jpaulocraveiro@ gmail.com "Por decisão do autor, o presente blogue não segue o novo Acordo Ortográfico"
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
AMVOX TRANSPONDER
Demorou a desenvolver, mas já existe.
Os filmes 007 habituaram-nos a toda uma série de gadgets, boa parte deles utilizando um Aston Martin como base.
Mas não passavam de imaginação, muitas vezes delirante.
Bom, na sequência da colaboração entre as duas marcas, a JaegerLeCoultre desenvolveu um novo relógio cronógrafo, o AMVOX TRANSPONDER.
Tem várias características interessantes e absolutamente únicas que fazem dele uma invenção bem mais interessante do que as de Mister "Q".
Trata-se de um cronógrafo mecânico sem botões. A activação dos comandos faz-se pressionando determinadas zonas do mostrador.
A outra característica é que abre e fecha as portas do Aston Martin DBS do respectivo (feliz) possuidor à distância.
A engenharia e capacidade de miniaturização para desenvolver uma peça com esta precisão são absolutamente notáveis.
O pior é que só é vendido na compra de um Aston Martin DBS, pelo que é uma edição muito (mesmo muito) limitada.
Por sua vez o Aston Martin DBS também algumas características muito interessantes (e vêm de série):
- Motor de 12 cilindros com 6.000 cm3 e 512 cavalos.
- Carroçaria em painéis de fibra de carbono.
- Velocidade máxima de 307 km/h.
- Faz dos 0 aos 100 km/h em 4,3 seg.
- Tudo o resto a condizer.
Eis o dito cujo:
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Só pode ser boa pessoa.
De repente, a desconhecida Sarah Palin sofreu uma barragem de acusações:
Revelação da gravidez da filha da candidata.
Notícia de uma investigação em curso por suspeitas de abuso de poder.
Sarah foi membro do Partido para a Independência do Alasca.
Também foi notícia a prisão do seu marido há 22 anos por condução sob o efeito de álcool.
É amante de caça (no Alasca).
É antiga jogadora de hóquei.
Foi vencedora de concursos de beleza.
É uma governadora desconhecida com o rótulo de lutadora contra a corrupção.
Não abortou o filho com Down.
Tem demasiados filhos para exercer a vice-presidência.
Ana Gomes chamou-lhe lasca.
De facto, em dois dias já é muito só para uma mulher: QUE GRANDE MULHER.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
ROSSI E AGOSTINI
Valentino Rossi igualou este fim de semana o record de vitórias de Giacomo Agostini na classe principal de motos: 68 vitórias.
Giacomo Agostini ainda detém algumas marcas na modalidade, mas o facto é que Valentino Rossi é um campeão à sua altura.
Recordo com saudade os tempos em que Agostini corria com a sua MV Augusta e ganhava tudo o que havia para ganhar, sem nunca ter tido uma queda a sério.
Num tempo em que as corridas de Fórmula 1 perderam grande parte do interesse que tiveram no passado, porque a evolução tecnológica tornou os carros demasiado potentes, demasiado rápidos e demasiado seguros para as pistas em que correm, as motos de 500 cc ainda conseguem manter a competitividade e animação que dependem da destreza dos pilotos, para além das máquinas.
COMPETITIVIDADE URBANA
Para aquele estudo, a “competitividade urbana” de cada cidade traduz a sua capacidade de criar riqueza mais rapidamente e de melhor maneira em comparação com as outras cidades.
O relatório analisa a competitividade de 500 cidades em todo o mundo, através de 9 critérios: produto total, produto per capita, produto por unidade de área geográfica, produtividade laboral, número de empresas multinacionais instaladas, número de patentes, preços, taxa de crescimento económico e taxa de emprego.
Segundo o relatório, as quatro cidades mais competitivas do mundo são Nova Iorque, Londres, Tóquio e Paris, não havendo aqui novidades. Madrid aparece em 17.º lugar.
Verifica-se que as regiões do mundo com cidades mais competitivas são a América do Norte e a Europa.
Correspondendo à ideia actual quanto ao crescimento asiático, é possível constatar que as dez cidades com maior crescimento económico em todo o mundo são chinesas. Em termos de competitividade urbana, Hong Kong, Xangai, Shenzhen e Pequim ocupam por enquanto os lugares 26, 41, 64 e 66 do ranking.
Comparando este relatório anual com os anteriores, conclui-se que a competitividade urbana relativa das cidades está sempre em mutação: enquanto algumas melhoram substancialmente, “trepando” muitos lugares, outras há que se deixam atrasar. Isto é, as cidades não se podem deixar adormecer se querem ser competitivas.
O relatório aborda ainda detalhadamente as explicações para a competitividade urbana em 150 cidades, através da avaliação de 103 índices, agregados em diversos capítulos, como competitividade empresarial, estrutura industrial, recursos humanos, ambiente, etc.
