terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Carta de marinheiro

Não é por ter Carta de Patrão de Alto Mar, mas devo dizer que acho divertidíssimo ver determinado tipo de pessoas usar de "meios estranhos" para obter uma carta de desportista náutico.
Aliás fazem-me lembrar as histórias (verdadeiras) de personagens bem conhecidas dos meios políticos e sociais que antes do Verão compram umas embarcações com recurso a cheques pré-datados, que depois do Verão não conseguem ser descontados, mas claro, os vendedores não vão querer perder aqueles clientes...

Que sera, sera

Podemos não ver o futuro, mas devemos fazer por ele.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cidades e estratégia para a competitividade urbana

Já referi nestas linhas o relatório que o “International Forum on Urban Competitiveness” publica todos os anos, e no qual é apresentado um ranking de cidades de todo o mundo. Baseia-se na competitividade urbana, que traduz a capacidade de cada cidade para criar mais riqueza e mais rapidamente que as outras.
Como todos sabemos, dada a rápida urbanização dos últimos anos, a competitividade verifica-se hoje mais entre as cidades do que entre os próprios países. A liberdade de circulação e a própria globalização da economia levam a que muitos possam hoje escolher a cidade em que querem trabalhar e viver, mais até do que o país.
Aquela organização aponta os pontos concretos em que as cidades melhor classificadas se esforçam por conseguir bons resultados:
«1.Definir estratégias de desenvolvimento e fornecer orientações no planeamento.
2.Promover um ambiente empresarial que apoie pequenas e médias empresas.
3.Apoiar a evolução das indústrias para patamares mais elevados tecnologicamente.
4.Providenciar a oferta de formação contínua aos cidadãos, encorajando o aparecimento de talentos.
5.Prestar atenção à protecção do ambiente e perseguir o desenvolvimento sustentável.
6.Desenhar a “marca” da cidade e promover o marketing da cidade.
7.Desenvolver um governo da cidade virado para o serviço, através de um modelo de gestão empresarial da gestão municipal.
8.Fomentar características especiais da cidade e cultivar culturas diversificadas.»
Como se pode observar, as habituais discussões sobre as estratégias urbanas em Portugal raramente conseguem ultrapassar um ou outro dos pontos acima elencados.
Não existe, normalmente, uma visão integradora e abrangente de todos aqueles aspectos que, no seu conjunto, definem a competitividade urbana das cidades.
No início de um ano de eleições autárquicas, seria bom revestirmo-nos todos de alguma humildade, e observarmos bem o que de melhor se faz no mundo, no que aliás é hoje uma técnica empresarial bem conhecida.


Publicado no Diário de Coimbra em 12 de Janeiro de 2008

domingo, 11 de janeiro de 2009

ACTUS TRAGICUS

Parece-me que já em tempos aqui coloquei esta música. No entanto, dado que anda no meu carro há tantos anos, sucessivamente em cassete e em cd , peço que me desculpem a repetição:

Rita

Sabe sempre bem voltar a ouvir esta Rita Coolidge, nestes dias em que as músicas parecem todas iguais:

ACEGE EM COIMBRA

Ciclo "VALORES E DESAFIOS PARA UM NOVO PARADIGMA NA GESTÃO"
Basílio Simões , da ISA, no dia 21 de Janeiro às 20:00 no Salão da Sé Velha.

Inscrições: acececoimbra@gmail.com

AJUSTE DIRECTO EM SALDO

Com a nova regra (provisória por dois anos) de adjudicações por ajuste directo até ao máximo de 5 milhões de euros, suponho que seria conveniente constituir um observatório de acompanhamento da medida.
No final, imagino que se constatará um aumento expressivo dos custos unitários pelos trabalhos realizados, o que "é perfeitamente normal" e mesmo aceitável, ou não se aprovaria esta medida. Falta saber como será feita a redistribuição desses sobrecustos, mas aposto que não andará longe da regra dos investidores imobiliários vulgarmente conhecidos como patos bravos: 3x1/3. Neste caso, parte para o empresário fornecedor, parte para alguém ligado à adjudicação e parte para o respectivo partido.
Depois não digam que não foram avisados: o Magreb está cada vez mais próximo.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Demasiados cavalos

antes


Ouvi dizer que o Ferrari 599 GTB Fiorano que o Ronaldo estampou era um modelo especial de encomenda: além dos 620 cavalos habituais, trazia mais um...burro.

depois

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Haja mais rigor na linguagem

Nos últimos anos o pais foi-se transformando progressivamente num mar de propaganda.
As "pessoas", como agora se diz, nem se apercebem como a conversa à volta delas, a todos os níveis de responsabilidades públicas e privadas foi evoluindo de uma forma que retira rigor à linguagem e nos obriga a todos a aprender a descodificar as mensagens.
Ainda agora apreciei na tv uma entrevista a um Comissário da PSP. À pergunta sobre "quais foram os números da operação Natal da PSP", a resposta foi esta: "os números são muito positivos".
Isto é, antes de passar a fornecer os números, como lhe havia sido perguntado, começou por condicionar a nossa percepção da mensagem. Isto num profissional sem responsabilidades políticas.
Depois até se saiu muito bem a descrever as estatísticas e mesmo a interpretá-las, vincando mesmo os problemas de alcoolismo social que os números denunciam. Mas antes disso, teve que usar propaganda, provavelmente sem sequer se aperceber disso.
É apenas um pequeno exemplo do dia a dia, mas representa bem aquela minha ideia.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

IDADE DA INOCÊNCIA

Há alguns meses que a programação da TSF entre as dez da noite e a meia noite é ocupada com o programa "idade da inocência" de Margarida Pinto Correia, apenas cortado de meia em meia hora por pequenos blocos noticiosos.
Não é uma rádio nostálgica, porque tanto transmite músicas da nossa juventude, como apresenta esses temas interpretados por artistas actuais.
Ontem tiveram a coragem de colocar o "shine on you crazy diamond" do álbum "Wish you were here" dos Pink Floyd. Como os cotas como eu se recordarão, aquele tema ocupava um lado inteiro do álbum, o que são cerca de vinte minutos. Numa emissora actual, é obra.
A publicação daquele álbum seguiu-se ao "Dark side of the moon", talvez o melhor album de sempre da música rock.
Como já sou um bocado velho, dado que cresci nos anos 60 e início dos anos 70, para mim os Pink Floyd acabaram precisamente no "wish you were here"; a partir dali tocaram mais variações do mesmo. Tal como aconteceu mais ou menos por essa altura com os Genesis que, após a saída do Peter Gabriel e a sua substituição como vocalista pelo xaroposo baterista ficaram insuportáveis.
Claro, é apenas a minha opinião e gostos (ainda por cima musicais) não se discutem.
Um presentinho: