uma alternativa, mas com a evolução demográfica dramática e a correspondente diminuição do número de crianças, a necessidade de professores tem vindo igualmente a descer.
Muitos jovens com formação superior vêem-se mesmo obrigados a aceitar colocações como caixas de supermercados.
Milhares de outros andam de estágio em estágio sem receberem qualquer remuneração, numa situação absolutamente lamentável que deveria ser proibida. Aliás, o Estado é o primeiro a dar o exemplo nesta área, recorrendo ao serviço gratuito de muitos jovens competentes, que lhe prestam serviço na esperança quase sempre vã de encontrar alguma colocação posterior.
Este problema mostra a disfunção do nosso modelo de desenvolvimento económico. Por um lado promove-se, e bem, uma formação cada vez mais completa. Por outro lado, a maior parte da economia real prescinde desses jovens que, na realidade, possuem formação excessiva relativamente à actividade económica de baixo valor acrescentado e baseada na mão-de-obra barata.
Muitas instituições de ensino superior continuam ainda a promover cursos de banda estreita, isto é, demasiado focalizados numa determinada área específica. Estes cursos fornecem geralmente uma formação muito restrita que limita a capacidade de adaptação e de mudança de actividade que hoje caracteriza a nossa sociedade.
A publicação deste relatório da OCDE não originou praticamente nenhuma reacção dos responsáveis políticos. Compreende-se o melindre e a dificuldade em abordar este assunto que releva de muitas áreas desde o sistema educativo à formação profissional e a toda a organização económica do país.
Mas a gravidade da situação de toda uma geração a quem foi proporcionada formação superior e que atrasa desta forma toda a sua vida profissional com reflexos na sua vida pessoal e familiar bem merece a atenção dedicada de todos nós pelas implicações que pode ter no futuro próximo.
Publicado no Diário de Coimbra em 14 de Setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
TSF - telefonia sem fim
Isto é um Reevo Blik. Se o nome é estranho, o que ele faz ainda é mais. É um pequeno aparelho de rádio com despertador, FM e...ligação automática à Internet, desde que haja uma rede wi fi, como quase todos temos hoje em casa. A partir daí, temos um radio que capta mais de 7.000 estações todo o mundo, que nos dá a hipótese de escolher as listas preferidas. Desde música clássica com diversos tipos, a rock, country, bluegrass, o que nos apetecer. Há mesmo estações de nostalgia de todo o mundo que nos oferecem tudo aquilo que as nossas estações de rádio nos negam, com as suas modernas play lists patrocinadas.
sábado, 12 de setembro de 2009
O ponto zero
Esta sondagem do Expresso que coincide basicamente com as outras divulgadas este fim-de-semana, mostra à evidência que PS e PSD estão empatados e que qualquer um deles, para governar em maioria precisa de se aliar a outro ou outros partidos. O PSD deverá aliar-se ao CDS, mas será necessário que a soma dos dois seja superior à soma da "esquerda". Já quanto ao PS, deverá garantir o apoio do PCP e do BE. Peço aos meus leitores que analisem as consequências para o futuro do país de uma e outra hipótese, para que tenha consciência clara das consequências da sua escolha.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Magalhães
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It's Time To Call One Laptop Per Child A Failure,
Posted by: Bruce Nussbaum on September 24
It breaks my heart to see such wonderful design work from so many talented designers go to waste but the announcement that the One Laptop Per Child Foundation is offering a 2-for-1 sale in the U.S. of the beautiful little machine should mark the end of this grand—and deeply flawed—effort.
Some of the best designers in the world have worked on OLPC—the folks at Continuum, Yves Behar at fuseprojects and Lisa Strausfeld at Pentagram who created a breakthrough interface for children and perhaps the rest of us.
But project, led, championed and aggressively sold by what my colleague Steve Hamm calls that übertechnology visionary Nicholas Negroponte, ex-MIT Media Lab, broke the most important design rule from the very beginning of the project. Design from the bottom up, not top down. This was, almost in every way, a traditional top down product development, that involved the rural children in India, Africa and China only in the late stages. Near-finished prototypes were tested out late in development, brought to village kids as a “gift.” It would have been far better to begin in the villages, spend time there and build from the bottom up. Negroponte might have discovered there was little need for this kind of machine. Cell phones are far more popular as the means to connect to the net in much of the Third World and cell-phone type devices rather than cute little laptops might have made much more sense. Tons of research show this to be true.
In addition, OLPC was a high-profile deal of one man evangelizing top government officials on how he can save their poor children and, in the end, these politicians abandoned him. Despite all the handshakes, the Indian and Chinese governments didn’t order any XOs. Again, classic design mistakes of not getting buy-in from groups needed to launch a new product.
It may be that a deal with Intel will give new life to the OLPC laptop down the road. I certainly hope so. But it won’t be the kind of success originally envisioned by Negroponte.
I would love to have an XO, just to see how great designers do great design. It has amazing features—tough, open source software, low energy use, an easy-to-use interface, etc. There just may be a market in the US for it among kids. I don’t know. I hope so.