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quarta-feira, 7 de maio de 2008
CRIANÇAS E ADULTOS CONFUSOS
Nesta terça-feira houve tais problemas numa escola preparatória de Coimbra porque os alunos não queriam ter aulas à tarde, que foi necessário intervenção da polícia. Pelos vistos os meninos acham que a tradição universitária do cortejo das fitas à terça-feira justifica que não haja aulas nessa tarde para sempre; mesmo que o cortejo tenha sido transferido para a tarde de domingo.
Por outro lado, vi um senhor juiz sindicalista na televisão protestar por o Governo ter nomeado para director da Judiciária um quadro da PJ e não um juiz.
Qualquer uma destas situações revela uma visão distorcida do mundo fruto de tais confusões naquelas cabeças que nem se apercebem do que dizem.
BEETHOVEN PARA SEMPRE
Um grande exemplo é a sétima sinfonia.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
REALIDADE E ESPERANÇA
Foram conhecidos há poucos dias os novos dados sobre o real estado da economia portuguesa e previsão para os próximos dois anos.
A actual situação, bastante complexa, apresenta uma inflação de 2,8% em vez dos anteriores 2,4%, prevê a desaceleração do crescimento do PIB para estes dois anos e assume ainda o perigo real de subida do défice já em 2009. A este cenário pessimista acresce ainda a descida do poder de compra dos portugueses ao longo dos últimos três anos, situação que já não se vivia há trinta anos.
Os últimos indicadores económicos do Banco de Portugal apontam para um abrandamento notório da actividade económica, que em Março tinha descido para o nível de Janeiro de 2006, com o consumo privado a cair para níveis que já não se conheciam desde 2005. As consequências ao nível das receitas fiscais já se fazem sentir, tendo a variação das receitas do 1.º trimestre deste ano sido a mais baixa em período homólogo desde 2003.
Verifica-se que, apesar dos sacrifícios impostos à população, o país não descola, e, bem pelo contrário, está a afundar-se, indo ser a breve prazo ultrapassado pela Estónia e pela Eslováquia.
Como é evidente, a generalidade dos portugueses sente bem esta realidade no seu dia-a-dia: não é preciso falar nos aumentos dos preços dos combustíveis, do pão, do leite e da prestação do empréstimo da casa. Assim, começa a generalizar-se o sentimento da necessidade de MUDAR.
Como já escrevi anteriormente nestas páginas, a Democracia pressupõe a existência de alternativas, que só o serão de facto se forem credíveis. Após alguns anos em que o PSD parecia ter abandonado o seu papel crucial de afirmação como alternativa, as actuais eleições para a liderança permitem o renascimento da esperança. É claro, porém, que os portugueses só a agarrarão se lhes forem apresentadas alternativas claras, bem explicadas e credíveis.
Há quem diga que o PSD deverá inflectir para a esquerda para reocupar um suposto lugar central que teria sido ocupado pelo partido Socialista com a acção do seu Governo. Quanto a mim, nada de mais errado. A política tem horror ao vazio que é automaticamente preenchido quando algum dos actores abandona o terreno. Trata-se apenas de afirmar um caminho com clareza, coerência e credibilidade
A libertação da sociedade do peso cada vez mais opressivo de um Estado que se torna mais e mais centralista é a orientação geral que deverá nortear as diversas políticas sectoriais.
Uma mudança na Educação, cujas sucessivas reformas das últimas décadas têm vindo a produzir os resultados que se conhecem; um reconhecimento do Estado das suas efectivas responsabilidades, como são a Segurança e a Justiça; um Serviço Nacional de Saúde que proporcione verdadeiras escolhas de qualidade aos portugueses; uma efectiva descentralização que evite o que hoje se vê de afectação de recursos público gigantescos para a capital perante um abandono do resto do país; estas são as áreas prioritárias que necessitam de propostas credíveis por parte do maior partido da oposição.
Parece-me que a escolha da liderança do PSD passa por perceber a capacidade de proporcionar uma verdadeira mudança relativamente ao que se tem visto, e de gerar respostas aos desafios dos tempos próximos, que pouco têm a ver com o que se passava há escassos vinte ou mesmo dez anos.
Publicado no Diário de Coimbra em 5 de Maio de 2008
domingo, 4 de maio de 2008
QUEIMA 2008
sábado, 3 de maio de 2008
THE BOXER
Esta é provavelmente a melhor música deles.
CARMINA BURANA 2
sexta-feira, 2 de maio de 2008
quinta-feira, 1 de maio de 2008
CARMINA BURANA
O compositor Carl Orff compôs trabalhou os manuscritos medievais com poemas e canções profanas do século XIII encontradas num mosteiro beneditino na Baviera.
Perante esta obra só a ignorância justifica que se possa continuar chamar à Idade Média a idade das trevas.
Aqui fica a peça Fortuna Imperatrix Mundi interpretada pela Filarmónica de Berlim tendo à frente Simon Rattle.
BOAS NOTÍCIAS
Soube-se hoje que a actividade da Polícia Judiciária tem descido a olhos vistos. As descidas no nº de detenções e de inquéritos com propostas de acusação são da ordem dos 50 a 60% nas maiores directorias do país, com excepção de Coimbra.
Como não passa pela cabeça de ninguém que a descida do défice tenha sido obtida também com o abandono pelo Estado de um das suas funções essenciais que é a segurança dos cidadãos, esta só pode significar uma descida gigantesca da criminalidade violenta, como aliás todos constatamos diariamente. Só podemos estar todos de parabéns por mais este sucesso.
CHOQUE
Portugal passa por uma situação económica difícil, que não é possível iludir.
A inflação passa para 2,8% em vez dos 2,4 anteriores, bem acima do valor previsto no Orçamento de Estado que serviu para referencial para os vencimentos de 2008. Mais uma vez o poder de compra dos portugueses regista uma descida, o que sucede pelo terceiro ano sucessivo, situação que já não se verificava há trinta anos.
A Comissão Europeia prevê uma desaceleração do já magro crescimento do PIB para estes dois anos, alertando ainda para um perigo real de o défice voltar a subir já em 2009.
Verifica-se que o país não descola e antes pelo contrário se afunda, indo ser a breve prazo ultrapassado pela Estónia e pela Eslováquia.
O ambiente económico internacional não é favorável. A situação económica mundial passa por graves problemas com instituições financeiras supostamente sólidas a implodirem por crédito sem sustentação. Volta o espectro da fome em grande parte do mundo, consequência de más decisões no que toca a cereais e energias chamadas alternativas.
Alguém disse que não é possível enganar toda a gente todo o tempo. A ser verdade, devemos estar a assistir ao nascimento abrupto de reacções ao que se passa.