segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

NO FIM OU NO PRINCÍPIO?

Passadas as festividades do Natal, aproxima-se o fim deste ano de 2011. Ano de grandes perplexidades, de grandes sustos e ansiedades e de maiores expectativas porque, felizmente, a esperança é a última a morrer.
Portugal passou a primeira metade do ano em claro plano inclinado descendente, em todos os aspectos para que se olhe. Depois de dois anos de aflição financeira, chegou-se em Maio de 2011, àquele ponto final em que o Estado não tinha pura e simplesmente dinheiro para pagar aos seus funcionários, pelo que se chamou finalmente a Troika que nos acompanhará inevitavelmente nos próximos anos. Com ela chegou igualmente o dinheiro necessário para Portugal respirar, mas também a obrigação de mudar de vida.
Vieram depois as eleições. Quem nos trouxe até este ponto aflitivo foi evidentemente corrido da governação pelos votos dos portugueses. A seguir começou a aplicação das directivas da Troika, e que duras são elas. Se todos os portugueses estão a pagar mais impostos, todos os que de alguma forma dependem do Estado começaram além disso a sentir redução de rendimentos, com cortes nos subsídios de Natal este ano e anulação de 13º e 14º meses, pelo menos em 2012.
Toda a máquina do Estado está a sofrer uma reavaliação, com redução de benefícios e aumento dos custos de acesso aos serviços proporcionados pelo Estado. Acabaram as SCUTS e chegou o princípio do utilizador-pagador.
Isto é, enquanto aumenta as receitas, o Estado procede igualmente a uma redução das suas despesas. O objectivo é cumprir os objectivos de défice público muito exigentes constantes do memorando de entendimento negociado pelo anterior Governo com a Troika. Em paralelo, o Estado sai da economia, vendendo as suas participações em empresas que se habituaram a ter grandes resultados por operarem em sectores muito protegidos, como a EDP e a REN. O facto de serem empresas chinesas a comprar não nos deve surpreender: estão a fazer isso em todo o mundo. Na verdade é uma forma muito mais correcta de trazer os capitais chineses para cá do que pedinchar vergonhosamente que comprem dívida nossa, como sucedeu no início do ano.
Nada disto vai ser fácil. Os portugueses toleraram durante demasiados anos governantes que lhes diziam o que qualquer pessoa gosta de ouvir, mas que foram paulatinamente afastando o país das médias económicas e financeiras da restante Europa, criando uma situação insustentável que nos colocou à mercê do primeiro abanão internacional que surgisse. Logo por azar, o abanão que surgiu foi um autêntico. Não vale a pena acusar os actuais governantes da situação existente e de serem apaixonados da austeridade. Eles são apenas aqueles a quem o destino encarregou de serem os portadores das más notícias.
Há que pensar no futuro e tratar de que o Portugal dos nossos netos venha a ser melhor do que o que estamos a entregar hoje aos nossos filhos. Assumamos claramente que as últimas dezenas de anos trouxeram um enorme desenvolvimento ao país em muitas áreas; mas em simultâneo cresceu entre nós uma sensação de facilitismo trazida pelo súbito dinheiro barato após a entrada no euro que levou ao abandono de actividades económicas sustentáveis a longo prazo, trocadas pelo lucro fácil e rápido.
É em plena consciência das dificuldades que nos esperam que desejo aos meus leitores um Ano de 2012 que vos traga tudo aquilo de que de facto necessitam.

Publicado originalmente no Diário de Coimbra em 26 de Dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

O CAPITAL INVISÍVEL

O CAPITAL INVISÍVEL:
«Na nossa vida colectiva a degradação dos laços de confiança ao longo dos anos teve graves consequências na qualidade da nossa democracia, no nosso desempenho económico e na nossa solidariedade comunitária. A confiança é um activo público, é um capital invisível, é um bem comum, determinante para o desenvolvimento social, para a coesão e para a equidade. São os laços de confiança que formam a rede que nos segura a todos numa mesma sociedade.»

Pedro Passos Coelho, 25.12.11

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"Não estamos sós"

Nota ignóbil e mentirosa do PC do B em louvor à ditadura da Coreia do Norte é um acinte aos democratas brasileiros

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Portugal And Other European Pigs

December 7, 2010 - 1:14 PM | by: Greg Burke
I can’t imagine any country likes being called a pig. But that’s the case with Portugal, Ireland, Greece and Spain. Put together, those countries spell P-I-G-S, and some people claim there are actually two i’s in this particular pig, and that it should include Italy. The Italians, of course, insist they aren’t part of the club.
It’s the somewhat-less-than-exclusive collection of European nations that share a common currency, the Euro, and are in the most trouble economically. Greece and Ireland have already been forced to take bailouts to help pay their debts, and Portugal is under pressure to do so as well.
I just spent the last few days in Portugal with cameraman Mal James, and while the situation does not look dire, it is pretty serious. The government, which is balking at taking a bailout, has implemented austerity measures that will cut the salaries of civil servants, and cut some pensions as well. Then are increases in taxes, which include the Value Added Tax, or VAT, going up to 23 percent.
That’s a lot of tax to pay on something you’re purchasing, and certainly won’t help stimulate the economy. That’s why Portugal is stuck in a pretty tough spot; as it tries to bring government spending under control and increase revenues, it’s going to kill demand. In fact, GDP is expected to fall next year.
While the Euro has been good for Portugal overall, the price to pay has been pretty high – and the Portuguese are still paying it.
We interviewed the Minister of Labor, Maria Helena Andre’, and she told us her suggestion for young people looking for work here was to be “open and flexible.”
She admits that this includes emigrating, as the Portuguese have been doing for decades.
We talked to one woman who says she’s thinking about going to Angola, a former Portuguese colony in Africa. Angola is wealthy by African standards, but that must mean the situation is pretty bad in Portugal if someone with a European Union passport is looking for work in Africa.
Despite all of its problems, Portugal is a beautiful country with friendly people, and I still don’t think it deserves to be called a pig.


Read more: http://liveshots.blogs.foxnews.com/2010/12/07/portugal-and-other-european-pigs/#ixzz1hHgH6NR6




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