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sábado, 19 de janeiro de 2008
CAVACO TINHA RAZÃO
O jornal Público informou ontem que Paulo Teixeira Pinto recebeu 10 milhões de euros à cabeça e mais 35 mil euros por mês até ao fim da vida, pela sua saída do BCP.
Se isto não é uma imoralidade, não sei o que o seja e mostra que Cavaco sabia exactamente o que dizia.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Sinfonia dos mil
Da "sinfonia dos mil" fica aqui um cheirinho (Veni creator -1º andamento, parte 1):
Adagietto
É o quarto andamento da quinta sinfonia.
Bom fim de semana
Gustav Mahler é, há muito, um dos meus compositores preferidos. Provavelmente, sem o saber, atraiu-me aquele ritmo em que alterna momentos de grandiosidade com súbitos momentos de uma intimidade desarmante.
Para começar, nada como um trecho da 1ª Sinfonia, conhecida por "Der Titan", no caso o 3º andamento onde aparece o delicioso"frère Jacques".
NO NEWS, GOOD NEWS
Falta de más notícias ou cortina de fumo para as esconder.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
COMO ESCOLHER UM NOVO AEROPORTO
A recente decisão governamental de abandonar a localização da OTA escolhida há dez anos para o novo aeroporto internacional de Lisboa, optando pela escolha preliminar de Alcochete foi tomada com base num estudo do LNEC, sendo portanto uma decisão política sustentada tecnicamente.
Curiosamente, o primeiro estudo desenvolvido para a localização do novo aeroporto de Lisboa datado de 1972, já propunha um local próximo da zona agora escolhida, prevendo-se até mesmo nessa altura a transferência do campo de tiro de Alcochete.
Dá a impressão que se andou a tergiversar durante 35 anos, o que transmite muito má imagem da capacidade de planeamento do país.
No entanto, a decisão agora tomada tem alguns aspectos que necessitam de melhor explicação para ser bem compreendida e aceite pela generalidade dos portugueses.
Claro que o trabalho do LNEC está bem feito e é inteiramente credível.
Claro que constitui uma importantíssima ferramenta para suporte de decisão política.
Mas a leitura do estudo do LNEC, permite verificar que o referido estudo concluiu que Alcochete é melhor que a Ota em quatro dos sete factores críticos de decisão:
1.-Segurança; 2.-Eficiência e capacidade das operações de tráfego aéreo; 3.-Sustentabilidade dos recursos naturais e riscos; 4.-Compatibilidade e desenvolvimento económico e social e avaliação financeira.
A OTA é melhor nos outros três critérios: 1.-conservação da natureza e biodiversidade; 2.-Sistemas de transportes terrestres e acessibilidades; 3.-Ordenamento do território.
Aquando da apresentação da decisão governamental, a justificação apresentada foi genérica, sendo apenas apresentada como a melhor técnica e economicamente. Não foram explicitados os pesos relativos dos critérios, isto é, por exemplo, o ordenamento do território é menos ou mais importante em termos estratégicos nacionais do que o desenvolvimento económico? Os critérios mais vantajosos para Alcochete estão genericamente relacionados com a vertente aeronáutica, enquanto as vantagens da OTA têm mais a ver com a organização e estrutura do país. O que é mais importante em termos estratégicos?
Tudo isto deveria ser devidamente justificado e explicado, atendendo a que se trata de um investimento gigantesco com grandes implicações no funcionamento, capacidade e competitividade do país.
Parece-me muito mais importante analisar estes aspectos do que discutir a localização do novo aeroporto em termos puramente regionais ou partidários.
Se é evidente que a OTA seria muito mais vantajosa para os habitantes da região Centro que vão apanhar avião a Lisboa do que Alcochete, o essencial é que o novo aeroporto internacional de Lisboa seja o que melhor serve o país em termos estratégicos nacionais. Por outro lado, devemos ter consciência de que a localização na Ota traria muito maior pressão da região metropolitana de Lisboa sobre a região Centro, o que talvez nos traga algumas vantagens.
Publicado no DC em 14 Janeiro 2008quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
EM POLITICA O QUE PARECE, É
O que parece é que os compromissos eleitorais não são para cumprir. As consequências virão depois.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
A ESLOVENIA ACONSELHA PORTUGAL
O primeiro-ministro da Eslovénia e presidente em exercício da União Europeia, Janez Jansa, aconselhou hoje Portugal a ratificar o Tratado de Lisboa por via parlamentar e não por referendo.
"Penso que não seria sensato realizar um referendo" em Portugal, disse Janez Jansa, em declarações à Agência Lusa, na capital da Eslovénia, cujo Governo sucedeu ao português, há uma semana, na presidência rotativa semestral do bloco europeu dos 27.
Ao ler esta pérola, não pude deixar de me interrogar: será que os outros europeus sentiram o mesmo que eu ao ler isto, na altura em que ouviam as declarações do anterior "presidente em exerccício da União Europeia" até há sete dias atrás?ACEGE EM COIMBRA
O próximo encontro da ACEGE em Coimbra terá lugar na Sé Velha no próximo dia 15 de Janeiro, à hora do almoço.
O palestrante será o Dr. Nuno Fernandes Thomaz que se debruçará sobre as seguintes questões:
- conceito de responsabilidade social das empresas (RSE) (a ética, os comportamentos, a hipocrisia)
- responsabilidade social dos empresários e gestores numa época de globalização (teoria dos 3 p’s)
- dimensão específica dos empresários e gestores cristãos (como de todos os empresários e gestores independentemente da sua orientação confessional)
- imperativos da competitividade
- a sustentabilidade das empresas (os “stakeholders”, a criação de valor, o lucro, a coesão social, o desenvolvimento, o ambiente)
- os dilemas de consciência do gestor de hoje (a segurança do emprego, as reestruturações, as deslocalizações)
Quem estiver interessado em participar (com direito a debater) poderá enviar mensagem para este blogue.