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segunda-feira, 2 de março de 2009
CIDADES DE SUCESSO
Já por várias vezes abordei nestas linhas quais os caminhos que hoje em dia levam as cidades ao sucesso competitivo. São, naturalmente, muito diferentes dos de há vinte ou trinta anos.
Se antes se prestava atenção ao número de rotundas ou mesmo de pavilhões desportivos cobertos, o que hoje verdadeiramente interessa para definir a liderança entre as cidades é a capacidade de inovação e de empreendedorismo.
Isto é, estamos num tempo em que o fundamental é o “software”, e não o “hardware”, o que não nos deverá surpreender dado o conhecido sucesso do “Silicon Valley”.
O estabelecimento de parcerias entre quem gere os destinos das cidades e quem detém o conhecimento é a base da construção das condições para um futuro mais próspero e competitivo das comunidades.
É indiscutível que Coimbra tem vindo a marcar pontos de uma forma insofismável nesta área. E não se pense que os sucessos aparecem aqui por acaso. São fruto de um trabalho continuado e de colaborações em rede como sucede entre a Autarquia e a Universidade em várias áreas.
Nos últimos tempos, não passa praticamente um mês sem que haja notícias de prémios ou de sucessos reconhecidos a nível internacional, seja na área da saúde, seja na da robótica, seja na da informática, seja na da química. E não se pense que estas são coisas menores ou pontuais; muito pelo contrário, marcam descobertas e desenvolvimento de soluções com aplicação futura generalizada.
É assim com alguma naturalidade que nos últimos anos Coimbra viu nascer e desenvolverem-se empresas de base tecnológica de topo, que se afirmam em todo o mundo em áreas de grande competitividade. Como exemplo, olhe-se para a Critical Software, a ISA (Intelligent Sensing Anywhere), a CrioEstaminal ,a Bluepharma e a Active Space Tecnologies, entre outras. São empresas que, de forma notável, contribuem para fixar em Coimbra centenas de quadros técnicos especializados, que até há poucos anos tinham obrigatoriamente que sair de Coimbra para trabalhar.
Recentemente foi anunciado que a incubadora de empresas do Instituto Pedro Nunes em Coimbra foi classificada como a segunda melhor do mundo entre as incubadoras de base científica.
Boa parte das empresas acima referidas tiveram o seu início na incubadora do IPN, que assim marca de forma indelével o futuro económico de Coimbra.
Em tempos de depressão colectiva generalizada, os bons exemplos são ainda mais de relevar, não se devendo deixar passar sem um reconhecimento de todos os cidadãos interessados no bem colectivo.
A directora do IPN Teresa Mendes, bem como o director da incubadora, Paulo Santos, devem ser felicitados, não apenas por este prémio agora recebido, mas pela capacidade de trabalho e empenho colocados durante anos no apoio à criação e desenvolvimento de projectos empresariais tão importantes para a nossa região e para o país.
Publicado no Diário de Coimbra em 2 de Março de 2009
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