quinta-feira, 27 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO PARA TODOS?

De um artigo de João Cardoso Rosas, hoje no "i":
"...a inclusividade da escola levou as classes altas e médias a trocar o sistema público pelo privado ao nível da educação pré-universitária. O resultado final deste processo é um típico efeito perverso: a transformação da escola pública, que pretendia promover a inclusão, num factor de exclusão social".
Estou farto de dizer e escrever isto mesmo. A facilitação das passagens não democratiza nada. Antes pelo contrário. Puxa para baixo os alunos das classes mais desfavorecidas economicamente. Quem tem algum dinheiro esforça-se por tirar os filhos desta armadilha. Só rigor e exigência extremos, associados a uma formação cultural elevada servem de base para carreiras de sucesso, embora não as garantam, que hoje não há nada garantido. Desde Roberto Carneiro que as "políticas educativas" andam a destruir o futuro do país, porque trabalham para as estatísticas erradas. Enquanto sobem os índices de escolaridade, de percentagem de passagens, de descida de exclusão, etc. afastamo-nos cada vez mais dos rankings internacionais de qualidade na formação em matemática, física, química, etc. E esses é que verdadeiramente interessam.


Sem comentários: