terça-feira, 2 de junho de 2009

O NÃO VOTO

O Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados manifestou-se a favor da abstenção, como sendo uma maneira de manifestar opinião negativa sobre o estado de coisas. Não sei porquê, como já cá ando há uns anos lembrei-me logo do partido do voto em branco inventado pelo MFA. Afrontar, propor alternativas e denunciar situações, tudo bem, pescar em águas turvas é que não. Para esse campeonato já demos todos há muitos anos e aprendemos a lição.

Ensino

Reconheço-me no desenho do lado esquerdo, mas reconheço a realidade actual no lado direito. 


segunda-feira, 1 de junho de 2009

MÚSICA CLÁSSICA EM COIMBRA



Há mais de três anos, quando comecei esta série, fiz questão de afirmar que este meu exercício de cidadania activa se reveste de uma atitude construtiva, sem proselitismos de qualquer espécie. Não quer isto significar que desista de convicções pessoais, ou que relativize o absoluto. Quer tão-só significar que mais vale fazer parte da solução do que do problema. E que, recordando aqui de novo o P. Vasco Pinto de Magalhães, “não interessa ser optimista nem pessimista, e sim optimizador”.

Há exactamente quinze dias, o texto desta minha crónica surgiu literalmente esmagado por dois textos de opinião que tinham algo em comum: o ataque “ad hominem” ao Presidente da Câmara Municipal. Como bem sabemos, embora por vezes tendamos a esquecê-lo, a realidade nunca é branca ou preta. Na realidade, qualquer exercício de governação agradará a uns e desagradará a outros, e haverá sempre quem, com razão, se possa queixar deste ou daquele aspecto particular. Não sou dos que vêem campanhas negras em tudo o que é oposição activa, e muito menos aprecio acusações do tipo de “bota-abaixismo”. Considero assim que a crítica às opções tomadas é sempre válida, e contribui para esclarecer as coisas e melhorar a actividade concreta. Ora, não é isso que acontece quando a crítica se resume ao ataque feroz fulanizado.

Uma das áreas mais criticadas na actual Câmara de Coimbra é a da Cultura. A meu ver, de forma injusta. Na realidade, para além de inúmeras acções pontuais, há outras com uma continuidade temporal essencial, como são, por exemplo, o teatro e a música dita clássica. Nesta última área, uma opção da actual Câmara merece ser salientada e louvada.

A Orquestra Clássica do Centro é o maior agrupamento musical da Região Centro, tendo uma actividade de divulgação musical absolutamente meritória. A Câmara Municipal de Coimbra cedeu-lhe o Pavilhão Centro de Portugal para se instalar, e concede-lhe anualmente uma verba que garante minimamente o seu funcionamento, ao que a Orquestra retribui com uma série variada de concertos. Para além deste, sem o qual pura e simplesmente não existiria, a Orquestra Clássica do Centro conta apenas com apoios da CGD e outros, entre os quais os dois jornais diários publicados em Coimbra, tudo ao abrigo da lei do mecenato. Do Ministério da Cultura, não recebe qualquer verba, embora, como atrás disse, seja a maior orquestra clássica da zona Centro e exerça um papel fundamental na cultura da nossa região, através dos concertos e inúmeras acções de formação musical dirigidas aos jovens.

O sucesso indesmentível desta orquestra deve-se acima de tudo à sua direcção artística cuja qualidade transmite um entusiasmo transbordante a quem vai aos concertos, e ainda à respectiva gestão, cuja capacidade de realização e competência consegue com quase nada fazer praticamente tudo. Curiosamente, tal deve-se a mais uma mulher que não precisou de quotas para se afirmar num mundo restrito e extremamente exigente como é aquele em que se move. Caso para se dizer, mais uma vez, que é COIMBRA NO SEU MELHOR.


Publicado no Diário de Coimbra em 1 de Junho de 2009

sábado, 30 de maio de 2009

ACEGE EM COIMBRA


No próximo dia 24 de Junho almoço-debate no salão da Sé Velha com Pedro Vaz Serra :

EMPREENDEDORISMO, NECESSIDADE OU VOCAÇÃO?

Endereço para informações ou inscrição: acegecoimbra@gmail.com

NÃO HÁ ALMOÇOS GRÁTIS


É bem verdade: cá se fazem, cá se pagam. Quanto a mim, fico muito mais descansado depois desta 1ª página do Expresso.

VISTO DE FORA

Não me vou aborrecer com a semelhança de nome, porque a autora me merece toda a consideração (vá-se lá saber porquê).




Do jornal "i" de hoje, página 11.

BPN

Tenho resistido a comentar o que se passa no BPN. No entanto, o candidato Vital Moreira resolveu colocar esta questão no centro do debate das eleições europeias. Acho que fez mal. Nem percebo o que tem a ver com as europeias, logo ele que que tinha dito que nestas eleições se deveriam discutir assuntos europeus. Por outro lado, o problema do BPN só é nacional e político em vez de assunto puramente de Justiça porque o Estado resolveu nacionalizá-lo.
A primeira pergunta é: porquê? A que propósito é que os meus impostos vão suportar os desmandos daqueles senhores?
A segunda pergunta decorre desta e é simples: dois mil milhões de euros?
A terceira pergunta ao candidato é porque é que prefere a companhia intelectual e política de José Lello a Maria de Belém Roseira.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Chopin - marcha fúnebre

Bonito, mas triste, em memória de quem parte sem aviso prévio

A QUE PROPÓSITO?

Alguém que me explique. A que propósito é que o Dr. Manuel Dias Loureiro, ex-Conselheiro de Estado pede ao PGR para ser ouvido rapidamente? Perante a Justiça não é um cidadão como os demais?


quinta-feira, 28 de maio de 2009

DISCUTIR A ENERGIA

O jornal "El Pais" do país vizinho trouxe há dois dias um artigo sobre um alerta do Governo Espanhol relativo à possibilidade de surgimento de uma bolha especulativa associada às tecnologias renováveis. O governo espanhol está convencido que determinadas tecnologias fortemente apoiadas como a eólica, "encarecem o recibo da luz, fomentam a especulação e dificultam a circulação da energia na rede eléctrica". A tendência do recurso excessivo às renováveis no actual contexto  "pode por em risco a sustentabilidade do do sistema energético, tanto do ponto de vista económico, como do ponto de vista técnico".
Entre nós assiste-se a um investimento maciço e fortemente apoiado pelo Estado nas renováveis de forma completamente acrítica, sendo praticamente proibido discutir a opção. Seria melhor começar a analisar e discutir bem esses investimentos, para prevenir os riscos já sentidos aqui ao lado, pelo próprio governo socialista de Zapatero, assinale-se.