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sexta-feira, 28 de agosto de 2009
PROVÉRBIO TIBETANO
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
EDUCAÇÃO PARA TODOS?
"...a inclusividade da escola levou as classes altas e médias a trocar o sistema público pelo privado ao nível da educação pré-universitária. O resultado final deste processo é um típico efeito perverso: a transformação da escola pública, que pretendia promover a inclusão, num factor de exclusão social".
Estou farto de dizer e escrever isto mesmo. A facilitação das passagens não democratiza nada. Antes pelo contrário. Puxa para baixo os alunos das classes mais desfavorecidas economicamente. Quem tem algum dinheiro esforça-se por tirar os filhos desta armadilha. Só rigor e exigência extremos, associados a uma formação cultural elevada servem de base para carreiras de sucesso, embora não as garantam, que hoje não há nada garantido. Desde Roberto Carneiro que as "políticas educativas" andam a destruir o futuro do país, porque trabalham para as estatísticas erradas. Enquanto sobem os índices de escolaridade, de percentagem de passagens, de descida de exclusão, etc. afastamo-nos cada vez mais dos rankings internacionais de qualidade na formação em matemática, física, química, etc. E esses é que verdadeiramente interessam.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
KENNEDYS
terça-feira, 25 de agosto de 2009
O FUNDO DA CRISE
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O PODER COMO AFRODISÍACO
Uma senhora que foi amante de Bernard Madoff durante mais de vinte anos resolveu agora anunciar ao mundo que o senhor é pouco dotado (isto é, tem um órgão sexual diminuto, coitado).
Enquanto o senhor era um todo-poderoso de Wall Street, serviu para encontros nos melhores hoteis, etc. etc.durante duas décadas.
Na precisa altura em que é condenado a 150 anos de prisão, passa a ter pénis pequeno.
Vida dura e grande lição de onde menos se esperava.
OBAMACARE, POR EXEMPLO
Nas últimas semanas tem-se assistido a um intenso debate nos EUA, enquanto o Presidente Obama tenta levar a cabo a sua reforma do sistema nacional de saúde americano, uma das bandeiras da sua campanha presidencial.
No entanto, à medida que vai tentando explicar as linhas da reforma, vai encontrando resistências cada vez maiores da parte de sectores da sociedade que à partida consideraria como seus apoiantes. A situação chegou mesmo ao ponto de os congressistas e senadores democratas terem utilizado as férias oficiais para promoverem encontros directos de divulgação com a população em inúmeros locais como câmaras municipais, escolas, etc. O problema é que quanto mais explicações dão, mais questões e dúvidas se levantam entre os cidadãos. Assinale-se no entanto, que mesmo depois da sua eleição em que propunha a reforma em causa, Obama sentiu necessidade de a explicar exaustivamente, ouvindo as pessoas e introduzindo as alterações sentidas como mais consistentes, não a impondo a qualquer custo.
O que está em causa?
Os países desenvolvidos que possuem sistemas de apoio de saúde generalizado aos seus cidadãos adoptaram, em geral, um de três tipos essenciais de organização. O economista Paul Krugman, prémio Nobel de economia do ano passado, explicou em artigo recente publicado no Herald Tribune as diferenças essenciais entre eles. Existem países, como a Inglaterra, em que o Estado possui e gere ele mesmo os estabelecimentos de saúde e emprega os médicos. Há outros, como o Canadá ou a França, em que os cuidados de saúde são dispensados por entidades privadas que apresentam depois a conta ao Estado. Ainda em outros países como os EUA, o sistema baseia-se em seguros de saúde privados pagos pelas entidades empregadoras. Há outros países, como a Suíça, que adoptaram os seguros de saúde, usando no entanto uma mistura de regulação e subsídio que garante que ninguém fica desprotegido, ao contrário do que acontece no sistema americano em que os desempregados não podem ficar doentes.
Básicamente, o que Obama tenta fazer é misturar o actual sistema americano com o suíço, obrigando as seguradoras a determinadas regras e pagando os excedentes. Há que reconhecer que não é tarefa fácil para um país com a dimensão dos EUA, mantendo a prestação de serviços na esfera privada, como pretende Obama, contrariando os gostos da nossa Esquerda.
Outro dado curioso, é a comparação das despesas de saúde de vários países, em função do rendimento (PIB):
Reino Unido: 8,2%
Canadá: 9,7%
França: 11,1%
Suíça: 11,4%
EUA: 15,9%
Isto é, apesar de todos os seus problemas, os EUA gastam muito mais com a saúde dos seus cidadãos do que qualquer outro país desenvolvido.
Curiosamente, Portugal gasta um pouco mais de 10%, sendo que há a consciência, como o Prof. Manuel Antunes tem explicado, que 25% daquela verba corresponde a desperdícios que poderiam ser aplicados noutros sectores ou em benefício da qualidade e eficácia do próprio SNS.
Em época pré-eleitoral, esperemos que os próximos debates políticos possam esclarecer os portugueses sobre o futuro do SNS, em função dos interesses dos utentes e dos cidadãos que o pagam com os seus impostos.
Publicado no Diário de Coimbra em 24 de Agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
A PERGUNTA DE UM MILHÃO DE DÓLARES
Nesta altura da pré-campanha em que se assiste a variadas manobras de contra-informação, perante as candidaturas ao lugar de primeiro-ministro que estão no terreno, chegou a altura de fazer a TAL pergunta:
A qual dos candidatos a primeiro-ministro compraria um carro usado?
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
O LEOPARDO
Nestas ferias aproveitei para reler algumas coisas antigas. Entre elas, "O Leopardo" de Giuseppe Tomasi de Lampedusa. Fabuloso reencontrar o Príncipe de Salina Dom Fabrisio Corbera e o seu sobrinho Tancredi que faz a transição para a nova ordem saída da reunificação italiana com o seu princípio de que "é preciso mudar alguma coisa para que tudo continue na mesma". Em certas passagens parecia que estava a ler sobre Portugal nos anos pós 25 de Abril mas, na realidade, são situações de sempre.
Agora toca a rever o filme de Visconti com o mesmo título, com Burt Lancaster, Alain Delon e Cláudia Cardinale