domingo, 8 de fevereiro de 2009

Baixa



Num destes dias, fui ao meu sapateiro remendão na Baixa e encontrei este aviso de mudança para melhores instalações e ainda bem.
Já o aviso, feito no comutador, é todo um programa e não resisto a partilhá-lo com os meus leitores.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

GOULD E BACH

Bom fim de semana.
Para tal, nada melhor que descansar e ouvir isto:
(Concerto brandeburguês nº 5)


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A PORSCHE COMPROU A VOLKSWAGEN



É uma daquelas coisas quase impossíveis de imaginar. Uma marca de automóveis desportivos e exclusivos que produz uns meros 100.000 automóveis por ano compra o maior fabricante de automóveis da Alemanha, tendo adquirido acções que representam mais de 50% do capital e garantido opção de 74%. Como diz a FORTUNE deste mês,David compra Golias.
Para tornar tudo ainda mais interessante, em 1992 a Porsche caminhava a passos largos para o abismo.
Hoje em dia, consegue ganhar uma média de 14.000 dolares por cada carro que vende e está sentada em cima de 20.000 milhões de dólares, que é mais do que o Estado americano está a injectar na GM, Ford e Chrysler juntas, para as salvar. Não posso deixar de comentar que o Estado português, sem mexer uma palha para o fabricar, ganha muito mais por cada Porsche vendido em Portugal que o próprio fabricante.
Tudo isto foi possível graças à acção do presidente da empresa que entrou em 1992 e deu a volta à situação, tendo transformado uma fabrica tradicional a perder qualidade numa sofisticada empresa ultra moderna e com a qualidade máxima do mundo automóvel, ainda por cima dando muito lucro, como se vê. Ao lado, apostou num "hedge fund" bem controlado que lhe permitiu chegar a um ponto em que as venda dos carros representam apenas 12% dos lucros da Porsche.
Notável. Claro que quando criticam o Eng. Wendelin Wiedeking por ganhar 100 milhões de dólares por ano, ele riposta calmamente que os merece. E nem a crise global afecta o seu negócio.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os amigos de Alex

Não sei a que propósito, algum dos jovens cá de casa resolveu colocar o DVD "The big chill". Deve ser para provocar este cota, mas a carapaça já é grande, if you know what i mean. Para o pessoal amigo(amigos de Alex?), aqui fica o funeral do Alex, com a sua banda sonora.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

FELIX MENDELSSOHN BARTOLDY


Passam hoje 200 anos sobre o nascimento de Mendelssohn que, para além da excelente música que compôs, foi responsável pela recuperação de Bach.

Aqui se recorda parte do seu concerto para violino.


VENDE-SE SAAB E VOLVO










Não, não se trata de vender carros usados.
São as próprias fábricas suecas de automóveis que estão à venda, pelos seus donos americanos, a GM e a FORD, respectivamente.
Numa altura destas, não se vê bem quem esteja interessado, a não ser por preços ridículos.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

GOVERNAÇÃO E SEXUALIDADE

Pelos comentários excitados por todo o lado (ainda há pouco no RCP) a grande vantagem da nova primeira-ministra da Islândia é ser lésbica. Por mim, pensava que a sexualidade não tinha nada a ver com as capacidades governativas de alguém, mas pelos vistos agora passou a ser uma vantagem competitiva.

Crise e confusões ideológicas

A actual crise económica e financeira tem servido para os maiores desvarios ideológicos. Generaliza-se a ideia de que a solução dos nossos problemas está exclusivamente no Estado, porque é um actor racional, ao contrário do Mercado, que deu provas de se comportar irracionalmente. Esquece-se assim, de um fôlego, a história empresarial como um dos grandes progressos da humanidade, que funcionou, com o racionalismo que usa para as decisões, como base de todo o desenvolvimento dos últimos duzentos anos. Para alguns mais saudosos dos tempos de brasa de Vasco Gonçalves, os problemas da banca resolver-se-iam mesmo pela sua nacionalização sistemática.
Como responder a isto? Basta recordar que na base da actual crise mundial estão os chamados “produtos tóxicos” financeiros. Estes tiveram origem no “subprime” norte-americano, uma criação do Estado, repleta de boas intenções, para que toda a gente pudesse ter acesso a casa própria nos EUA. Passou-se isto ainda no tempo de Clinton; entretanto, os fundos Fannie Mae e Freddie Mac cresceram de tal maneira que levaram a uma valorização excessiva do mercado imobiliário. A consequência imediata é bem conhecida: toda a chamada banca de investimento foi infectada, seguindo-se, por contágio, a banca comercial e a chamada economia real.
Ouvi alguém defender recentemente que a política é como um pêndulo: umas vezes balança para a direita, outras vezes para a esquerda. Segundo essa teoria, quem ganha as eleições é quem estiver no centro do pêndulo no momento certo. Para ganhar eleições, tudo o que então seria preciso é ter a argúcia de ocupar esse sítio no momento das eleições. Quando o pêndulo anda mais à esquerda, tiram-se do bolso umas medidas sociais fracturantes; quando o pêndulo puxa mais para a direita, arranja-se algo em conformidade.
Assim se compreende melhor a proposta abstrusa dos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo feita neste momento específico, dois meses depois de ter sido recusada pelos actuais proponentes.
Parece que há quem ache que a aceitação dos métodos que os Estados estão a usar para combater a crise significa que o eleitorado passou a defender mais Estado, logo, está mais à esquerda no espectro ideológico. Estes métodos, recorde-se, consistem em injectar dinheiro dos impostos actuais e futuros para cima dos problemas. No meio disto, só o ministro das Finanças parece não ter perdido o Norte, porque reconhece calmamente que os actuais governos se vêem obrigados a navegar sem GPS, isto é, às cegas.
Há mesmo por aí quem recorde que já Hegel defendeu algures que o Estado é o centro da ideia ética, e que, perante a actual situação, deverá ser o mesmo Estado a moralizar o capitalismo. Doce engano. Perante a economia, se o Estado cumprir aquilo para que serve, isto é, cumprir leal e rigorosamente as suas funções reguladoras e de supervisão, já ficaremos todos satisfeitos. Ninguém na economia precisa que o Estado lhe venha dizer o que deve produzir, quando e como.

Publicado no Diário de Coimbra em 2 de Fevereiro de 2009

sábado, 31 de janeiro de 2009

EVANGELHO DO DIA

Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41.

Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

PÉROLAS

Para que não se pense que a Humanidade não vale a pena, aqui vai a prova de que vale:
Carmen de Bizet (prelúdio e habanera) por Maria Callas:



Bom fim-de-semana.