quarta-feira, 2 de julho de 2008

HAJA DEUS




Segundo as últimas notícias, Ingrid Betancourt foi lbertada (ver meu post de 21.04.08)
A ser verdade, haja Deus e ponto final.

WHEN HARRY MET SALLY



Transformou-se num filme de culto, enquanto a Meg Ryan passava a ser a namoradinha da América e Billy Crystal uma vedeta de Hollywood.
Aqui fica a cena memorável passada no Katz Delicatessen de New York onde posso assegurar que se come uma excelente sandwich de pastrami que precisa de uma boa Miller a acompanhar.
Está actualmente a passar no canal Hollywood da TV Cabo.

OS MENINOS

Enquanto o PSD teve o seu "menino guerreiro" o PS tem o seu "menino de ouro", ou cada um tem os meninos que merece?
O que se passa?

terça-feira, 1 de julho de 2008

ESTAGFLAÇÃO 2

Do jornal Público de hoje:

a) “Euribor passa os cinco por cento e agrava crédito à habitação. Juros já estão em máximos de 8 anos”
b) “Inflação na zona euro atinge quatro por cento e bate recorde dos últimos 16 anos”. “José Luis Zapatero teme, justamente, que novas subidas das taxas de referência do banco central minem os esforços de relançamento económico…”
c) “Petróleo bate recordes, petrolíferas dizem que não há especulação”. Os responsáveis das petrolíferas garantem que “ a ideia de que é a especulação que está a fazer subir os preços é um mito” e que “a oferta não está a responder adequadamente à crescente procura”.

Da revista FORTUNE desta semana:

"Stagflation is back"
"The world is running short on energy, food and water. The answer: a massive dose of technology"

segunda-feira, 30 de junho de 2008

JARDINS URBANOS E RSE


Coimbra sempre foi conhecida por ser uma cidade com muitos espaços verdes e jardins.
Jardins públicos e privados. Infelizmente, as últimas décadas têm-se traduzido numa perda contínua desses espaços privados, à medida que antigas edificações rodeadas de jardins vão sendo progressivamente substituídas por novos edifícios muitas vezes em banda contínua. Quando se deixa algum espaço até ao passeio, este é invariavelmente pavimentado e impermeabilizado para estacionamento automóvel, o mesmo sucedendo aos logradouros posteriores. E assim se vai perdendo uma das facetas mais marcantes do urbanismo característico de Coimbra até à década de 70 do século XX e a cidade se vai tornando, em termos urbanísticos, idêntica a todas as outras.
Os numerosos espaços públicos ajardinados que nos últimos anos têm sido construídos vêm de alguma forma compensar aquela perda de vegetação que existia espalhada por toda a Cidade, permitindo que Coimbra mantenha aquele seu ar verde tão característico.
Estes espaços ajardinados, maiores e mais pequenos, são extremamente importantes para o equilíbrio ambiental e igualmente para que a vivência urbana se torne mais agradável para os habitantes e visitantes da Cidade.
Se os grandes espaços ajardinados estão normalmente arranjados e agradáveis para a sua fruição, já os pequenos espaços e mesmo ajardinamentos de menores dimensões um pouco dispersos pela Cidade não são objecto de cuidados tão permanentes, porque isso é absolutamente impossível para os serviços municipais.
Algumas cidades europeias recorreram ao patrocínio de entidades privadas para conseguirem uma adequada e permanente manutenção deste tipo de pequenos jardins que por vezes ocupam uns simples recantos entre prédios e ruas.
É assim que nessas cidades se podem observar jardins que ostentam placas que nos informam que esta ou aquela empresa que normalmente tem instalações mesmo ao lado ou nas proximidades, se encarregou da sua manutenção para usufruto dos seus concidadãos. Encontram-se mesmo situações em que áreas públicas anteriormente pavimentadas para poupar na manutenção foram objecto de ajardinamento e sujeitas a este tipo de patrocínio, disso beneficiando todos, enquanto o ambiente agradece.
Para as empresas que aceitam assumir esta pequena despesa trata-se de uma autêntica acção de responsabilidade social. Para a autarquia é evidentemente uma forma de melhor gerir os seus recursos, enquanto atinge os seus objectivos.
Para a comunidade urbana, para além dos objectivos ecológicos e de agradabilidade para as pessoas, consegue-se obter algo importantíssimo que é uma política de proximidade entre pessoas, entre pessoas e empresas e entre todos e os seus representantes eleitos.

