terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

PROFS NA RUA, À FORÇA

O Sr. Albino Almeida diligente presidente da CONFAP saudou a divulgação dos dados sobre violência escolar que se traduzem no facto de a PGR ter aberto quase 140 inquéritos-crimes relacionados com essa matéria.
Pelos vistos violentar os professores obrigando-os a participar num cortejo carnavalesco pela rua fora com os alunos quando não têm vontade nem têm qualquer interesse nisso para o seu futuro e o dos alunos faz parte das competências da CONFAP ( e da autarquia e do ME, que ajudaram à festa).
Quando os meus filhos andavam pelas escolas e episodicamente participei nas respectivas associações de pais apercebi-me bem de como estas serviam muitas vezes para:
- tirar vantagens políticas dessa participação, servindo de correias de transmissão dos respectivos partidos;
- defender os seus meninos, quando não eram propriamente meninos de coro;
- trepar nas estruturas das associações de pais.
Claro que isto não se passa com todos, mas que se passa com muitos, isso passa e sei muito bem do que estou a falar.
Absolutamente lamentável, tudo isto, que na verdade não passa de uma intolerável violação dos direitos cívicos dos professores.

DIREITAS E ESQUERDAS


Durante os vinte anos que se seguiram ao 25 de Abril, o sistema partidário português manteve-se relativamente estabilizado. Ao centro, respectivamente à Direita e à Esquerda, estavam o PSD e o PS. À direita do PSD existia o CDS e à esquerda do PS posicionava-se o PCP.
A soma dos dois lados ia-se equilibrando, puxando ligeiramente mais para um lado ou para o outro, conforme as circunstâncias e as lideranças do PS e do PSD.
No entanto, no actual quadro de intenções de voto, quando faltam apenas quatro meses para o primeiro dos três actos eleitorais deste ano, os partidos à Esquerda somarão um pouco mais de 60% e os dois partidos à Direita um pouco menos de 40%.
As questões apresentadas para discussão na sociedade são sistematicamente de orientação ideológica de esquerda, nada indicando que o eleitor mediano se aperceba deste condicionamento de agenda. O resultado é o deslizamento para a esquerda patente nas intenções de voto, mesmo quando não há uma identificação com “a esquerda”. Há um desfasamento entre as prioridades ou causas sentidas pelo eleitorado e o panorama partidário, que as transforma em causas de esquerda.
É necessário trazer para o debate público temas que reposicionem o centro do espectro político.
Discutir a introdução do “casamento” dos homossexuais, argumentando com a reposição de direitos de igualdade, na realidade apenas tem como objectivo puxar o debate público para a esquerda. A razão invocada é perigosa, porque vem abrir a porta a muitas outras orientações e eventuais afectos que a nossa moral judaico-cristã expulsou da “normalidade” como sejam o casamento entre primos, entre irmãos ou mesmo a poligamia, entre outros.
As liberdades individuais são diariamente espezinhadas em nome de um suposto melhor funcionamento do Estado, praticamente sem discussão. Exemplos? O cartão único e o chip obrigatório para os automóveis.
A Educação e a Saúde deverão passar a ser centradas nos interesses dos cidadãos, que não deveriam ter de pagar duas vezes para terem liberdade de escolha no projecto educativo dos seus filhos e nos serviços de saúde, respectivamente.
A liberdade económica é seriamente afectada pelos desvios introduzidos por práticas de corrupção, que se traduzem num peso escondido que todos temos que pagar. É necessário introduzir o crime de “enriquecimento súbito e injustificado”, que até hoje não existe no nosso ordenamento penal.
O que nos leva directamente à Justiça. Um sistema judicial que não resolve as questões em tempo útil não serve os cidadãos e não serve a economia, com graves custos para a competitividade.
A sustentabilidade ambiental tem de ser intransigentemente defendida. A conservação daquilo que nos foi legado para entregarmos aos nossos descendentes não pode estar à mercê de pretensos “desenvolvimentos económicos” que à sombra de PIN´s e desculpas parecidas destroem o que temos de melhor e mais valioso, que é o ambiente.
Como se vê, exemplos de temas que nos interessam a todos, fora do condicionamento fracturante e mesmo para além da crise, não faltam. Venham eles, que os portugueses agradecerão, com consequências evidentes nos resultados eleitorais.

