Eis-nos, enfim, chegados à última semana da campanha eleitoral.
Ao Programa Eleitoral do PSD foi dado simbolicamente o nome de Compromisso de Verdade. Ao contrário do que muitos tentaram dizer, aquela designação não quer dizer que o PSD se pretende detentor da verdade, longe disso. A palavra-chave para se perceber o que significa é COMPROMISSO, a garantia aos portugueses pelo PSD de que não os enganará. Trata-se mesmo de uma posição de humildade perante a difícil realidade com que o país se confronta, o oposto de quem julga ter soluções para todos os problemas.
O Programa Eleitoral do PSD elege cinco áreas cruciais para a recuperação do país e a sua recolocação no caminho da convergência com os índices europeus de desenvolvimento.
Essas áreas, para as quais se definem objectivos centrais, são: Economia, Solidariedade, Justiça, Educação e Segurança.
No que respeita à Economia, “os objectivos centrais são criar condições para aumentar o emprego e para retomar o crescimento e a convergência com a União Europeia”.
Quanto à Solidariedade, o PSD entende que “é fundamental aumentar a coesão social, a par da necessidade imperiosa de se acudir aos problemas mais prementes da pobreza e das desigualdades. Prioritárias são as pessoas e as famílias”.
Sobre a Justiça que é considerada “o primeiro pilar da garantia e defesa das liberdades”, afirma-se que “recuperar a confiança no sistema judicial e garantir a sua eficácia é uma das metas do PSD para esta legislatura”.
Quanto à Educação, o Programa lembra que “é a base do livre desenvolvimento das pessoas, o alicerce de todo o nosso desenvolvimento económico, social e cultural, pelo que o combate ao facilitismo e a recuperação dos professores são linhas mestres do programa de acção”.
Já sobre a Segurança, afirma-se que “é fundamental o reforço da autoridade do Estado, uma efectiva política de prevenção e a melhoria da coordenação dos meios de combate à criminalidade, já que sem segurança não há liberdade”.
Como se vê, este conjunto de cinco áreas a reformar profundamente, de imediato e de acordo com os princípios indicados, é mais do que suficiente para decidir um voto.
Mas, a meu ver, há uma questão que enforma uma Sexta Razão de voto no PSD como da mais vital importância nestas eleições. Trata-se da ligação do passado ao futuro. O passado destes quatro anos, todos nós o conhecemos. Por outro lado, segundo todas as previsões eleitorais conhecidas, não haverá nestas eleições maioria absoluta de qualquer partido. Assim sendo, o realismo dita que a formação de maiorias que garantam a estabilidade do governo a sair das eleições do próximo domingo passam por uma maioria PSD+CDS ou por uma maioria PS+BE.
Neste quadro, desafio o leitor a meditar sobre o que se passou nestes últimos quatro anos e a escolher pragmaticamente o futuro que quer para o país em função das hipóteses realistas de formação de Governo que se colocam.
Pelas primeiras cinco razões, vou votar no PSD pela positiva. Pela sexta razão, contribuo para evitar que em 2010 Portugal seja o único país europeu com um governo dependente de um partido de esquerda radical, que ainda entende as nacionalizações como política necessária.Publicado no Diário de Coimbra em 21 de Setembro de 2009
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