Passam este ano 35 anos sobre a morte de três dos maiores artistas do século XX, todos de língua espanhola, chamados Pablo e desaparecidos em 1973: o pintor espanhol Pablo Picasso, o escritor chileno Pablo Neruda e o músico espanhol catalão Pablo Casals.
Apenas desaparecidos fisicamente, porque os artistas não morrem, ficando como faróis da história da Humanidade.
De Picasso, aqui recordo as “Demoiselles d’Avignon”.
De Neruda um pequeno poema de amor:
Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
De Casals, a suite nº 1 para violoncelo de Bach
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