Do DN de hoje:
"O BPI anunciou ontem um acordo para a venda de 49,9% do capital do Banco do Fomento Angola (BFA) à Unitel, maior operadora de telecomunicações angolana. O negócio de 475 milhões de dólares (338 milhões de euros) com a principal empresa privada angolana foi fechado em pouco mais de três meses, depois de anos de conversas e vários meses de negociações formais com a Sonangol, a petrolífera estatal angolana, "não terem progredido ao mesmo ritmo", reconheceu o presidente executivo do banco português.
Fernando Ulrich admitiu ontem, em conferência de imprensa, que o facto da Sonangol ter feito, entretanto, uma parceria para o mercado angolano com o maior rival do BPI, para além de ser ter tornado no maior accionista do Millennium bcp, foi um obstáculo, embora não impeditivo, ao progresso das negociações. O banqueiro não confirmou a existência de um diferendo a propósito do preço.
A Sonangol acaba também por participar no negócio ontem anunciado já que, através da Mercury, é accionista da Unitel, detendo 25%. As duas entidades partilham ainda o presidente não executivo. Da estrutura accionista da Unitel faz ainda parte a Portugal Telecom, também com 25%, a Vidatel, ligada a Isabel dos Santos, e a GENI, sociedade de investidores privados angolanos com peso social e político, ambas com 25% cada. O BPI continuará a indicar o presidente executivo do BFA."
Não deixa de ser mais uma notícia interessante para se perceber o relacionamento entre Angola e Portugal. É só ver a estrutura accionista da Unitel que, vinque-se, tem uma gestão inteiramente "privada".
Depois não digam que ninguém avisou.
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