O núcleo de Coimbra da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) está a levar a efeito um ciclo dedicado a instituições da nossa região que, nos últimos anos, dentro da sua área de actuação, se têm notabilizado pelo sucesso empresarial, ou por atingirem resultados que as colocam num patamar de excelência alcançado por muito poucas. Este ciclo integra-se nas acções levadas ao nível nacional pela ACEGE, sob o tema geral “Valores e Desafios para um novo Paradigma na Gestão”. Curiosamente, este tema foi definido antes do surgimento da actual crise global económica e financeira, o que mostra bem que as preocupações com a Ética nos Negócios que estão no centro da actividade da ACEGE tinham e continuam a ter toda a razão de ser, enquanto aspecto fundamental do crescimento sustentado da economia.
Após os anteriores encontros-debate com os responsáveis da Auto Sueco Coimbra e da Bluepharma, na passada quinta-feira a ACEGE Coimbra teve como convidado Basílio Simões, co-fundador e presidente da ISA (Intelligent Sensing Anywhere, SA).
A ISA é uma empresa de alta tecnologia que, tendo começado em Coimbra em 1990 como “spin-off” universitário, tem hoje escritórios em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Irlanda e Brasil. Especializada em Telemetria e Comunicações M2M (Machine-to-Machine) tem mais de 40.000 sistemas por si desenvolvidos em funcionamento em países dos cinco continentes, desde a Finlândia até à Austrália.
Trata-se de um exemplo notável por vários motivos: capacidade de risco e de inovação dos empreendedores, permanente ligação à Universidade, investimento forte em investigação e desenvolvimento, internacionalização eficaz, opção por escolha de área de actividade de grande valor acrescentado. Uma máxima da ISA é que “ao contrário de matérias-primas como o ouro, o petróleo, o cobre ou os recursos naturais, nenhum país terá jamais o Monopólio das ideias”.
Para além de tudo isto, a ISA definiu valores de empresa: Trabalho, Inovação, Competência, Humildade e Ambição.
Neste encontro não se ouviu a palavra crise. Porquê? Talvez porque o negócio da ISA está muito ligado a desenvolver e proporcionar soluções tecnológicas, que permitem um maior controlo das actividades de outras empresas, o que se reflecte na obtenção de graus mais elevados de eficiência, o que é cada vez mais necessário nos dias de hoje.
Trata-se de mais um exemplo da excelência que Coimbra consegue gerar e enviar para todo o mundo, que bem merece ser conhecido e realçado.
Publicado no Diário de Coimbra em 26 de Janeiro de 2009
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