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quinta-feira, 20 de setembro de 2018
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Frivolidades
Foto da visita oficial do Primeiro-Ministro de Portugal à República Popular de Angola.
Sem comentários.
Sem comentários.
Há racionalidade na política?
Em boa hora o Eng.
Henrique Neto decidiu dedicar algumas das suas excelentes crónicas desta mesma
página do Diário de Coimbra à análise da racionalidade em decisões
governamentais e de como a ideologia influencia essas decisões de forma tantas
vezes negativa. Com a inteligência que se lhe reconhece e a experiência de vida
pessoal e profissional em que conseguiu grandes sucessos reconhecidos, Henrique
Neto apresentou vários exemplos que demonstram a justeza da sua análise.
Com a devida vénia
perante tão ilustre companheiro de página e colega de formação, permito-me
fazer aqui algumas considerações que, a meu ver, mostram a quase
impossibilidade actual de racionalidade na acção política e que espero possam
ajudar a trazer mais alguma luz sobre este assunto.
Em primeiro lugar,
o que leva os eleitores a entregar o seu voto a esta ou àquela formação
política, entregando-lhe a sua confiança para gerir os destinos o país? Desde
há muito tempo que cheguei à conclusão de que os eleitores votam baseados em
sentimentos e não por critérios puramente racionais. Esse sentimento é induzido
pela interpretação da realidade que lhes é apresentada pelos próprios agentes
da política, mas também pelos numerosos comentadores televisivos, interessados
directa ou indirectamente naquilo que falam.
Essa percepção é resultado de uma
manipulação generalizada, muito difícil de desmontar, até porque os
destinatários preferem ouvir as boas às más notícias; por isso vão ganhando
afecto sobre quem lhes apresenta efabulações simpáticas, desgostando de quem,
não mentindo, lhes mostra apenas dificuldades e exigências, construindo
sentimentos que se vão reflectir mais tarde nas suas opções eleitorais. Não
preciso de concretizar, para que quem me leia saiba exactamente do que e de
quem me estou a referir, em todo o espectro político-partidário.
Por estarem
conscientes da importância do sentimento nas decisões eleitorais dos cidadãos,
os partidos constroem narrativas que apresentam ao eleitorado as quais, embora
partindo de bases ideológicas próprias, são mais das vezes cobertas com efabulações
como o creme que cobre os doces para atrair clientes. Essas narrativas são por
vezes estruturadas sobre teorias económicas apresentadas como científicas
quando, na verdade, só são verdadeiras perante determinadas situações concretas,
os tais pressupostos dos “estudos económicos”, bastando uma pequena variação de
um deles para toda a estrutura construída por cima ruir como um baralho de
cartas. Mas os políticos parecem ter necessidade de oferecer soluções
milagrosas, baseadas no que dizem ser “ciência política”, que prometem mundos e
fundos para o futuro, enquanto de caminho demonizam os adversários, sempre
apresentados como maus da fita. As narrativas assim construídas têm a vantagem
de esconder as verdadeiras opções ideológicas, mesmo aquelas cujo valor foi já
tantas vezes desmontado pela História, enquanto ajudam ainda a fazer esquecer as
próprias responsabilidades passadas nos tristes resultados presentes. É muitas
vezes visível que os próprios políticos ficam muitas vezes reféns das suas
próprias narrativas quando chegam ao poder, inventando malabarismos para
adaptar a realidade àquilo que defenderam, deixando os eleitores perplexos e
mesmo perdidos perante as incongruências e manifestações de hipocrisia, donde a
frase mais ouvida: “são todos iguais”.
E onde pára a
racionalidade de decisões no meio deste ambiente político? Quer do lado dos
decisores políticos presos nas suas narrativas, quer do lado dos eleitores
ávidos de boas notícias, fica muito pouco espaço para a racionalidade. É de
facto preciso ser dotado de uma grande solidez de personalidade, deter uma
larga base de conhecimentos em várias áreas, que não apenas de marketing
político, para se conseguir manter uma coerência política que origine decisões
minimamente sensatas e racionais para um observador externo. E só estas
permitirão inverter o caminho descendente da nossa economia perante as mais
desenvolvidas da Europa que se verifica desde o início deste século e que
continua, facto generalizadamente escondido dos portugueses, e que é resultado
da pura irracionalidade de muitas das decisões de quem nos tem governado.
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Da arte de manipular eleitorados
Foi Medina que deu o pontapé de saída. Contudo, percebeu-se
bem, através da instantânea adopção da ideia pelo Governo, que a jogada tinha
sido previamente concertada, já que Medina é apenas, e por enquanto, presidente
da Câmara Municipal de Lisboa. Trata-se de uma daquelas medidas que ficam bem a
qualquer político, sobretudo a um ano das eleições legislativas. Teve ainda a
vantagem de retirar de cena o acto falhado de António Costa ao prometer
diminuir o IRS durante algum tempo àqueles jovens que emigraram durante os
tempos da troika que regressassem ao país e que colheu críticas justas à
esquerda e à direita.
