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quarta-feira, 29 de julho de 2009
EMPRESÁRIO(s)
Ontem, José Roquette veio traçar a cronologia da transação que no final de 2000 cedeu à SLN. No comunicado, afirma que Dias Loureiro detinha 8,21 por cento das acções da Plêiade, embora com opção de compra até 14,285 por cento. E quando surgiu a oportunidade de a ceder à SLN, adquiriu a parte de Dias Loureiro bem como o direito de opção de compra, embora tenha pago apenas depois de a SLN liquidar essa compra, já em 2001.
"Fui o único vendedor das acções da Plêiade à SLN para assim simplificar o processo de venda e ser pessoalmente o único responsável pelas garantias", afirma Roquette. "Não paguei, nem ao Dr. Dias Loureiro nem a ninguém, qualquer comissão pela venda da Plêiade".
Em contraponto a um comunicado repleto de datas precisas e de percentagens até à milésima, Dias Loureiro - em declarações ao jornal "Diário Económico - declara que não se recorda do valor real da sua posição na Plêiade e que salienta a sua insatisfação por todo o "alarido" em torno de um "negício perfeitamente normal e claro".
"Eu não me lembro desses 8,21 por cento. Lembro-me que tinha uma opção de compra de quase 15 por cento, acho que exerci essa opção de compra, mas não sei, porque já lá vão dez anos".
Como segundo comentário, quem tivesse pensado que a informação de José Roquette resolveria as imprecisões do ex-ministro estava pelos vistos enganado, o que não deixa de ser mais uma curiosidade a acrescentar a toda esta história.
terça-feira, 28 de julho de 2009
JOANINHA VOA, VOA
segunda-feira, 27 de julho de 2009
POLÍTICA E RELIGIÃO
É frequente ouvirmos críticas duras contra a tomada de posições políticas públicas por parte de membros da Igreja Católica, sejam leigos ou pertençam à hierarquia religiosa.
Não me refiro a apoios ou críticas de católicos a este ou aquele partido, posições que podem ser sempre contraditadas, como é norma em democracia. Mas, muitas vezes, as próprias posições de princípio são apresentadas como ingerências mais ou menos ilegítimas da Igreja num mundo do qual muita gente gostaria de a ver arredada. Como se a Igreja e os seus membros estivessem impedidos de ter posições públicas, mesmo quando os seus princípios morais são clara e sistematicamente atacados, muitas vezes com clara perda para a organização social e mesmo para o seu equilíbrio. Nos últimos tempos, vieram sinais fortes da Igreja, indicativos de que o que se passa no mundo dos homens não lhe é indiferente.
Entre nós, a Conferência Episcopal Portuguesa emitiu em Abril passado uma Nota Pastoral com o título”Votar, um exercício de cidadania”. Num ano de três actos eleitorais, os Bispos portugueses lembram que, sendo a política a acção do possível, os candidatos aos diversos órgãos serão candidatos ao serviço do bem comum, pelo que deverão ser capazes de realizar a sua missão com competência, cultura e vivência cívica, fidelidade e honestidade, sempre mais orientados pelo interesse nacional que pelo partidário ou pessoal. Àqueles que acusam a Igreja de querer impor os seus pontos de vista, os bispos portugueses lembram que ninguém deve esperar que um programa político seja uma espécie de catecismo do seu credo, mas um compromisso para a solução dos problemas do país, vincando, no entanto, que o eleitor cristão não pode trair a sua consciência no acto de votar. E isso porque os valores morais dos cristãos devem enformar as diversas dimensões da vida humana, designadamente familiar, social e política.
Curiosamente, também o Papa Bento XVI publicou a sua terceira encíclica chamada “Caritas in veritate”, isto é, “A caridade na verdade”. Esta encíclica vem recolocar a tónica na “Doutrina Social da Igreja”, 40 anos após a publicação da “Populorum Progressio” de Paulo VI.
Numa altura em que uma crise gigantesca abafa o desenvolvimento económico em todo o mundo, com consequências terríveis para tantas pessoas a nível de desemprego e sofrimento, o Papa vem lembrar os valores éticos essenciais da economia e da política. Claro que não cabe à Igreja apresentar saídas técnicas para a crise. No entanto, assume ser sua obrigação defender as pessoas concretas contra práticas que as ofendem, tanto as violações à sua liberdade individual e capacidade empreendedora, como um mercado desregulado e selvagem que a todos atropela.
O Papa relembra que “trabalhar pelo bem comum é cuidar e utilizar o conjunto de instituições que estruturam jurídica, civil, política e culturalmente a vida social, que se configura sim como polis, como cidade”.
Que melhor maneira de descrever qual deve ser a maneira de os cristãos pautarem a sua maneira de intervir no mundo?
Antes das férias e sobretudo antes das campanhas eleitorais que se avizinham, não nos fará mal nenhum ter em consideração o que a Igreja hoje nos diz, sejamos candidatos a qualquer cargo ou simples eleitores.
domingo, 26 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
Eleições antecipadas
UM FANTASMA
PAGANINI
Bom fim de semana.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A RODA DA NOSSA HISTÓRIA
"Quando o rotativismo, no último quartel do século XIX, começou a patinar, chegou a haver um governo de superação do impasse presidido por José Dias Ferreira, que teve que gramar o seu rival Joaqum Pedro Oliveira Martins como ministro da fazenda, mas que, depressa, deitou borda fora. Hoje, os descendentes dos regeneradores e dos progressistas são PSD e PS...
A Manela é bisneta do Zé Dias e um outro nosso ministro das finanças recente, sobrinho-bisneto do Joaquim Pedro. Os descalabro de então foi por causa do sonhar é fácil de certos investimentos em vias de ferro, com velhos e clássicos corruptos nas concessionárias, como o Foz e o Burnay. Mas o povo gosta, até deu nome aos palácios que eles compraram nos Restauradores e na Junqueira. O primeiro acabou em cabaret. O segundo está hoje quase abandonado e a cair aos pedaços. "