Curiosamente, no capítulo da qualidade de vida aparece Lisboa em terceiro lugar, atrás de Paris e de Sydney, mas afundando-se em todos os outros factores.
Como conclusão, o relatório sublinha que a crescente urbanização deveria levar as autoridades a dar mais importância ao desenvolvimento sustentável da economia, sociedade, ambiente e cultura, promovendo a competitividade urbana e assim fazendo das suas cidades melhores locais para se viver.
Parecem lugares comuns para se dizer, e que não terão muito a ver connosco, mas não são. A classificação das cidades, onde aparecem não só grandes metrópoles mas também cidades de média dimensão, merece uma análise cuidada e um estudo detalhado dos diversos critérios utilizados.
A ponderação destes factores deveria sustentar as opções dos responsáveis das cidades, com consequências ao nível das escolhas a fazer.
A urbanização crescente do nosso país, que se tem traduzido num abandono do interior e no crescimento algo descontrolado das áreas urbanas, necessita de uma abordagem que tenha em conta muitos dos aspectos abordados neste relatório.
É a própria sustentabilidade do país e consequente qualidade de vida das próximas gerações que está em causa. É necessário e urgente olhar para o desenvolvimento urbano à luz da abordagem deste relatório, porque a competitividade urbana é muito mais do que “alindar” as cidades, e bem mais do que promover investimentos públicos imediatistas, muitas vezes sem sustentabilidade.
Publicado no Diário de Coimbra em 1 de Setembro de 2008
domingo, 31 de agosto de 2008
(IN)SEGURANÇA
Acumulam-se as vozes dos que acham que é necessário rever as novas leis penais em vigor desde o ano passado. Recorda-se que essas leis surgiram na sequência de um acordo entre os maiores partidos, pelo que recolheram uma ampla maioria parlamentar.
É certo que era necessário rever o sistema de prisão preventiva, já que Portugal era o país europeu com maior percentagem de presos preventivos.
É certo que os novos prazos processuais obrigam a uma maior celeridade de quem investiga.
É certo que as garantias obrigam as forças policiais a um maior conhecimento da lei e a alterar muitos procedimentos.
O caminho não é dar meia volta como muitos querem.
Depois de escolher um novo quadro penal completamente diferente do anterior, não vale atirar as culpas do sentimento geral de insegurança para as novas leis.
O que se exige é fazer cumprir as leis que aliás foram adoptadas de livre vontade e dotar as polícias dos meios necessários para as fazer cumprir, além de igualmente proporcionar às autoridades judiciais a efectiva capacidade de executar o que está definido.
O que está em causa é tão-somente isto.
Curiosamente, o responsável máximo pela elaboração do novo quadro penal é hoje ministro da Administração Interna, cabendo-lhe a ele concretizar o que idealizou. Por esta razão não tem desculpas para falhar, sendo sua obrigação saber muito bem que o novo quadro penal não se coaduna com a anterior organização policial e judicial. Se não havia meios para implementar as novas leis não se avançava. Agora não há recuo: a prova estará no próximo Orçamento Geral de Estado que deverá prever verbas para toda esta reorganização, sob pena de o país se poder tornar na Chicago dos anos 30 em pleno século XXI.
As medidas especiais avançadas pelo procurador-geral da República não podem ser pontuais. Deverão antes ser vistas como o início de toda a reorganização do Estado para segurança de pessoas e bens, a qual aliás já deveria estar em andamento.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
DE CONGRESSO EM CONGRESSO ATÉ AO SUICÍDIO FINAL?
Lê-se e não se acredita.
Filipe Menezes foi eleito há um ano para a presidência do PSD com uma maioria confortável.
Seis meses depois, resolveu demitir-se e convocar novas eleições directas. Quando tudo levaria a pensar que se candidataria de novo para se poder apresentar com uma nova e forte legitimação perante os seus críticos não se recandidatou, deixando mesmo os seus próprios apoiantes estupefactos. Isto é, em vez de se tentar apresentar como um líder forte, que perante as críticas não tem receio de ir a votos, fugiu pela saída baixa. Garantiu que até ao próximo ano não falaria sobre a nova liderança entretanto eleita na sequência da sua desistência.
Esqueceu-se do que disse e já anda pelos jornais a tecer críticas a Manuela Ferreira Leite, quando ele será o último militante do PSD a ter credibilidade para o fazer.
Pelos vistos isso não lhe chega e trabalha para destruir a nova liderança que tem tanta legitimidade para orientar os destinos do PSD como ele próprio teve até desbaratar todo o capital de confiança que lhe foi entregue.
Isto começa a ultrapassar todos os limites. Se o PSD não se conseguir ver livre deste tipo de actuações, terá o destino que o povo em eleições livres certamente lhe dará: a mais total e completa irrelevância para os destinos do país.