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segunda-feira, 19 de agosto de 2019
Posicionamento político de Rui Rio
Ainda bem que o diz. Os portugueses ficam muito mais esclarecidos.
Rui Rio: “António Costa é muito mais à esquerda do que eu”
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
SCALA RADIO
Rádios da internet.
A minha preferida tem o slogan :
"Scala radio: Because you're more classic than you know"
A minha preferida tem o slogan :
"Scala radio: Because you're more classic than you know"
Resiliência da economia portuguesa
Título da primeira página do Público:
"Agrava-se o alerta global de recessão. Portugal, para já, resiste"
E lembro-me de Ernâni Lopes e da falta que homens conhecedores e honestos como ele nos fazem.
Várias vezes lhe ouvi dizer que, dos engenheiros, tinha aprendido um conceito: resiliência.
Que relativamente à economia portuguesa consiste no facto de entrar em crise mais tarde do que as outras economias, ser depois mais profunda e ainda por recuperar mais tarde e menos do que as outras.
Tal dever-se-à ao grande peso do Estado na economia, à legislação laboral e à sua dificuldade em responder aos novos desafios e dificuldades.
"Agrava-se o alerta global de recessão. Portugal, para já, resiste"
E lembro-me de Ernâni Lopes e da falta que homens conhecedores e honestos como ele nos fazem.
Várias vezes lhe ouvi dizer que, dos engenheiros, tinha aprendido um conceito: resiliência.
Que relativamente à economia portuguesa consiste no facto de entrar em crise mais tarde do que as outras economias, ser depois mais profunda e ainda por recuperar mais tarde e menos do que as outras.
Tal dever-se-à ao grande peso do Estado na economia, à legislação laboral e à sua dificuldade em responder aos novos desafios e dificuldades.
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
A ideologia de um genocídio
Entre 1975 e 1979
o Camboja foi palco da sua própria experiência socialista extrema, visando
construir uma sociedade comunista perfeita. Inspirado na “Revolução Cultural”
levada a cabo alguns anos antes pelos comunistas chineses, que por sua vez
tinha provocado dezenas de milhões de mortos, o partido Comunista do Camboja
dirigido por Pol Pot levou a cabo uma desconstrução social total, erigindo o
trabalhador rural em peça central da Revolução e tudo submetendo a esse
princípio.
Foi assim que
milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as cidades e irem para o campo
trabalhar em unidades agrícolas colectivas transformadas em campos de trabalhos
forçados, os famosos campos da morte ou “killing fields”. Toda e qualquer
manifestação religiosa foi, além de proibida, perseguida até à morte. A
actividade comercial foi declarada criminosa e quem tentasse vender fosse o que
fosse era preso, imediatamente julgado e sumariamente executado. Aqueles que
eram considerados intelectuais (e para isso bastava por vezes usar óculos) eram
perseguidos como inimigos do povo. Milhares de crianças foram usadas pelos
revolucionários, quer contra os seus próprios pais e irmãos, quer contra os
“reaccionários” e inimigos do povo, sendo-lhes dadas metralhadoras para as mãos
para os liquidarem.
As cidades ficaram
desertas e os campos e florestas foram ocupados por multidões famintas, doentes
e desesperadas pelas condições desumanas por um lado, e pela violência dos
guardas do Khmer Vermelho, pelo outro. Milhares de pessoas tentavam fugir pelo
mato para os países vizinhos como o Vietnam ou a Tailândia.
Esta ditadura
comunista, que foi uma autêntica loucura colectiva, traduziu-se num número
estimado em mais de 2,5 milhões de mortos, num país que teria uns 8 milhões de
habitantes. Isto é, Pol Pot e os seus apaniguados do partido Comunista do Kampuchea
liquidaram, para atingir os objectivos da sua utopia revolucionária, mais de
25% da população do país, num curto período de quatro anos.
Tudo acabou com
uma invasão do Camboja pelo Vietnam em 1979 a que se seguiram mais dez anos de
caos e guerras civis e contra os invasores. O Vietnam iniciou a sua retirada do
Camboja em 1989, tendo as Nações Unidas avançado com um plano de paz em 1990,
com vista ao estabelecimento de um regime democrático no país.
Só a partir de 1997 se iniciaram os
julgamentos dos responsáveis do regime do Khmer Vermelho. Pol Pot acabou
condenado a prisão perpétua por crimes contra a humanidade e genocídio, tendo
sido encontrado morto em 1998, antes de poder ser presencialmente presente ao
tribunal.Poder-se-ia imaginar que Pol Pot e os seus camaradas do Khmer Vermelho fossem uns pobres ignorantes levados ao extremismo por duras condições de vida. Nada de mais errado. Quase todos tiveram formação em Paris, onde estiveram em contacto com intelectuais e foram apresentados às ideologias esquerdistas da época, designadamente o maoismo. O próprio Pol Pot aí foi aluno de electrónica numa universidade, através de um bolsa de estudo, tendo sido obrigado a regressar ao seu país por não ter realizado os necessários exames, vindo a ingressar na guerrilha que o haveria de levar ao seu trágico destino.
Mas a tragédia do Camboja teve os seus ideólogos, dos quais o que mais distinguiu foi Nuon Chea que, curiosamente, foi um dos poucos da clique do Khmer Vermelho que nunca esteve na Europa. Era conhecido como o “irmão número dois” do regime, tendo mesmo sido durante algum tempo primeiro-ministro do “Kampuhea Democrático” em substituição de Pol Pot. Com 81 anos, foi preso em 2007 e condenado em 2014 a prisão perpétua por crimes contra a humanidade.
Nuon Chea faleceu agora, no passado dia 4 de Agosto, desaparecendo assim o último grande responsável por uma das grandes tragédias do século XX que mostrou como uma ideologia levada ao extremo pode levar dirigentes políticos a chacinar o seu próprio povo, com plena consciência do facto e em nome dessa mesma ideologia. E assim se provou, mais uma vez, que pessoas anteriormente normais, mesmo educadas e sensíveis, se podem transformar em monstros fanáticos sem contemplações para com ninguém, ao deixarem enquadrar as mentes em ideologias extremistas que passam a sustentar e justificar todas as suas acções.
Texto publicado originalmente no Diário de Coimbra de 12 de Agosto de 2019
domingo, 11 de agosto de 2019
Recibo dos motoristas
Como diria o Salgueiro Maia: o estado a que isto chegou. Não tem ponta por onde se lhe pegue. Talvez só dizer que é uma vergonha que o Estado entregue ao bolso da empresas de camionagem o que devia ir para a Segurança Social destes e dos outros trabalhadores. E isso tem um nome.
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