sexta-feira, 23 de maio de 2008

Porque apoio Pedro Passos Coelho.

Perante a surpresa da demissão do líder do PSD que havia sido eleito há cerca de sete meses, devo confessar que fiquei inteiramente perplexo e ainda mais desapontado com o que se tem passado com a liderança e orientação (ou falta delas) do meu partido desde há vários anos.

Decidi aguardar com serenidade durante alguns dias, até perceber o significado político das várias candidaturas que logo se apresentaram e assim poder tomara minha opção com racionalidade e em inteira liberdade de pressões.

Neste pequeno texto, escrito já na qualidade de mandatário do Dr. Passos Coelho para o concelho de Coimbra, partilho com os leitores algumas das razões da escolha que acabei por fazer.

Em primeiro lugar penso ser necessário assumir que, face ao histórico dos últimos anos, não há dúvida que se tem verificado um distanciamento crescente entre os anseios da população portuguesa em geral e o que se tem passado no interior do PSD.

Perante esta situação, deverão os militantes do PSD perguntar-se o que é que querem neste momento. As condicionantes da resposta a essa pergunta não podem deixar de passar pela saída do Dr. Durão Barroso para presidir à Comissão Europeia abandonando a chefia do Governo de Portugal, pela experiência da governação do Dr. Santana Lopes após a sua indicação para o cargo sem passar por um processo de legitimação e ainda pelo processo traumático do abandono inexplicado do Dr. Filipe Menezes.

A resposta à pergunta dos militantes do PSD terá com certeza a ver com vontade de mudança e novidade de propostas, certamente com segurança na opção para garantir estabilidade e evitar novos abandonos de liderança e, muito importante, com credibilidade pessoal e política.

Analisando os vários candidatos à liderança do PSD, particularmente os que se encontram à frente nas sondagens, que são inquestionavelmente o Dr. Pedro Passos Coelho e a Dra. Manuela Ferreira Leite, verifica-se que há aspectos comuns: a credibilidade política, a honestidade e probidade pessoais inatacáveis. Os militantes do PSD estão já de parabéns, porque estes aspectos cruciais estão garantidos logo à partida, vença qualquer um deles.

A partir daí surgem as diferenças que ditam a escolha, as quais têm a ver com o passado e com o futuro. Relativamente ao passado, não há dúvida de que houve acções erradas no processo de substituição do Dr. Durão Barroso pelo Dr. Santana Lopes. O PSD tem que ultrapassar definitivamente este trauma, devendo ainda surgir nas próximas eleições livre de justificações do passado e apontando soluções para o futuro.

Por outro lado, as rapidíssimas alterações económicas e sociais a que assistimos, consequência da integração europeia e da globalização galopante da qual até podemos discordar mas contra a qual Portugal não está obviamente em condições de lutar, exigem toda uma nova abordagem aos diversos níveis da governação.

Engana-se quem pensa que quem está amarrado às velhas soluções imaginadas pelos teóricos da economia durante a primeira metade do século XX e que foram melhor ou pior utilizadas na segunda metade do mesmo século consegue resolver a complexa e completamente nova situação a que assistimos neste início do século XXI. As empresas sabem bem que o ambiente em que se movimentam não tem nada a ver com o que acontecia há escassos vinte anos. O mesmo vale para a governação de um país.

Desde o 25 de Abril que o PSD andou sempre à frente nas reformas do sistema político e na procura das alternativas governativas mais adequadas aos novos tempos que têm surgido. Os eleitores esperarão do PSD que seja capaz de lhes propor uma alternativa a um modelo de desenvolvimento que sentem gasto por estar a provocar o empobrecimento lento e contínuo do país. Os sacrifícios que lhes têm sido pedidos ao longo dos últimos anos pelos diversos governos não têm tido resultados práticos, servindo basicamente para compensar as despesas de um Estado que teima em não gastar menos.

