terça-feira, 17 de novembro de 2009

JUSTIÇA (??)

Alguém sabe o que se passa com o caso "Casa Pia"? Ou continua toda a gente a ir lá uma vez por mês picar o ponto?

Tensão

O actual clima à volta do PGR faz-me lembrar a situação estranha e extrema para o regime democrático que se viveu em Dezembro de 1980, aquando da morte de Sá Carneiro. Muita gente levantava a hipótese de atentado que, a generalizar-se, poderia ter gravíssimas consequências, estando os espíritos exaltados como estavam, na altura. Freitas do Amaral e muitos responsáveis da AD vieram deitar água na fervura, pondo de lado a hipótese de atentado. Muitas dessas pessoas estariam intimamente convencidas de que foi atentado, mas negaram-no publicamente, para proteger o país.


Evangelho do dia

(Lc 19, 1-10) Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SNS

Na campanha das últimas eleições, o Serviço Nacional de Saúde foi utilizado como arma de arremesso, nas piores maneiras possíveis. Não devia: é uma área demasiado importante e sensível, a precisar de urgentes reformas. O SNS não é só uma sigla, é um sistema que providencia cuidados de saúde a todos os cidadãos. Os seus custos globais ultrapassam hoje 10% do PIB, dos quais mais de 7% são gastos pelo Ministério da Saúde.

A reforma dos últimos anos traduziu-se no encerramento de uma série de equipamentos descentralizados, com base numa tentativa de racionalização da oferta de serviços públicos. Estas mudanças compreendem-se tanto pelas limitações de recursos como pela exigência de qualidade. Evidentemente, reconhecemos que houve exageros, que levaram a situações absurdas como o nascimento de bebés portugueses no país vizinho, por falta de maternidades nacionais.

No entanto, o maior erro da reforma efectuada não foi esse episódio, e sim a falta de reforço dos hospitais que passaram a receber doentes de serviços encerrados. Também nesses imperou a regra de poupar, muitas vezes à custa de reduções de pessoal.

Integrado nos HUC, existe um serviço que é um exemplo para todo o SNS, e que, incompreensivelmente, não é replicado por todo o país. Refiro-me ao Centro de Cirurgia Cardiotorácica, dirigido pelo Prof. Manuel Antunes. Há poucos meses, tive oportunidade de lhe ouvir uma explicação sobre o funcionamento desse “Centro de Responsabilidade Integrada”, numa iniciativa da Acege - Coimbra.

Os resultados obtidos pelo Centro de Cirurgia Cardiotorácica, desde o seu início, são bem a prova de que um serviço de saúde bem dirigido, organizado em regime de autonomia com a necessária responsabilidade, pode conseguir níveis de produtividade e qualidade a níveis de excelência mundial. Naturalmente, os níveis de exigência praticados naquele Centro são também pouco vulgares entre nós, de dedicação e sacrifício ímpares.

Quiseram as circunstâncias da vida que há poucos dias eu tivesse sido operado neste Centro. Felizmente, a garantia da excepcional competência das equipas de cirurgiões é um dado adquirido, e muito ajuda à confiança com que os doentes se submetem aos tratamentos. Mas o que verdadeiramente mais me impressionou foi algo que infelizmente rareia cada vez mais nos hospitais públicos. A dedicação aos doentes por parte de todos os profissionais, o carinho mesmo com que todos são tratados desde que entram até que saem do Centro, é exemplar. Ultrapassa em muito o dever de exercer as funções de cada um com competência e dedicação, desde auxiliares a cirurgiões, passando pela equipa de enfermagem: corresponde a uma atitude que é resultado da escolha adequada de pessoas, de organização e de um espírito colectivo que se constrói. Verifiquei, por exemplo, que não existem naquele serviço períodos em que os doentes se sintam menos acompanhados. O serviço responde sempre às necessidades dos doentes, sem a menor negligência.

Hoje, o Centro de Cirurgia Cardiotorácica de Coimbra prova que, dentro do SNS, é possível obter soluções com produtividade e qualidade, que promovam a humanização do tratamento dos doentes, combatendo ineficiências e desperdícios, que tão caros nos ficam a todos.

Publicado no Diário de Coimbra em 16 de Novembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Notícias do tempo

Mau tempo generalizado em Portugal: chuva e ventos fortes. Não desanimemos: depois da tempestade vem sempre a bonança e o tempo das limpezas.

sábado, 14 de novembro de 2009

Bach

Ao ouvir na Antena 2 uma cantata lindíssima e muito triste de Bach, senti de repente pena de José Saramago. Bach escreveu toda a sua música "para maior glória de Deus". Que tristeza deve ser não poder sentir Deus nesta música.

Sorte (e azar dos outros)

Em poucos dias Lisboa recebe três pianistas geniais: Daniel Baremboim, Radu Lupu e Maurizio Pollini: que sorte e que azar o nosso, que vivemos na "província".

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta-feira, 13

Hoje de manhã, bem cedo, reparei que é sexta-feira, 13.
Ao fim do dia ouvi o Ministro Vieira da Silva classificar a actuação dos Procuradores como sendo "espionagem politica".
Isto será tudo azar nosso, ou de quem?

Curiosidade

Hoje é sexta-feira, 13.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009