segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Bons exemplos


Procuradora-geral, muito próxima do presidente Hugo Chávez, anuncia que as manifestações de rua contra o Executivo passarão a ser equiparadas a "delitos de rebelião civil", com penas entre os 12 e os 24...

O PIOR DA HUMANIDADE



Passam nesta terça-feira setenta anos sobre o início da maior tragédia da História da Humanidade. No dia 1 de Setembro de 1939 os exércitos de Hitler invadiram a Polónia provocando a declaração de guerra por parte da França e da Inglaterra. Assim começou a guerra que ficou conhecida como a Segunda Guerra Mundial, que só viria a terminar em 2 de Setembro de 1945 no outro lado do mundo, com a assinatura da capitulação do Japão.

Pelo caminho ficaram uns 72 milhões de mortos, dos quais 46 eram civis.

Há quem diga que a “guerra fria” que sucedeu à 2ª Guerra Mundial até 1989 não foi mais do que uma continuação daquela. É uma tese defensável, embora não me pareça que faça muito sentido. A História da Humanidade é um fluir contínuo, embora tenha momentos-chave que marcam claramente determinadas épocas. O fim da barbárie nazi-fascista é claramente uma dessas datas, pelo que a 2ª Guerra Mundial teve realmente um início e um fim relacionados com a derrota das potências do Eixo.

O conhecimento do que se passou durante a 2ª Grande Guerra é importante porque mostra aquilo que a humanidade tem de pior, mas também do que tem de melhor.

Particularmente as perseguições sistemáticas levadas a cabo contra os judeus são significativas nesse aspecto. A história de Ann Frank é o melhor exemplo disso mesmo: perseguição, amor, traição, heroísmo pessoal. De tal forma que um juiz americano perante um caso particularmente horrível, quando perguntado sobre se a humanidade ainda lhe merecia respeito, respondeu que sim, porque tinha lido o “Diário de Ann Frank”.

Mas saber o que levou à 2ª Grande Guerra é talvez tão ou mais importante do que saber o que foi. Porque é conhecendo as causas das desgraças que se pode evitar a sua repetição.

A soberba e arrogância dos vencedores da 1ª Grande Guerra que se traduziram nas humilhações desnecessárias impostas à Alemanha no Tratado de Versalhes criaram um ressentimento no povo alemão que foi o fermento do exacerbado nacionalismo.

As filosofias iluministas e racionalistas do fim do século XIX e início do século XX estabeleceram as bases para o surgimento de ideologias desumanizadas, que ignoravam a tradicional caridade cristã e propalavam sistematicamente a construção de um “homem novo”.

Foi a própria tolerância das democracias que permitiu o rebentar dos “ovos de serpente” que rapidamente cresceram e proporcionaram os espectáculos degradantes das grandes manifestações nazis a vermelho e negro.

Não devemos esquecer que foram resultados de eleições que colocaram no poder dirigentes que logo trataram de usar esse poder para construir regimes autocráticos.

Nada que hoje em dia não se veja um pouco por todo o mundo embora, felizmente para todos nós, sem o peso e a capacidade de organização da Alemanha dos anos 30 do século passado.

O horror da 2ª Grande Guerra foi de tal ordem, que assistimos desde o seu fim ao maior período de paz na Europa de que há memória. Para isso muito contribuiu a formação da antiga CEE, hoje União Europeia, que só por isso nos deve merecer o maior respeito e carinho por esse papel que também tem tido.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PROVÉRBIO TIBETANO

Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida.


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO PARA TODOS?

De um artigo de João Cardoso Rosas, hoje no "i":
"...a inclusividade da escola levou as classes altas e médias a trocar o sistema público pelo privado ao nível da educação pré-universitária. O resultado final deste processo é um típico efeito perverso: a transformação da escola pública, que pretendia promover a inclusão, num factor de exclusão social".
Estou farto de dizer e escrever isto mesmo. A facilitação das passagens não democratiza nada. Antes pelo contrário. Puxa para baixo os alunos das classes mais desfavorecidas economicamente. Quem tem algum dinheiro esforça-se por tirar os filhos desta armadilha. Só rigor e exigência extremos, associados a uma formação cultural elevada servem de base para carreiras de sucesso, embora não as garantam, que hoje não há nada garantido. Desde Roberto Carneiro que as "políticas educativas" andam a destruir o futuro do país, porque trabalham para as estatísticas erradas. Enquanto sobem os índices de escolaridade, de percentagem de passagens, de descida de exclusão, etc. afastamo-nos cada vez mais dos rankings internacionais de qualidade na formação em matemática, física, química, etc. E esses é que verdadeiramente interessam.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TOMATINA

Hoje em Bunöl, Espanha, foi assim a guerra de tomates.