A candidatura do Dr. Pedro Passos Coelho, através das propostas muito concretas que já apresentou é, na minha opinião, não a que melhor responde a estas questões, mas a única que se propõe mudar o modelo de desenvolvimento do país de forma recolocar-nos num plano ascendente que corresponderá finalmente à convergência com a Europa.

Publicado no Diário de Coimbra em 23 de Maio de 2008


quinta-feira, 22 de maio de 2008

CALVINISTA

João Calvino foi um teólgo francês do séculoXVI que durante a reforma protestante abandonou o catolicismo, aderindo ao protestantismo sobre o qual exerceu uma grande influência, tendo dado origem ao calvinismo muito divulgado em vários países (Suíça, Países Baixos, Inglaterra, estados Unidos da América, etc.). Os calvinistas são grandes conhecedores da Bíblia e integram a sua Fé em todas as acções da sua vida.

Italo Calvino
foi um conhecido escritor italiano do século XX, falecido em 1985. Foi jornalista e novelista. Participou activamente na resistência contra o fascismo na segunda guerra mundial e foi membro do Partido Comunista que abandonou em 1957 através de uma carta pública.

Calvin é uma personagem de uma série de banda desenhada (Calvin & Hobbes) premiada do norte americano Bill Watterson publicada em centenas de jornais de todo o mundo e entre nós no Público.





Lucky man

Quando começavam os anos 70 surgiu um album dos Emerson, Lake & Palmer com uma música estranha em que a certa altura aparecia um som de um instrumento até aí desconhecido. Keith Emerson apresentava-nos assim assim o sintetizador. Já quase não me lembrava disto.

terça-feira, 20 de maio de 2008

VIOLINO 4

Para terminar a série dos "meus" violonistas, aqui fica o supra sumo: Yehudi Menuhin interpreta o nº1 de Paganini.





VIOLINO 3

Outro grande violinista: Itzhak Perlman.
Aqui com o seu grande amigo e companheiro de lides musicais de sempre Daniel Barenboim, à frente da Filarmónica de Berlim com o concerto para violino de Brahms.

VIOLINO 2

Continuo a apresentação dos meus violinistas preferidos com Ann Sophie Mutter que era também a preferida deKarajan, vá-se lá saber porquê.
Mozart: concerto para violino nº5


VIOLINO

O post anterior sobre dois violinistas suscitou algumas mensagens, pelo que vou aqui colocar mais quatro apresentações de violinistas que muito aprecio.
Começo por Nigel Kennedy e o seu Inverno de Vivaldi.

YANN TIERSEN

Visitante amiga sugeriu esta música.
Agradeço. De facto é de 5 estrelas, pelo que aqui fica.

GOYA




No Museu Nacional do Prado em Madrid está a decorrer até meados de Julho uma exposição imperdível sobre Goya que inclui cerca de 200 obras.

No centro da exposição está o quadro "Três de Maio" que representa a execução de guerrilheiros espanhóis por um pelotão francês durante as guerras napoleónicas. Independentemente da circunstância que deu origem à pintura, esta obra tornou-se um símbolo da violência da guerra. As obras de Goya sobre a guerra mostram a realidade da desgraça trazida pela guerra em vez dos heroísmos que tantas vezes escondem a dor e o sofrimento dos que por ela são atingidos. Neste quadro, os próprios espanhóis apavorados perante o seu fuzilamento eminente são apresentados não como inocentes, mas como pessoas que provavelmente participaram igualmente nos mais terríveis actos. Para Goya o problema maior é a própria guerra em si com todo o rol de desgraças e desumanidades que arrasta.
Mas Goya deixou-nos também obras de grande beleza como as suas Majas (nua e vestida) que estão igualmente no Prado.

VINCENT

Don Mclean dedicou esta balada a Vincent Van Gogh que teve uma vida nada pacífica e pelo contrário bem atibulada.
Os seus quadros de uma beleza perturbante dão bem conta dos seus problemas interiores. A arte serve muitas vezes para sublimar de uma forma perene o sofrimento de quem lhe dá origem.
O vídeo do you tube tem ainda a vantagem de irmos vendo algumas das pinturas de Van Gogh.