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terça-feira, 14 de abril de 2009
(des) União Europeia
Em Praga, na conferência de imprensa, compareceu ele em nome dos EUA bem como Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia, o primeiro-ministro checo que preside à União neste semestre e o primeiro-ministro sueco que lhe sucederá nos seis meses seguintes. Uma confusão, como se pode imaginar. Ao referir-se à liderança europeia Obama, sem saber bem o que dizer, falou na "liderança destes três cavalheiros", o que é notoriamente apenas uma anedota.
A revista Economist descreve assim o encontro entre o presidente americano e os líderes europeus:
segunda-feira, 13 de abril de 2009
BENCHMARKING
A recente cimeira do G20 realizada em Londres teve inúmeros aspectos a merecer a nossa redobrada atenção, muito para além da estreia da presença de Barack Obama como Presidente dos EUA. Em cima da mesa, a necessidade de dar resposta à recessão económica mundial.
Esses aspectos já foram escalpelizados e, se o espectáculo de Obama não desiludiu, desconfia-se seriamente que os líderes dos países que representam cerca de 90% da economia mundial não protagonizaram nenhuma Bretton Woods, ficando bem longe de tal ambição.
A reunião teve lugar em Londres, tendo como anfitrião Gordon Brown. Ora, a actual situação política do Primeiro-ministro britânico não deixa de ser curiosa. Gordon Brown sucedeu a Tony Blair na responsabilidade da chefia do governo britânico. Brown tinha assumido a pasta das finanças desde o início da governação do chamado New Labour, em Maio de 1997.
Enquanto organizador do G20, Gordon Brown assumiu um papel de destaque. Irradiando confiança, apresentou quase que a salvação económica do mundo; a verdade, porém, é que a sua situação política em casa nada tem de inspirada. Herdeiro da liderança de Tony Blair, considerado o criador do monetarismo de fachada trabalhista ou socialismo moderno, enfrenta hoje baixíssimos níveis de confiança nas sondagens de opinião. Tudo parece indicar uma derrota eleitoral verdadeiramente expressiva nas próximas eleições.
Deve, porém, ser salientado que essa baixa nas sondagens eleitorais não resulta da actual crise. Ainda antes dos seus primeiros sinais, já as sondagens não o favoreciam. Brown, contudo, insiste na crise como causalidade, reiterando as suas proporções globais e a inevitabilidade das suas consequências – políticas, perguntamo-nos – para o Reino Unido. Na verdade, a crise internacional veio apenas colocar a nu as fragilidades da governação trabalhista, ampliando os problemas políticos já existentes.
O azar de Gordon Brown só é amplificado pelo facto de o Partido Conservador ter hoje um líder à altura dos acontecimentos, David Cameron. O mesmo que, respondendo ainda a Tony Blair no Parlamento, lhe atirou sem contemplações que “você em tempos foi o futuro”, diminuindo-lhe de imediato a aura que até então parecia brilhar permanentemente.
Exceptuando as tragédias familiares que partilham (perda de filhos), as diferenças entre os dois líderes não poderiam ser maiores. David Cameron é afirmativo, pragmático, não renegando a sua formação de Eton. De forma mais relevante ainda, não se resigna a esperar pela queda dos trabalhistas, antes trabalhando árdua e competentemente para que tal suceda.
A quem lhe diz que no Reino Unido são os governos que perdem as eleições e não as oposições que as ganham, ele responde que quando um governo está em sarilhos, a principal tarefa do principal partido da oposição é não ser inelegível.
A sua educação e simpatia podem ser confundidas com facilitismo. O seu biógrafo, Francis Elliot, alerta contudo que essa disponibilidade tem limites, e os seus adversários parecem conhecê-los.
Gordon Brown não é, de todo, um político sem substância, mas tem pela frente um adversário sério e bem preparado, que assume os desafios do nosso tempo com pragmatismo, e que embora sendo Conservador, conseguiu tornar-se herdeiro da afectividade dos britânicos por Blair.
Publicado no Diário de Coimbra em 13 de Abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
SANTA PÁSCOA
Evangelho segundo S. João 20,1-9.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
QUOTAS
sábado, 11 de abril de 2009
Barroso em Bruxelas
1- Apoio decisivo, embora discreto, do Presidente da Comissão, para os fundos europeus;
2- Enquanto Barroso por lá se mantiver não vem para cá complicar a vida ao PS, seja em legislativas, seja em presidenciais.
Claro que a "diferença de perspectivas" com o cabeça de lista socialista às europeias serve muito bem para manter uma alternativa a Barroso em aberto e para subir a parada das negociações, coisas que dão sempre muito jeito e que só demonstram profissionalismo na política.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
PRÓS E...
Perante a posição de Eduardo Catroga sobre a experiência portuguesa de parcerias publico-privadas nas obras públicas desde o início das SCUTS em que o Estado fica com o risco e um endividamento enorme para o futuro, Mário Lino avança com os argumentos habituais, entre os quais o país não poder ficar para trás na alta velocidade. José Reis resolve cobrir o ministro pela esquerda e afirma que nesta altura é essencial discutir as relações entre o Estado e o privado, estando ele próprio convencido das vantagens do Estado. Depois desta tirada ideológica avançadissima, fiquei esclarecido e fui-me deitar.
Quando é que a ERC se digna a "visionar" estes programas sob o ponto de vista do equilíbrio?