quinta-feira, 20 de março de 2008

ACEGE EM COIMBRA

Prof. Doutor Ernâni Lopes
“O Hipercluster do mar”
25 de Março (terça-feira) no Salão da Sé Velha – 12.30h

No próximo dia 25 de Março (terça-feira) teremos um almoço-debate em que contaremos com a presença do Prof. Doutor Ernâni Lopes, que abordará questões importantes da evolução da economia portuguesa, enquadrando as actividades económicas ligadas ao mar, cruciais para a competitividade do país.

Como habitualmente, o encontro terá lugar no Salão da Sé Velha, com início às 13:00. Antes, realizar-se-á uma Eucaristia na Sé Velha com início às 12:30 horas em que poderão participar todos os associados e amigos.

Como também já se tornou tradição, o encontro terminará às 15:00 horas, pelo que todos lucraremos se cumprirmos o horário estabelecido.

Agradecemos que as inscrições nos sejam comunicadas até ao dia 20 de Março, para nos facilitar as tarefas logísticas, podendo os associados da ACEGE levar convidados que possam ter interesse em ouvir o Prof. Doutor Ernâni Lopes, figura maior da área das finanças, quer pela sua intervenção pública que incluiu actividade política directa, quer como professor e responsável por formação de gestores ao mais alto nível.

ANIVERSÁRIO DE BACH


O início da Primavera coincide com a data de nascimento de Johann Sebastian Bach em Eisenach, faz hoje 322 anos.

Para comemorar esta data e como estamos em Sexta Feira Santa, aqui fica um momento da Paixão segundo S. João.





PONTO VERNAL


(Ponto vernal γ - retirado do Planetário Calouste Gulbenkian. ver aqui)



Boas notícias.

O equinócio da Primavera não foi afectado pelo aquecimento global, pela alteração do mapa judiciário nem, imagine-se, pela alteração das quotas do PSD.

Nada disto conseguiu alterar a posição do ponto vernal que, como todos os anos, marca a passagem do Sol para cima do equador celeste no nosso hemisfério norte. Mais uma vez a posição do ponto vernal no equador celeste apenas foi afectada pela velhinha e previsível precessão dos equinócios com o seu ciclo de 26.000 anos.

Alegremo-nos pois, porque chegou a Primavera

quarta-feira, 19 de março de 2008

A NÃO PERDER



Entre 14 de Março e 2 de Junho está a decorrer uma exposição sobre a antiga Babilónia no Museu do Louvre em Paris .
É a primeira vez que se pode ver uma tão grande colecção de peças originais da civilização que floresceu na Mesopotâmia desde o século XVIII antes de Cristo, nos tempos de Hamurabi que estabeleceu o primeiro código penal conhecido da História que leva o seu nome, até ao ano 539 antes de Cristo, quando os persas comandados por Ciro o Grande a destruíram por completo.
Trata-se de uma civilização crucial para a história da Humanidade. Desde o Código de Hamurabi, até à escrita cuneiforme, ao esplendor das construções de Nabucodonosor, passando pelos Jardins Suspensos e pela torre de Babel, a Babilónia foi durante os tempos fonte de mitos e geradora de obras de arte e cultura, mesmo muito depois de desaparecida.
A cidade da Babilónia localizava-se a cerca de 80 km a sul do que hoje é Bagdad. Até por isso deverá merecer a nossa atenção.
Esta exposição passará em seguida para o Museu Staatliche em Berlim a partir de 26 de Junho e depois de 13 de Novembro estará no British Museum em Londres.
Bem merece uma surtida a uma destas cidades para uma visita.

segunda-feira, 17 de março de 2008

14 DE MARÇO


Ao ler o título desta crónica, o leitor poderá perguntar-se sobre a razão do mesmo. De facto, a data de 14 de Março não é normalmente associada a qualquer acontecimento importante digno de ser recordado. Nas proximidades desta data costuma lembrar-se o 11 de Março de 1975.

Mas a data de 14 de Março de 1975 veio a definir toda a organização económica, social e política de Portugal pelas décadas seguintes de uma forma tão profunda que ainda hoje se lhe sentem claramente as consequências.

Três dias antes, uma confusa acção dos chamados spinolistas no que ficou conhecido como o “golpe do 11 de Março” deu o mote para um avanço extraordinário das forças revolucionárias, numa deriva pró-comunista que só terminaria em 25 de Novembro desse ano.

