terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

ACEGE em Lisboa


“A Competitividade entre os Blocos Económicos”
Prof. Doutor Jorge Vasconcellos e Sá
18 de Fevereiro (Quarta-feira) na Rua dos Douradores 57 – 12.30h

Caros Amigos,

Venho convidá-los para mais um almoço inserido no nosso ciclo de debates que terá lugar dia 18 de Fevereiro, dando continuidade à reflexão sobre o tema “Valores e desafios para um novo Paradigma na Gestão”.

O nosso convidado desta vez é o Prof. Doutor Jorge Vasconcellos e Sá, Professor Catedrático de Economia e que nos vem falar sobre a “A Competitividade entre os Blocos Económicos”.

Com a sua experiência e saber, estamos certos que o tema nos ajudará na nossa reflexão sobretudo pela introdução de dados que nos permitirão avaliar de forma mais sustentada as realidades económicas da Europa e dos Estados Unidos, bem como da realidade de Portugal no contexto destes dois blocos económicos. Será, temos a certeza, um encontro estimulante e enriquecedor para todos aqueles que nele queiram participar. Aceitaremos as inscrições por ordem de recepção dando prioridade aos associados até dia 16. A partir do dia 17 abriremos as inscrições a não associados.

O almoço terá lugar como habitualmente às 13 horas, na Rua dos Douradores nº 57.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CONHECER A CRISE


A crise que presentemente assola as economias de todo o mundo apresenta-se com várias facetas que a tornam única, e muito difícil de enfrentar.
Desde logo, duas características a distinguem:
- a escassez de crédito financeiro e
- a retracção no consumo.
A escassez de crédito financeiro ocorreu como consequência directa da “loucura” que varreu a banca de investimento, criando uma bolha especulativa. Esta, ao esvaziar-se, deixou activos nos balanços dos bancos comerciais que não valem, nem de perto nem de longe, os valores por que foram comprados: são os chamados activos tóxicos. Em consequência, os bancos têm muita dificuldade em emprestar dinheiro entre si e em financiar-se para garantir dinheiro para novos projectos, seja de empresas, seja de particulares. Praticamente todos os países têm ensaiado soluções em resposta, que passam por prestar garantias do Estado aos bancos, ou mesmo por nacionalizações pontuais. Até agora, estas acções não têm conseguido os resultados pretendidos, porque os “activos tóxicos” permanecem nos balanços, continuando a contaminar as contas. Fala-se agora em criar “bancos negros” para depositar esses activos, e assim limpar os balanços dos bancos. Como é evidente, não se encontram interessados para pagar essa conta, que mais cedo ou mais tarde iria cair nos Estados, e desta forma ser indirectamente paga pelos impostos dos contribuintes.
O outro aspecto desta crise, que ocorre em simultâneo com o anterior, tem a ver com o retraimento do consumo, que se verifica em todo o mundo. Em parte pelo medo do desemprego, em parte por pura reacção face às más notícias, o consumo caiu a pique por todo o mundo. Muitas fábricas viram a sua procura diminuir drasticamente, sendo levadas à falência ou diminuição da produção. O efeito de bola de neve é óbvio: provocam subidas trágicas do desemprego, e este retrai ainda mais o consumo já diminuído. Para além de um acréscimo nas prestações sociais, os Estados vêem-se na necessidade de apoiar activamente o emprego, através de apoios às empresas e de planos de obras públicas. Não é fácil a decisão, porém: tudo isto tem de ser bem pensado, para evitar que essa despesa pública venha a ser um entrave à recuperação económica, quando a crise passar. Para usar a expressão inglesa, convém não deitar fora o bebé, juntamente com a água do banho.
Para além da sua globalidade, é a conjugação destes aspectos que dá à actual situação uma gravidade excepcional e atrasa a recuperação. É urgente que, perante estas dificuldades extremas, seja possível encontrar uma base mínima de entendimento entre os responsáveis que partilham os mesmos valores de sociedade. De facto, embora como sempre embrulhadas nas melhores intenções, já se perfilam no horizonte as “soluções mágicas” que a História do século XX mostrou serem a porta para as maiores desgraças da Humanidade.

Publicado no Diário de Coimbra em 16 de Fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Sublime Aretha

A conselho de Júlio Machado Vaz, aqui vos deixo esta "Nessun Dorma" por Aretha Franklin:

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O TERRÍVEL ERRO ESTRATÉGICO

O título é tirado do artigo de João César das Neves publicado hoje no Diário de Notícias.
Basicamente o grande erro é a aposta nas obras públicas para enfrentar a crise.
Recomendo vivamente a leitura do artigo, que termina assim:

"Em momento de crise financeira seria tolice preocupar-se com o equilíbrio das contas. Esta é a altura de o Estado se endividar, como todos os parceiros fazem e o permite o Pacto de Estabilidade. Mas com a sua abordagem o Governo não cria apenas um défice conjuntural. Ao privilegiar as obras de longo prazo, em vez de descer impostos ou dar subsídios, Sócrates compromete a solidez estrutural das contas públicas. Após a crise, o próximo primeiro-ministro, quem quer que seja, repetirá o que o actual Governo teve de dizer em 2005 sobre austeridade. O erro de Sócrates é o mesmo de Guterres: bloquear com dívidas o próximo surto de crescimento económico."

