Encontra-se em fase avançada a preparação da candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial.
A Universidade de Coimbra foi incluída na Lista Indicativa de bens portugueses depositada junto da Unesco em 2004 pela Comissão Nacional. Este era o primeiro passo essencial para que a candidatura pudesse avançar. Dessa lista fazem parte, além da Universidade de Coimbra, a Arrábida, a Baixa Pombalina de Lisboa, a Cerca dos carmelitas Descalços (Buçaco), a Costa Sudoeste, as Fortificações de Elvas, o Palácio, Convento e Tapada de Mafra e ainda o Sítio de Marvão.
Desta lista, sendo optimista, apenas uma ou duas candidaturas, no máximo, poderão almejar obter sucesso final, que se consubstanciará na classificação como Património Mundial. É conveniente referir que a Lista Indicativa mundial inclui 159 países com um total de mais de 1400 indicações que, é de sublinhar, ainda não passaram à fase de candidatura.
Perante a concorrência, é fácil concluir que se existe verdadeira vontade nacional em apoiar esta candidatura, é absolutamente necessário juntar esforços para que seja coroada de êxito.
A candidatura abrange dois aspectos: o material e o imaterial.
Se para o imaterial bastará relevar o significado da História da Universidade de Coimbra a nível de Portugal, da Europa e do Mundo, cuja continuidade ao longo de centenas de anos levou a que a Universidade de Coimbra ainda hoje seja internacionalmente considerada com sendo a melhor de Portugal, já o aspecto material exige a maior atenção.
A parte material da candidatura inclui, não só as edificações da Alta à volta do Paço das Escolas, mas também a Rua da Sofia com os colégios seiscentistas.
À volta da área proposta pela candidatura está a zona de protecção, muito extensa, que abrange toda a Alta, a Baixa, a zona da Praça da República e da Av. Sá da Bandeira, bem como a Sereia.
As entidades que detêm jurisdição territorial sobre estas vastas zonas já manifestaram publicamente a vontade de participarem neste esforço, integrando na sua acção as intenções e objectivos da candidatura. O esforço financeiro para a reabilitação desta vasta área é, no entanto tão elevado, que só com a comparticipação comunitária é possível encará-lo como possível, a curto prazo.
Eis porque, para além da Universidade de Coimbra e da Cidade como um todo para o que tem estar unida em torno desta candidatura, é necessário que seja tida em conta nos programas de regeneração urbana a apoiar pelo Programa Operacional do Centro.
Publicado no DC em 3 Dezembro 2007
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