Uma das últimas novidades do auto-denominado Estado Islâmico dá conta da justificação religiosa encontrada por aquela gente para uma das maiores barbaridades que praticam com regularidade, a chamada “teologia da violação”. Já era conhecida a prática da venda de mulheres e meninas para exploração sexual pelos combatentes islâmicos, mas o que veio agora a público pelos testemunhos de algumas sobreviventes ultrapassa o que se pudesse imaginar e tem que ser divulgado e denunciado. De acordo com esses testemunhos em primeira mão, a violação das mulheres adquiriu uma dimensão sistemática e organizada que a torna numa acção central das tácticas dos jihadistas, fazendo mesmo lembrar a organização nazi para extermínio dos judeus. Os islamitas do DAESH criaram uma rede de casas especializadas onde as mulheres são aprisionadas, com salas para a sua inspecção e marcação. Existe ainda uma rede de transportes para levar as mulheres aos combatentes que lhes foram destinados, tendo mesmo sido elaborado um manual de instruções para as violações, incluindo a justificação teológica para esses actos, descrevendo-os como espiritualmente benéficos. Há relatos de meninas violadas de forma horrenda, que descrevem como os islamitas rezam antes e depois daquelas acções, tidas como aceites pelo Corão. A existência de mulheres escravizadas como objectos sexuais tem mesmo sido usada como propaganda pelos islamitas, para chamar novos jovens combatentes, pelo que não é algo que escondam, antes pelo contrário, é algo que faz parte intrínseca da organização social do chamado Estado Islâmico.
A guerra tem sido, ao longo da História, uma razão para a prática de violações sistemáticas de mulheres, pelo que o que se passa actualmente no dito Estado Islâmico não é, infelizmente, caso único.
Na antiguidade e na idade média, o fim das guerras significava normalmente o saque das terras e cidades conquistadas que constituía o pagamento aos soldados vencedores, incluindo a escravização e a passagem pelo fio da espada das populações aí residentes, bem como a violação das mulheres.
Mais recentemente, na Segunda Guerra Mundial o exército japonês aprisionou centenas de milhares de mulheres coreanas e chinesas, levando-as para bordéis onde foram feitas escravas exclusivamente para satisfação dos desejos sexuais dos soldados japoneses.
A guerra tem sido, ao longo da História, uma razão para a prática de violações sistemáticas de mulheres, pelo que o que se passa actualmente no dito Estado Islâmico não é, infelizmente, caso único.
Na antiguidade e na idade média, o fim das guerras significava normalmente o saque das terras e cidades conquistadas que constituía o pagamento aos soldados vencedores, incluindo a escravização e a passagem pelo fio da espada das populações aí residentes, bem como a violação das mulheres.
Mais recentemente, na Segunda Guerra Mundial o exército japonês aprisionou centenas de milhares de mulheres coreanas e chinesas, levando-as para bordéis onde foram feitas escravas exclusivamente para satisfação dos desejos sexuais dos soldados japoneses.
Chamavam-lhes eufemisticamente “mulheres de conforto”. Esta vergonha conhecida mas calada durante muito tempo, não motivou ainda qualquer pedido de perdão por parte dos governantes japoneses, que apenas reconhecem ter o Japão tomado algumas atitudes impróprias naquela guerra. Tendo na semana passada ocorrido o 70º aniversário da capitulação japonesa, ainda não foi desta vez que as muitas mulheres abusadas repetidamente pelos soldados japoneses, muitas delas ainda vivas e aguardando por tal, puderam ouvir um simples “pedimos perdão” para poderem morrer mais pacificadas.Devemos ainda lembrar o caso da guerra na Bósnia nos anos 90 do século passado em que a violação sistemática de mulheres, acompanhada pela morte de toda a população masculina, foi deliberadamente usada para limpeza étnica, tendo os responsáveis sido levados perante o TPI. Os casos de violações sistemáticas de mulheres nos conflitos armados em África, designadamente na República Democrática do Congo e na Serra Leoa e mais recentemente na Nigéria estão aí para mostrar que este não é um problema localizado.
As instituições internacionais têm defendido que, nos últimos anos, a violação sistemática de mulheres como resultado do fim dos conflitos armados tem vindo a diminuir, não sendo já a “norma” o que, sendo evidentemente positivo, não diminui a gravidade dos casos concretos. Trata-se de algo inaceitável em pleno século XXI, à luz das próprias normas internacionais vigentes que prevêem tribunais penais internacionais para este tipo de crimes, pelo que não se percebe que ainda não tenha sido pedida a sua constituição para os responsáveis do dito Estado Islâmico. A grotesca justificação religiosa utilizada pelos islamitas para os seus actos, que anula as mulheres como Pessoas e as torna simples objectos de prazer dos homens, só vem agravar todo o contexto de violações sistemáticas que estão neste mesmo momento a ser levadas a cabo de forma organizada.
As instituições internacionais têm defendido que, nos últimos anos, a violação sistemática de mulheres como resultado do fim dos conflitos armados tem vindo a diminuir, não sendo já a “norma” o que, sendo evidentemente positivo, não diminui a gravidade dos casos concretos. Trata-se de algo inaceitável em pleno século XXI, à luz das próprias normas internacionais vigentes que prevêem tribunais penais internacionais para este tipo de crimes, pelo que não se percebe que ainda não tenha sido pedida a sua constituição para os responsáveis do dito Estado Islâmico. A grotesca justificação religiosa utilizada pelos islamitas para os seus actos, que anula as mulheres como Pessoas e as torna simples objectos de prazer dos homens, só vem agravar todo o contexto de violações sistemáticas que estão neste mesmo momento a ser levadas a cabo de forma organizada.
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