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quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Acorda, Europa!
"Oito anos perdidos. Dois tratados que não servem para nada. Três votos Não. Ignorada pela China e pela América. Ainda assim a maior economia do mundo. Por favor, alguém que acorde a Europa!"
Nem mais
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
LEGISLATIVAS EM BALANÇO
Nas eleições legislativas, que verdadeiramente estabelecem o sucesso ou insucesso das lideranças partidárias, houve claros vencedores e perdedores.
Os vencedores são o PS e o CDS.
O CDS ganhou, porque subiu a sua votação e foi a terceira força política. Ocupa um lugar crucial, por servir de charneira e dispor da possibilidade de influenciar a evolução política do país.
O maior vencedor é, evidentemente, o Partido Socialista, porque ganhou as eleições. Objectivamente, a campanha que levou a cabo, goste-se ou não, foi de uma eficácia surpreendente. De uma posição algo frágil após as europeias, evoluiu para um resultado quase oito pontos acima do PSD. Claro que o resultado alcançado ficou longe da maioria absoluta; mas desenganem-se aqueles que pensam que, por essa razão, haverá novas eleições dentro de dois anos. No actual contexto, não deverá ser difícil ao Governo do PS obter apoios pontuais na Assembleia para as votações cruciais à sua sobrevivência.
Já o PSD perdeu as eleições, qualquer que seja a perspectiva por que se observem os seus resultados. Em primeiro lugar, apesar de ter conhecido quatro lideranças desde essa altura, o número de votos recolhidos pelo PSD não variou desde as eleições de 2005, o que diz muito da receptividade das suas mensagens.
Sabe-se que as campanhas eleitorais encerram em si vários aspectos que se devem conciliar da melhor maneira, para se obterem bons resultados. Em primeiro lugar, temos a mensagem. Depois, temos a transmissão da mensagem, isto é, os meios utilizados para a fazer chegar aos seus destinatários que são os eleitores. Por fim, temos a percepção da mensagem por parte desses mesmos eleitores, que os leva a definir o seu sentido de voto.
Se olharmos para a campanha do PSD, só podemos concluir que ela falhou em todos os aspectos.
A mensagem não demonstrou qualquer ousadia ambiciosa, propondo algumas mudanças na situação existente, mas sem o espírito reformista claro que muitos portugueses exigiam. Foi mesmo perceptível um receio de fugir à agenda política estabelecida pela esquerda.
Os meios utilizados foram de tal forma escassos e inconsequentes, que a certa altura muitas pessoas se interrogavam da vontade real do PSD em vencer as eleições. Pelo contrário, a campanha profissional do Partido Socialista parecia a certa altura uma orquestra em que os diversos intérpretes colocados em diversos palcos tocavam as pautas que lhes haviam sido distribuídas de forma aparentemente dissonante, mas que ao ouvinte distraído soava completamente afinada no seu conjunto.
E aqui chegamos ao ponto crucial, que é a percepção dos eleitores. Eu não sei se o eleitorado português decide sempre de forma inteligente, como afirmou a líder do PSD poucos dias antes das eleições. O que eu sei é que, em resultado das mensagens dos partidos, os eleitores deram a vitória ao PS, deixaram o PSD no mesmo nível de há cinco anos, colocaram o CDS em terceiro lugar e o PCP em último, depois do BE.
Observando com objectividade, verifica-se que a percepção que os portugueses tiveram das propostas do PSD foi muito negativa, o que se reflectiu no mau resultado alcançado. Que os dirigentes e demais militantes do PSD meditem bem sobre tudo isto, porque os portugueses merecem e essencialmente precisam de muito mais e melhor do PSD, que corre o risco real de se tornar um partido de Autarcas (excelentes, em muitos casos), sem ter no entanto respostas a nível de Governo do país.
Publicado no Diário de Coimbra em 12 de Outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Atahualpa Yupanqui
Aqui fica o "duerme negrito"
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
MILLENNIUM
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Do Evangelho do Dia
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
MAIS UMA ELEIÇÃO IMPORTANTE
Termina no próximo domingo um dos períodos mais longos e desgastantes de campanhas eleitorais sucessivas a que temos assistido.
De facto, desde a pré-campanha das europeias de 7 de Junho passado que o país não mais teve descanso, com a política a tomar um lugar de relevo em todos os órgãos de comunicação social. Tudo o resto ficou esquecido, incluindo os graves problemas sociais e económicos que estamos a viver.
Para economia de gastos e - fundamentalmente - para benefício do nosso equilíbrio psicológico, mais valia que se tivesse optado por fazer coincidir as datas de pelo menos duas das eleições. Mas, enfim, foi assim que se decidiu, e temos todos que suportar esta pressão que está finalmente prestes a terminar.
As eleições autárquicas do próximo domingo, fruto da intensidade das últimas eleições e do tipo de escolhas a fazer poderão parecer a muitos de segunda categoria. Nada de mais falso: os seus resultados terão um impacto directo da nossa vida. Em primeiro lugar, somos cidadãos, e a cidade é central no nosso exercício político. É nela que vivemos, é ela o ambiente que nos circunscreve e de alguma forma condiciona. Em termos de escala, é igualmente o nosso contacto mais directo com aqueles em que delegamos o poder de tomar decisões por nós. É o nosso primeiro elo com a democracia representativa. Assim, é do nosso interesse directo o exercício do direito de voto na escolha dos nossos autarcas.
As eleições para as autarquias locais têm características próprias. São, normalmente, pouco politizadas do ponto de vista estritamente ideológico. Este facto compreende-se na medida em que a maior parte dos problemas locais tem uma abordagem mais técnica que ideologicamente orientada. Com a excepção dos partidos radicais, que insistem numa abordagem ideológica de toda a realidade e de todos os aspectos da vida e organização da comunidade humana, há um consenso entre os partidos de que as questões locais se resolvem pelo diálogo com as pessoas, implicando uma grande capacidade de negociação. Talvez por isso os executivos municipais incluam representantes das diversas forças concorrentes, em vez de incluírem apenas representantes do partido mais votado.
As escolhas locais prendem-se assim mais com a percepção de quais serão os concorrentes que melhor compreendem a necessidades de todos e cada um, e que melhor lhes darão resposta.
O Dr. Carlos Encarnação tem sabido, como Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, estabelecer uma relação íntima com grande parte dos munícipes, sejam urbanos ou das zonas mais rurais do concelho. Os munícipes sentem que não é pelo facto de se sentirem mais à esquerda ou mais à direita que o seu Presidente da Câmara trata os seus problemas de forma diferente.
Para além de a candidatura do Dr. Encarnação incluir oficialmente vários partidos, no caso o PSD, o CDS e o PPM, as suas listas incluem personalidades que não se revêem normalmente naqueles partidos. Significa isto que a sua candidatura é garantia de que as ambições dos cidadãos de Coimbra serão atendidas tendo em conta os interesses do concelho, isto é, sem o filtro da ideologia política.
No próximo domingo, caro leitor, lembre-se de que é do seu interesse ir votar. Afinal, trata-se da sua cidade, do seu bairro, da sua rua. E, aqui, todos os votos contam.
Publicado no Diário de Coimbra em 5 de Outubro de 2009