domingo, 11 de dezembro de 2011

Dean Martin & Nancy Sinatra - Things

Andy Williams - Moon River (Year 1961)

Perceber Sarkozy?

Leituras:

«Fui para dentro e jantei. Para França, foi uma refeição a valer, mas, depois de Espanha, parecia cuidadosamente racionada. Bebi uma garrafa de vinho, para acompanhar. Era Château-Margaux. Sabia bem beber devagar e saborear o vinho e bebê-lo a sós. Uma garrafa de vinho faz muita companhia. (...) Era confortável estar num país onde era tão fácil tornar felizes as pessoas. Nunca se sabe se um criado espanhol nos agradece. Em França, tudo assenta numa tão clara base financeira. É o mais simples dos países para viver. Ninguém complica as coisas pelo facto de se travar de amizade connosco por qualquer razão obscura. Se a gente quer que gostem de nós basta gastar um dinheirito.»


Ernest Hemingway, Fiesta


Editorial Verbo, 1972. Colecção Livros RTP, nº 92.


(Tradução de Jorge de Sena)

Ruptura/FER sai do Bloco - Renascença

Sai a esquerda da esquerda à esquerda. Confusos? Não vale a pena

Ruptura/FER sai do Bloco - Renascença

Uma criança em Paris - Opinião - DN

Uma criança em Paris - Opinião - DN

Seguro acusa Governo de conduzir país para a pobreza (vídeo)

Há os apaixonados pela austeridade e há os apaixonados pela dívida e que, ainda por cima, não têm qualquer intenção de pagar.

Seguro acusa Governo de conduzir país para a pobreza (vídeo): Secretário-geral do PS considera que o Executivo de Passos Coelho "é apaixonado pela austeridade" e não manifesta vontade para liderar um processo de mudança conjunta.

Mais um ditador "out"

Noriega chega ao Panamá para cumprir mais 20 anos de prisão: O ex-ditador militar do Panamá Manuel Noriega foi este domingo extraditado de Paris para o país natal, onde o aguarda uma pena de prisão de 20 anos, pela morte e desaparecimento de opositores ao seu regime, após já duas décadas de encarceramento cumpridas nos Estados Unidos e em França.

Para continuação de conversa (II)

Para continuação de conversa (II):

Vasco Pulido Valente, hoje no Público, contra o utilitarismo dos escravos.



(texto copiado do Estado Sentido)



O veto da Inglaterra na última cimeira foi invariavelmente explicado pelo interesse (ou interesses) nacionais que ela queria proteger, e antes de mais nada a primazia da City como praça financeira. Este preconceito tem tradições. Já Napoleão dizia que a Inglaterra era um país de merceeiros. Não ocorreu a ninguém que as razões fossem outras. Mas basta conhecer o sítio e um pouco da velha história dela para se perceber que a Inglaterra nunca engoliria o plano de Merkel, porque ele na essência limita os poderes do Parlamento, que são a origem e o fundamento da legitimidade e do Estado. Um Parlamento que aceitasse a tutoria orçamental da burocracia de Bruxelas, que ninguém elegeu e não precisa de responder perante ninguém, deixava de ser o Parlamento e a Inglaterra deixava de ser a Inglaterra.

Claro que a sra. Merkel não é Hitler ou o imperador Guilherme II e não quer hoje, como ontem, dominar a Europa. Mas basta comparar o mapa da Alemanha nazi em 1943 com o mapa da UE para se descobrir um ponto interessante: tirando menos de meia dúzia de excepções, os dois quase coincidem. Se em vez de um mapa militar, esse mapa fosse político, descreveria com exactidão a força da democracia na "Europa". No Sul e Sudeste, por exemplo, a democracia ainda não chegou aos cem anos e continua a não se distinguir pelos seus costumes. No centro, é o resultado recente do colapso do império soviético. Só no Norte e em franjas do Noroeste, ela faz parte de uma velha cultura nacional. Não admira que a prepotência de Sarkozy e Merkel não perturbe por aí além os 27. Estão habituados.

Quanto a Portugal, com uma interminável ditadura, um ensaio de revolução "leninista" e uma Constituição absurda, que, apesar de revista, vai persistentemente conservando restos do marxismo vulgar e as fantasias da esquerda de 1970, não promete muito. Nem a vida política, como se formou e desenvolveu a partir de 1980, com a sua pública tolerância da corrupção e da intriga, ajudou a que se formasse uma consciência cívica. Os sobressaltos que de quando em quando imaginários perigos para a nossa imaginária soberania provocam no coração sensível de alguns patriotas não passam, no fundo, de uma retórica obsoleta e relutante. Por isso, Passos Coelho não sofreu com certeza uma dor lancinante com a assinatura do acordo intergovernamental de anteontem. A democracia não lhe pesa, nem nos pesa a nós.

E mesmo depois desta cretinice de quem "desgovernou" isto durante seis anos, ainda há quem o defenda.

Possível fim do euro já é discutido pelos economistas - Economia - DN

Possível fim do euro já é discutido pelos economistas - Economia - DN

Calha bem; como se os economistas resolvessem alguma coisa.