Publicado no Diário de Coimbra em 30 de Junho de 2008

sábado, 28 de junho de 2008

MOZART

Outro belíssimo concerto é este para fagote, com o seu som um pouco estranho.

MOZART



Entre os numerosos concertos para instrumentos de sopro e orquestra de Mozart há alguns que me acompanham regularmente há muitos anos.
Um deles é este nº 1 para trompa, que é sempre uma delícia ouvir.


sexta-feira, 27 de junho de 2008

ESTAGFLAÇÃO

Este palavrão não aparece em nenhum dicionário, nem é reconhecido no corrector do Word.
É resultante da mistura de estagnação e de inflação.
Traduz a conjugação do pior de dois mundos: a simultaneidade de situação de estagnação económica e correspondente alta taxa de desemprego, com alta taxa de inflação.
A palavra foi introduzida no “economês” nos anos 70 quando o preço do petróleo subiu de repente em simultâneo com a existência de uma situação de inflação elevada.
A gravidade desta situação consiste em:
- Para se combater a estagnação económica, aquece-se a economia para aumentar a produção, através de taxas de juro mais baixas.
- Já para se combater a inflação muito alta faz-se exactamente o contrário.
Por aqui se vê que a solução para situações deste tipo não é propriamente simples.
Portugal parece estar neste momento numa situação com as características descritas, que ainda pode piorar com a prevista continuação da subida dos preços do petróleo e dos alimentos.
Estamos integrados na União Europeia que define as taxas de juro para todos Por outro lado estamos amarrados (e bem) à limitação do défice das contas públicas. Acresce que os países maiores da União não têm o nosso problema de desemprego e estagnação económica e as soluções para os seus próprios problemas não coincidem com as nossas.
Alguém sabe de que forma os nossos responsáveis estão a encarar a questão?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

GLOBALIZAÇÃO

Uma das facetas da globalização é a livre circulação de bens por todo o mundo. Significa isso que praticamente desapareceram as quotas, pelo que a Europa em particular ficou aberta a todos os produtos que China e a Índia (entre outros) decidirem ou conseguirem produzir, aos seus próprios preços.
Para se perceber o que estou a dizer, mostro um pequeno exemplo. Uma fábrica de sapatos na Índia produz sapatos de vários tipos, entre os quais sapatos de luxo, vendidos a preços correspondentes. As sapatarias da marca, espalhadas pela Índia, têm o aspecto impecável que se pode ver nesta fotografia:

Entretanto, as unidades de produção da marca (entre nós fábricas) são como segue:

Chamo a atenção para dois ou três aspectos entre outros, mas estes são visíveis na foto:
- O trabalho é feito manualmente, praticamente sem recurso a máquinas;
- Muitos dos trabalhadores são crianças;
- Para poupar espaço, há dois níveis de trabalho: uns trabalham sobre as bancas, enquanto outros estão sentados no chão debaixo das mesmas bancadas.

Como resultado, estes sapatos de luxo saem ao custo unitário de 7 (sete) euros.

De acordo com algumas teses, o mercado global virá a conseguir um equilíbrio, mais cedo ou mais tarde, quando os custos de mão de obra e de segurança social nestes países emergentes vier a comparar-se com os nossos custos equivalentes. Desconfio que até lá as nossa economias, exceptuando as claramente desenvolvidas como da Alemanha vão passar por tremendas dificuldades que as nossas populações vão sentir da pior maneira, o que poderá trazer graves desequilíbrios sociais.
Entretanto, os líderes políticos europeus fazem o possível por esconder estes problemas que eles próprios criaram ao abrir as fronteiras de forma abrupta e sem defender os interesses das suas próprias economias.
Não digo que os países emergentes da Ásia não tenham direito ao seu próprio desenvolvimento e ao acesso aos mercados globais. A maneira desastrada como foi feita a abertura é que correspondeu praticamente a um ditar de pena de morte aos nossos produtores, por não terem sido estabelecidos esquemas de compensação pelos custos de contexto baixíssimos nesses países.