Fernando Medina anunciou a medida como sendo uma
“revolução no preço dos transportes públicos de Lisboa” para o que tinha
garantido o apoio dos municípios da área metropolitana de Lisboa (pudera!),
tendo logo adiantado que já tinha entregue o dossier a Costa e Centeno,
esclarecendo ainda que o plano custará 65 milhões de euro anuais. Todos os
anos, claro.
E quem pagaria esta despesa acrescida com os
transportes públicos de Lisboa? Todos os contribuintes do país, de Bragança a
Vila Real de Santo António, da Guarda a Peniche. É que Medina propôs a Costa
que inclua as verbas necessárias já no próximo Orçamento de Estado que será
apresentado até 15 de Outubro na Assembleia da República. E em que consiste a
tal revolução no preço dos passes sociais? Apenas na definição de um preço
máximo de 30 euros por mês no interior de Lisboa e de 40 euros para viagens
dentro dos 18 municípios da área metropolitana. Poder-se-ia dizer que foi com
coisas destas que Maduro começou, com os excelentes resultados que todos vemos
trazidos pelo socialismo (a este chamam-lhe bolivariano) na Venezuela. Medina
não se preocupou em fazer contas aos montantes dos descontos perante o custo
dos bilhetes. Não, vai-se a eles e zás, aplica-lhe um preço máximo, que os
atarantados dos portugueses de todo o país pagarão! Tal como pagam e
continuarão a pagar um escandaloso imposto sobre os combustíveis, visto que o
magnânimo Medina já estabeleceu como verdade insofismável que os passes
revolucionários para Lisboa serão muito mais justos do que baixar os
combustíveis para todos os (malandros residentes a mais de 50 km da fronteira,
direi eu) que se deslocam de carro.
E, segundo Medina, porque é que os cidadãos optarão
pelo transporte individual, em vez de se deslocarem nos transportes públicos? Segundo
o autarca, por falta de resposta do sistema público de transportes. Perante a
solução revolucionária que ele encontrou para o problema, não pude deixar de
recordar a resposta fantástica de Álvaro Cunhal em 1974 quando, regressado há pouco
do exílio no Leste, deu a sua justificação para os portugueses terem tantos carros
com pintura metalizada: é que eram tão pobres que se viam obrigados a escolher
essa pintura porque dura mais. Isto é, o cego irrealismo ideológico e a
necessidade de lhe adaptar a realidade, são caminho directo para o disparate.
Na verdade, num tempo em que os cidadãos se apercebem
todos os dias da descida da qualidade da oferta dos sistemas públicos de
transportes em Lisboa, sejam rodo, ferroviários ou fluviais, a fuga para a
frente à custa dos impostos de todos os portugueses é uma má solução, além de
injusta. Medina e os seus apoiantes governamentais bem podem argumentar que são
os alfacinhas e os tripeiros que pagam a maioria dos impostos porque, na
realidade, 70% do IRS é pago por 9% dos contribuintes e 20% do total do IRS
recolhido pelas Finanças vem daquele 1% com os rendimentos mais altos. Escuso
de falar na imensa percentagem de contribuintes daquelas áreas urbanas que pura
e simplesmente não pagam IRS e que beneficiarão daquela medida. Revolucionária,
no dizer de Medina.
O que Medina e Costa não dizem é que, se o objectivo é
atrair utentes para os transportes públicos, seria muito mais eficaz melhorar
em qualidade e quantidade a oferta dos mesmos em Lisboa. Mas lá está, as
cativações e a praticamente inexistência de investimento público não deixam
seguir esse caminho que custaria centenas de milhões de euros. E, além disso,
para que é que interessam a eficácia e a competência na gestão da coisa
pública, quando é muito mais barato gastar umas poucas dezenas de milhões em
subsídios que, ainda por cima, são muito mais eficazes na obtenção de votos?
domingo, 9 de setembro de 2018
Cecilia Bartoli - Porpora : In braccio a mille furie / Semiramide ricono...
Cecilia Bartoli - Porpora : In braccio a mille furie / Semiramide ricono...
sábado, 8 de setembro de 2018
Brasil
O estado a que chegou hoje em dia o grande país nosso irmão que é o Brasil é terrível e assustador.
Alguém se lembra da diferença para como estava o Brasil aquando da saída do Presidente Fernando Henriques Cardoso, isto é, antes da passagem pelo poder dos presidentes do PT, Lula e Dilma? É só comparar e ver as consequências dessa governação.
Alguém se lembra da diferença para como estava o Brasil aquando da saída do Presidente Fernando Henriques Cardoso, isto é, antes da passagem pelo poder dos presidentes do PT, Lula e Dilma? É só comparar e ver as consequências dessa governação.
terça-feira, 4 de setembro de 2018
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