(In)dependências

O facto de Portugal ser membro de pleno direito da União Europeia não nos deve fazer esquecer que somos igualmente um país com uma longa História de independência política, e que o primeiro dever dos nossos responsáveis é para com os portugueses.
As políticas comunitárias são, em teoria, boas para a Comunidade, o que não significa que sejam todas vantajosas para nós. Por isso mesmo, não podemos prescindir de duas coisas: em primeiro lugar, garantir que as políticas comunitárias sectoriais não nos prejudicam; em segundo lugar, evitar que as políticas internas não secundarizem o nosso próprio desenvolvimento económico relativamente à UE.
Olhando para os sectores agrícola e pecuário, é evidente que a taxa de cobertura das nossas necessidades é cada vez menor, contribuindo este sector de forma pesada para o défice das nossas contas externas. A diferença entre o que importamos e o que exportamos, em termos de alimentos e bebidas (incluindo carne, peixe, leite, ovos e mel), atingiu nos primeiros dez meses de 2008 o valor de 4.487 milhões de euros. No mesmo período, o défice total das nossas contas externas atingiu o montante de 13.900 milhões de euros; a parte referente aos alimentos absorve uma parcela de 32% daquele défice. Até nas pescas, sector em que tradicionalmente produzíamos o que necessitávamos e ainda conseguíamos exportar, se verificou naquele período um défice de 714 milhões de euros, o que diz bem das consequências do abate da nossa frota pesqueira, promovido e pago pela União.
Isto é, aquilo que todos vemos ao percorrer o país, o progressivo abandono do interior e das terras de agricultura, tem consequências terríveis em termos da nossa sustentabilidade económica. Claro que se olharmos para a Europa, só a Alemanha e a Polónia produzem o suficiente para alimentar todos os países da União. Compreende-se bem que estes países façam os possíveis para proteger a sua produção, baixando as quotas dos restantes. Nós é que não podemos deixar-nos ir nessa cantiga, devendo, isso sim, proteger o mais possível a nossa auto-sustentação em termos alimentares.
Acresce que o abandono das terras tem graves implicações na falta de equilíbrio da ocupação do território, com um crescimento exagerado das áreas metropolitanas, particularmente de Lisboa, e da desestruturação social inerente.
Está à vista de todos o resultado de mais de 20 anos de aceitação de subsídios europeus que se traduziram na destruição da nossa agricultura e da frota pesqueira. Tendo nós a maior ZEE da Europa, temos hoje em dia que importar a maior parte do peixe que consumimos, o que não deixa de ser espantoso.
Pugnar pela maior auto suficiência possível em termos alimentares, não é sinónimo de patriotismo serôdio ou de anti-europeísmo, mas de pura sensatez perante a possibilidade de crises como a que actualmente atravessamos.
Para além das discussões sobre a distribuição de verbas comunitárias, importa definir uma estratégia clara de recuperação da capacidade de produção agrícola e pecuária que nos permita obter um grau de independência mínimo.

Publicado no Diário de Coimbra em 9 de Fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Baixa



Num destes dias, fui ao meu sapateiro remendão na Baixa e encontrei este aviso de mudança para melhores instalações e ainda bem.
Já o aviso, feito no comutador, é todo um programa e não resisto a partilhá-lo com os meus leitores.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

GOULD E BACH

Bom fim de semana.
Para tal, nada melhor que descansar e ouvir isto:
(Concerto brandeburguês nº 5)


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A PORSCHE COMPROU A VOLKSWAGEN



É uma daquelas coisas quase impossíveis de imaginar. Uma marca de automóveis desportivos e exclusivos que produz uns meros 100.000 automóveis por ano compra o maior fabricante de automóveis da Alemanha, tendo adquirido acções que representam mais de 50% do capital e garantido opção de 74%. Como diz a FORTUNE deste mês,David compra Golias.
Para tornar tudo ainda mais interessante, em 1992 a Porsche caminhava a passos largos para o abismo.
Hoje em dia, consegue ganhar uma média de 14.000 dolares por cada carro que vende e está sentada em cima de 20.000 milhões de dólares, que é mais do que o Estado americano está a injectar na GM, Ford e Chrysler juntas, para as salvar. Não posso deixar de comentar que o Estado português, sem mexer uma palha para o fabricar, ganha muito mais por cada Porsche vendido em Portugal que o próprio fabricante.
Tudo isto foi possível graças à acção do presidente da empresa que entrou em 1992 e deu a volta à situação, tendo transformado uma fabrica tradicional a perder qualidade numa sofisticada empresa ultra moderna e com a qualidade máxima do mundo automóvel, ainda por cima dando muito lucro, como se vê. Ao lado, apostou num "hedge fund" bem controlado que lhe permitiu chegar a um ponto em que as venda dos carros representam apenas 12% dos lucros da Porsche.
Notável. Claro que quando criticam o Eng. Wendelin Wiedeking por ganhar 100 milhões de dólares por ano, ele riposta calmamente que os merece. E nem a crise global afecta o seu negócio.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os amigos de Alex

Não sei a que propósito, algum dos jovens cá de casa resolveu colocar o DVD "The big chill". Deve ser para provocar este cota, mas a carapaça já é grande, if you know what i mean. Para o pessoal amigo(amigos de Alex?), aqui fica o funeral do Alex, com a sua banda sonora.