O termo TEMPO pode ter na língua portuguesa significados muito diferentes pelo que não pode ser usado sozinho, necessitando sempre de companhia que o explique.
O tempo pode referir-se a um fenómeno climático. Hoje em dia é mesmo um dos problemas mais discutidos, devido ao chamado aquecimento global. A História da Terra já assistiu a períodos de gelo global, a épocas de grandes calores e a curtas eras de temperaturas relativamente amenas como a actual, que permitiu à Humanidade desenvolver-se e criar a sua própria civilização.
Outra concepção de tempo refere-se à duração de acontecimentos que se mede por períodos de tempo.
Pode dizer-se que a capacidade de “medir” o tempo, isto é, medir períodos de tempo é a base da civilização humana, desde o início da astronomia até à física quântica de hoje.
Ao longo da História, foram sendo adoptadas várias bases para nos orientarmos no tempo, tendo surgindo vários calendários para divisão do ano, que corresponde a uma translação da Terra à volta do Sol. O calendário gregoriano em vigor desde o século XVI, com o ano de 365 dias e os meses de 30 e 31 dias acrescidos do sistema dos anos bissextos, deu-nos uma base estável para nos entendermos todos sem uma grande acumulação de erros.
Durante muito tempo acreditou-se que o tempo era infinito isto é, que tinha existido desde sempre, permitindo que a realidade pudesse ser representada de forma simples através de três dimensões físicas e o tempo, que seria a quarta dimensão.
Depois, Einstein revolucionou tudo com a sua “Relatividade Geral”. Hoje acredita-se que houve um momento inicial para tudo, ao qual se chamou “Big Bang”, estando o universo em expansão e devendo em consequência prever-se igualmente um fim para tudo.
Aquela noção do tempo absoluto em que acreditaram tanto Aristóteles como Newton, foi igualmente colocada na prateleira.
A nova noção de espaço e tempo trazida por Einstein implica que o espaço-tempo não é rectilíneo e sim curvo, tendo nós uma ideia tão errada da realidade como aquela que Galileu desmontou e que era verdade “absoluta” desde Aristóteles.
De qualquer modo, a convenção do calendário gregoriano ainda nos serve perfeitamente para o dia a dia. Aquele calendário, na sua continuidade, diz-nos que hoje é o último dia do ano de 2007, sendo amanhã o primeiro dia do ano de 2008.
A base anual serve para fechar contas e fazer relatórios de actividades a todos os níveis, desde o individual ao das empresas e até do Estado. Serve também para abrir novas contas e iniciar projectos, o que é muito mais importante.
A todos os leitores e ao Diário de Coimbra “que tão amavelmente me acolhe nas suas páginas”, um bom ano de 2008.
Publicado no DC em 31 Dezembro 2007
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