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jpaulocraveiro@ gmail.com "Por decisão do autor, o presente blogue não segue o novo Acordo Ortográfico"
Este é o Editorial do jornal Público de hoje, que reflecte a posição do jornal. Não é um artigo de opinião da jornalista. Veja-se a "independência" do jornal em todo o texto e com a utilização do termo «infelizmente» relativamente à não subida eleitoral do PCP. E a "Modelo Continente" a pagar isto. Ainda um dia hei-de perceber porquê, embora a quase não existência de problemas laborais na SONAE possa dar uma ideia. Sobre a hipocrisia e funcionamento do PCP e da Intersindical.
Desde a Escola Primária que ouço falar na Idade Média como uma «idade das trevas» que se seguiu ao desaparecimento do antigo Império Romano às mãos dos invasores denominados Bárbaros. Esta designação, só por si, leva-nos ao engano, porque era assim que os Romanos designavam todos os povos exteriores ao seu Império, quando entre nós, hoje em dia é um adjectivo que qualifica quem pratica crueldades ou manifesta falta de civilização. Contudo, como Umberto Eco nos mostra na obra «Idade Média – Bárbaros, Cristãos e Muçulmanos» por si organizada, essa designação está longe de corresponder ao que historicamente se passou na Europa, e não só.
Um dos aspectos mais vincados da Idade Média como idade das trevas é certamente o papel supostamente subalterno das mulheres nas sociedades desses tempos. É por isso, pelo menos surpreendente, descobrir como há muitos exemplos em que esse papel não corresponde minimamente à realidade.
Em 1122 nasceu em Poitiers Leonor filha do duque Guilherme X da Aquitânia e de Leonor de Châtellerault. Sendo nesse tempo Poitiers um centro cultural importante, a jovem Leonor aprendeu a andar a cavalo e a jogar xadrez, mas também estudou latim, aritmética e música. Aos 15 anos, já duquesa da Aquitânia, casou com o filho do rei de França que, pouco depois se tornaria Luís VII pela
Não pode ser mera coincidência o facto de duas mulheres do mesmo período histórico há quase mil anos, em locais europeus tão distantes, se terem afirmado com tal força, capacidade pessoal e determinação. Prova de que a Idade Média bem merece ser estudada com um olhar bem diferente daquele que a apelida de «idade das trevas».
Publicado originalmente no Diário de Coimbra em 26 de Outubro de 2020
Em Portugal, desde Março até hoje terão morrido 2.018 pessoas por ou com COVID. Contudo, o excesso de óbitos no país relativamente aos anos anteriores é de 7.477. A diferença entre estes dois números é impossível de esconder, por mais especialista em manipulação de números que a ministra da Saúde seja. Se não significa um colapso do SNS, não andará lá longe.
Para melhor compreensão do fenómenos, aqui fica um gráfico elucidativo.