sábado, 21 de fevereiro de 2009

Para descontrair

Bonnie Tyler It's A Heartache

Isto é uma vergonha nacional.

Parte de um ofício enviado pela Directora Regional de Educação do Norte a uma Escola, logicamente afixado na Escola e lido por professores e alunos:

"Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos e de toda uma população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado."

Nem se consegue perceber o sentido. A autora do texto é responsável por uma estrutura importantíssima do Ministério da Educação. Repito: da Educação.

Com maus exemplos como este, não há educação possível.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Medidas para a crise I

O PSD apresentou uma proposta de medidas para enfrentar a crise, que me parecem acertadas.
Aqui ficam algumas :

Garantir o pagamento das dívidas do Estado às PME.
Criar uma conta corrente entre o Estado e as empresas.
Alterar o regime de pagamento do IVA.
Alterar o regime de reembolso do IVA.
Extinguir o pagamento especial por conta.
Dar orientação à CGD para reforçar a sua actuação no financiamento das PME exportadoras.
Dinamizar o capital de risco para as PME exportadoras.

A alternativa apresentada para apoiar as empresas é claramente melhor que fazer empréstimos que irão aumentar o endividamento das mesmas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DIFERENÇA ESSENCIAL

Antes desta, todas as outras crises tiveram uma característica que diferenciava Portugal dos outros países. Em Portugal, a crise chegava depois dos outros países e era mitigada. Claro que a saída da crise se dava entre nós mais tarde e também mais fraquinha. Isto é, havia uma resiliência própria da nossa economia.
Desta vez, tudo mudou. A crise chegou até nós de forma instantânea e somos o terceiro país da UE onde ela é mais grave. Há aqui muito a estudar e a perceber. Esperemos ao menos que a saída da crise seja igualmente rápida e com grande velocidade de recuperação.

ACEGE EM COIMBRA




Dia 10 de Março
Almoço-debate com o Prof. Manuel Antunes, Director do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Inscrições em : acegecoimbra@gmail.com

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CANNABIS


O governo britânico lançou uma campanha de alerta sobre os riscos do consumo de cannabis, chamando a atenção para a relação entre cannabis e doenças mentais.
Segundo o ministro da Saúde Pública britânico,“os jovens precisam de saber que a cannabis não é uma droga leve. Precisam de estar conscientes dos riscos que correm”.
O governo britânico alterou a classificação da cannabis, podendo os utilizadores enfrentar cinco anos de cadeia e os fornecedores ser condenados a penas até 14 anos.
Cá em Portugal, a despenalização do consumo e as regras para determinar quem é consumidor e quem é traficante deram na autêntica tragédia que se vê nas nossas ruas. Quem quiser saber como é que vá à Baixa de Coimbra a partir das 7 da tarde (só aconselho a não levar valores).

ACEGE em Lisboa


“A Competitividade entre os Blocos Económicos”
Prof. Doutor Jorge Vasconcellos e Sá
18 de Fevereiro (Quarta-feira) na Rua dos Douradores 57 – 12.30h

Caros Amigos,

Venho convidá-los para mais um almoço inserido no nosso ciclo de debates que terá lugar dia 18 de Fevereiro, dando continuidade à reflexão sobre o tema “Valores e desafios para um novo Paradigma na Gestão”.

O nosso convidado desta vez é o Prof. Doutor Jorge Vasconcellos e Sá, Professor Catedrático de Economia e que nos vem falar sobre a “A Competitividade entre os Blocos Económicos”.

Com a sua experiência e saber, estamos certos que o tema nos ajudará na nossa reflexão sobretudo pela introdução de dados que nos permitirão avaliar de forma mais sustentada as realidades económicas da Europa e dos Estados Unidos, bem como da realidade de Portugal no contexto destes dois blocos económicos. Será, temos a certeza, um encontro estimulante e enriquecedor para todos aqueles que nele queiram participar. Aceitaremos as inscrições por ordem de recepção dando prioridade aos associados até dia 16. A partir do dia 17 abriremos as inscrições a não associados.

O almoço terá lugar como habitualmente às 13 horas, na Rua dos Douradores nº 57.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CONHECER A CRISE


A crise que presentemente assola as economias de todo o mundo apresenta-se com várias facetas que a tornam única, e muito difícil de enfrentar.
Desde logo, duas características a distinguem:
- a escassez de crédito financeiro e
- a retracção no consumo.
A escassez de crédito financeiro ocorreu como consequência directa da “loucura” que varreu a banca de investimento, criando uma bolha especulativa. Esta, ao esvaziar-se, deixou activos nos balanços dos bancos comerciais que não valem, nem de perto nem de longe, os valores por que foram comprados: são os chamados activos tóxicos. Em consequência, os bancos têm muita dificuldade em emprestar dinheiro entre si e em financiar-se para garantir dinheiro para novos projectos, seja de empresas, seja de particulares. Praticamente todos os países têm ensaiado soluções em resposta, que passam por prestar garantias do Estado aos bancos, ou mesmo por nacionalizações pontuais. Até agora, estas acções não têm conseguido os resultados pretendidos, porque os “activos tóxicos” permanecem nos balanços, continuando a contaminar as contas. Fala-se agora em criar “bancos negros” para depositar esses activos, e assim limpar os balanços dos bancos. Como é evidente, não se encontram interessados para pagar essa conta, que mais cedo ou mais tarde iria cair nos Estados, e desta forma ser indirectamente paga pelos impostos dos contribuintes.
O outro aspecto desta crise, que ocorre em simultâneo com o anterior, tem a ver com o retraimento do consumo, que se verifica em todo o mundo. Em parte pelo medo do desemprego, em parte por pura reacção face às más notícias, o consumo caiu a pique por todo o mundo. Muitas fábricas viram a sua procura diminuir drasticamente, sendo levadas à falência ou diminuição da produção. O efeito de bola de neve é óbvio: provocam subidas trágicas do desemprego, e este retrai ainda mais o consumo já diminuído. Para além de um acréscimo nas prestações sociais, os Estados vêem-se na necessidade de apoiar activamente o emprego, através de apoios às empresas e de planos de obras públicas. Não é fácil a decisão, porém: tudo isto tem de ser bem pensado, para evitar que essa despesa pública venha a ser um entrave à recuperação económica, quando a crise passar. Para usar a expressão inglesa, convém não deitar fora o bebé, juntamente com a água do banho.
Para além da sua globalidade, é a conjugação destes aspectos que dá à actual situação uma gravidade excepcional e atrasa a recuperação. É urgente que, perante estas dificuldades extremas, seja possível encontrar uma base mínima de entendimento entre os responsáveis que partilham os mesmos valores de sociedade. De facto, embora como sempre embrulhadas nas melhores intenções, já se perfilam no horizonte as “soluções mágicas” que a História do século XX mostrou serem a porta para as maiores desgraças da Humanidade.

Publicado no Diário de Coimbra em 16 de Fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009