Foi nesse dia de 14 de Março que se iniciaram as nacionalizações, através da nacionalização da banca, seguida nas semanas seguintes, pela nacionalização de grande parte da economia portuguesa. Esta medida foi acompanhada, no mesmo dia, pela instituição do Conselho da Revolução, pela criação da Assembleia do Movimento das Forças Armadas e pela extinção do Conselho de Estado e da Junta de Salvação Nacional.

Com a nacionalização da banca e dos grandes grupos económicos, o Estado apropriou-se de cerca de 1300 empresas, desde bancos a fábricas de cerveja, restaurantes e até barbearias, o que significava mais de 20% do PIB nacional.

O volte-face desta situação demorou muitos anos e só veio a ser possível pela acção de muitos governantes, mas um facto crucial tornou possível essa evolução: as eleições para a Assembleia Constituinte realizadas em 25 de Abril de 1975 que colocaram em minoria o partido Comunista que então liderava o chamado PREC: “processo revolucionário em curso”.

Não deixa de ser curioso observar grandes defensores da tomada da economia pelo Estado em 1975, agirem hoje como paladinos da libertação de Estado das corporações que o tomaram por dentro, na sequência das suas acções de então.

Na realidade, para além das décadas de atraso ao nosso desenvolvimento induzidas pelas nacionalizações de 75, uma das grandes consequências, ainda hoje sentidas fortemente, foi o aumento desmesurado do peso do Estado centralizado em todos os sectores, mesmo onde deveria ter apenas um papel regulador. A transformação de grande parte dos portugueses em funcionários públicos teve ainda como consequência a diminuição drástica da capacidade empreendedora da sociedade, um dos maiores obstáculos ao crescimento da competitividade nacional e que só hoje parece querer começar a dar a volta.

Publicado no Diário de Coimbra em 17 de Março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

O MOLDAVA


O compositor checo SMETANA é um dos heróis de Praga, a capital da República Checa, onde faleceu completamente surdo em 1884.
O poema sinfónico "MOLDAVA" descreve o percurso do Rio Moldava que banha Praga, desde o seu nascimento como riacho saltitante pelas pedras nas florestas da Boémia até vir a tornar-se largo e plácido antes de afluir no Elba na cidade de Mělník.





sábado, 15 de março de 2008

METRO DE PROXIMIDADE




Têm-se colocado entraves à extensão do Metro Ligeiro de Superfície à zona da Solum, com receio da passagem nas proximidades de várias escolas.
Esta alteração do traçado traz muitas vantagens às populações citadinas, nomeadamente os diversos utentes da Solum, incluindo os moradores, alunos das escolas, comerciantes, empregados das lojas e mesmo compradores.
Colocam-se, como sempre acontece nestes casos, algumas questões de integração urbana ligadas com o traçado, que têm a ver com raios de curvatura apertados, níveis de ruído em zonas habitacionais, etc. Isto para além da questão do custo da extensão que é sempre relevante, embora numa óptica de optimização de custos-benefícios.
Trata-se de questões técnicas que devem ter um tratamento adequado a esse nível.
No que respeita às questões de convivência com outros meios de transporte e mesmo com peões trata-se igualmente de um problema artificial, que hoje em dia se encontra totalmente resolvido em muitas cidades que adoptaram este meio de transporte.
Como exemplo, observe-se as fotografias que tirei há pouco tempo em Bordéus.
É possível verificar dois aspectos interessantes: em primeiro lugar, a convivência pacífica entre o metro, os veículos automóveis e os peões; em segundo lugar o pormenor de qualidade urbana adoptado em Bordéus, de não existência de catenárias no centro histórico, sendo a alimentação eléctrica assegurada por uma calha localizada no meio dos carris.

sexta-feira, 14 de março de 2008

UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA



Soube-se hoje que o PS tomou uma iniciativa legislativa visando a proibição da colocação de piercings na língua, prevendo ainda a definição de "um quadro de qualidade" para a instalação e funcionamento dos estabelecimentos de colocação de piercings e tatuagens.

Num dia destes ainda vamos ver o legislador a definir e controlar a qualidade das previsões astrológicas...

Esta fúria legislativa que demonstra uma vontade de tudo controlar é interessante e levanta muitas dúvidas. Por exemplo, os senhores deputados só ouviram falar de piercings na língua? Não sabem da colocação de piercings noutros locais mais escondidos do corpo, ou acham que aí não há problema por não serem mostrados em sítios públicos? Ou isso ou então foram atacados por um estranho pudor.

Por outro lado, porque é que um simples piercing é mais inconveniente do que um aborto?