Publicado no Diário de Coimbra em 23 de Fevereiro de 2009

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mais conhecidos que Jesus Cristo

Volta não volta aparecem uns cromos que são considerados mais conhecidos que Jesus Cristo. Aqui há umas dezenas de anos, foi John Lennon que descobriu que os Beatles já eram mais conhecidos que Jesus Cristo. Logo de seguida foi o que se sabe.
Aparece agora uma notícia que dá Barack Obama como tendo destronado Jesus Cristo na lista de heróis mais admirados pelos norte-americanos. Saliente-se que isto sucede antes mesmo de Obama mostrar qualquer resultado, porque só agora está a começar a sua presidência.
Costumo dizer que admito tudo, menos fanáticos. Aqui aplica-se em cheio.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Para descontrair

Bonnie Tyler It's A Heartache

Isto é uma vergonha nacional.

Parte de um ofício enviado pela Directora Regional de Educação do Norte a uma Escola, logicamente afixado na Escola e lido por professores e alunos:

"Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos e de toda uma população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado."

Nem se consegue perceber o sentido. A autora do texto é responsável por uma estrutura importantíssima do Ministério da Educação. Repito: da Educação.

Com maus exemplos como este, não há educação possível.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Medidas para a crise I

O PSD apresentou uma proposta de medidas para enfrentar a crise, que me parecem acertadas.
Aqui ficam algumas :

Garantir o pagamento das dívidas do Estado às PME.
Criar uma conta corrente entre o Estado e as empresas.
Alterar o regime de pagamento do IVA.
Alterar o regime de reembolso do IVA.
Extinguir o pagamento especial por conta.
Dar orientação à CGD para reforçar a sua actuação no financiamento das PME exportadoras.
Dinamizar o capital de risco para as PME exportadoras.

A alternativa apresentada para apoiar as empresas é claramente melhor que fazer empréstimos que irão aumentar o endividamento das mesmas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DIFERENÇA ESSENCIAL

Antes desta, todas as outras crises tiveram uma característica que diferenciava Portugal dos outros países. Em Portugal, a crise chegava depois dos outros países e era mitigada. Claro que a saída da crise se dava entre nós mais tarde e também mais fraquinha. Isto é, havia uma resiliência própria da nossa economia.
Desta vez, tudo mudou. A crise chegou até nós de forma instantânea e somos o terceiro país da UE onde ela é mais grave. Há aqui muito a estudar e a perceber. Esperemos ao menos que a saída da crise seja igualmente rápida e com grande velocidade de recuperação.

ACEGE EM COIMBRA




Dia 10 de Março
Almoço-debate com o Prof. Manuel Antunes, Director do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Inscrições em : acegecoimbra@gmail.com

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CANNABIS


O governo britânico lançou uma campanha de alerta sobre os riscos do consumo de cannabis, chamando a atenção para a relação entre cannabis e doenças mentais.
Segundo o ministro da Saúde Pública britânico,“os jovens precisam de saber que a cannabis não é uma droga leve. Precisam de estar conscientes dos riscos que correm”.
O governo britânico alterou a classificação da cannabis, podendo os utilizadores enfrentar cinco anos de cadeia e os fornecedores ser condenados a penas até 14 anos.
Cá em Portugal, a despenalização do consumo e as regras para determinar quem é consumidor e quem é traficante deram na autêntica tragédia que se vê nas nossas ruas. Quem quiser saber como é que vá à Baixa de Coimbra a partir das 7 da tarde (só aconselho a não levar valores).