KENNEDYS

A morte do último Kennedy da geração do antigo Presidente corresponde ao fechar de uma era. A família Kennedy é riquíssima, mas nunca deixou de apoiar causas humanitárias. Poucos saberão que em Boston há um excelente hospital Pediátrico que no fim do ano entrega as contas aos Kennedys e estes pagam o prejuízo. Há décadas. Tomara nós termos famílias ricas com este espírito de serviço à comunidade.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

O FUNDO DA CRISE


O "KAL'S CARTOON" da Economist desta semana é uma resposta desapiedada aos políticos e comentadores que vêem saídas da crise por todo o lado.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O PODER COMO AFRODISÍACO

História antiga esta, claro está.
Uma senhora que foi amante de Bernard Madoff durante mais de vinte anos resolveu agora anunciar ao mundo que o senhor é pouco dotado (isto é, tem um órgão sexual diminuto, coitado).
Enquanto o senhor era um todo-poderoso de Wall Street, serviu para encontros nos melhores hoteis, etc. etc.durante duas décadas.
Na precisa altura em que é condenado a 150 anos de prisão, passa a ter pénis pequeno.
Vida dura e grande lição de onde menos se esperava.

OBAMACARE, POR EXEMPLO


Nas últimas semanas tem-se assistido a um intenso debate nos EUA, enquanto o Presidente Obama tenta levar a cabo a sua reforma do sistema nacional de saúde americano, uma das bandeiras da sua campanha presidencial.

No entanto, à medida que vai tentando explicar as linhas da reforma, vai encontrando resistências cada vez maiores da parte de sectores da sociedade que à partida consideraria como seus apoiantes. A situação chegou mesmo ao ponto de os congressistas e senadores democratas terem utilizado as férias oficiais para promoverem encontros directos de divulgação com a população em inúmeros locais como câmaras municipais, escolas, etc. O problema é que quanto mais explicações dão, mais questões e dúvidas se levantam entre os cidadãos. Assinale-se no entanto, que mesmo depois da sua eleição em que propunha a reforma em causa, Obama sentiu necessidade de a explicar exaustivamente, ouvindo as pessoas e introduzindo as alterações sentidas como mais consistentes, não a impondo a qualquer custo.

O que está em causa?

Os países desenvolvidos que possuem sistemas de apoio de saúde generalizado aos seus cidadãos adoptaram, em geral, um de três tipos essenciais de organização. O economista Paul Krugman, prémio Nobel de economia do ano passado, explicou em artigo recente publicado no Herald Tribune as diferenças essenciais entre eles. Existem países, como a Inglaterra, em que o Estado possui e gere ele mesmo os estabelecimentos de saúde e emprega os médicos. Há outros, como o Canadá ou a França, em que os cuidados de saúde são dispensados por entidades privadas que apresentam depois a conta ao Estado. Ainda em outros países como os EUA, o sistema baseia-se em seguros de saúde privados pagos pelas entidades empregadoras. Há outros países, como a Suíça, que adoptaram os seguros de saúde, usando no entanto uma mistura de regulação e subsídio que garante que ninguém fica desprotegido, ao contrário do que acontece no sistema americano em que os desempregados não podem ficar doentes.

Básicamente, o que Obama tenta fazer é misturar o actual sistema americano com o suíço, obrigando as seguradoras a determinadas regras e pagando os excedentes. Há que reconhecer que não é tarefa fácil para um país com a dimensão dos EUA, mantendo a prestação de serviços na esfera privada, como pretende Obama, contrariando os gostos da nossa Esquerda.

Outro dado curioso, é a comparação das despesas de saúde de vários países, em função do rendimento (PIB):

Reino Unido: 8,2%

Canadá: 9,7%

França: 11,1%

Suíça: 11,4%

EUA: 15,9%

Isto é, apesar de todos os seus problemas, os EUA gastam muito mais com a saúde dos seus cidadãos do que qualquer outro país desenvolvido.

Curiosamente, Portugal gasta um pouco mais de 10%, sendo que há a consciência, como o Prof. Manuel Antunes tem explicado, que 25% daquela verba corresponde a desperdícios que poderiam ser aplicados noutros sectores ou em benefício da qualidade e eficácia do próprio SNS.

Em época pré-eleitoral, esperemos que os próximos debates políticos possam esclarecer os portugueses sobre o futuro do SNS, em função dos interesses dos utentes e dos cidadãos que o pagam com os seus impostos.


Publicado no Diário de Coimbra em 24 de Agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

A PERGUNTA DE UM MILHÃO DE DÓLARES

Portugal é um país velho e cansado a necessitar de reforma profunda.
Nesta altura da pré-campanha em que se assiste a variadas manobras de contra-informação, perante as candidaturas ao lugar de primeiro-ministro que estão no terreno, chegou a altura de fazer a TAL pergunta:
A qual dos candidatos a primeiro-ministro compraria um carro usado?