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domingo, 31 de janeiro de 2021
sábado, 30 de janeiro de 2021
MANIFESTAÇÃO CONTRA A PANDEMIA E CONTRA TUDO...
Recebido de um amigo:
Os padeiros não têm massa
Os padres já não comem como abades
Os relojoeiros andam com a barriga a dar horas.
Os talhantes estão feitos ao bife
Os criadores de galinhas estão depenados
Os pescadores andam a ver navios
Os vendedores de carapau estão tesos
Os vendedores de caranguejo vêem a vida a andar para trás.
Os desinfestadores estão piores que uma barata
Os fabricantes de cerveja perderam o seu ar imperial
Os cabeleireiros arrancam os cabelos
Os futebolistas baixam a bolinha
Os jardineiros engolem sapos
Os cardiologistas estão num aperto
Os coveiros vivem pela hora da morte
Os sapateiros estão com a pedra no sapato
As sapatarias não conseguem descalçar a bota
Os sinaleiros estão de mãos a abanar
Os golfistas não batem bem da bola
Os fabricantes de fios estão de mãos atadas
Os coxos já não vivem com uma perna às costas
Os cavaleiros perdem as estribeiras
Os pedreiros trepam pelas paredes
Os alfaiates viram as casacas
Os almocreves prendem o burro
Os pianistas batem na mesma tecla
Os pastores procuram o bode expiatório
Os pintores carregam nas tintas
Os agricultores confundem alhos com bugalhos
Os lenhadores não dão galho
Os domadores andam maus como as cobras
As costureiras não acertam as agulhas
Os barbeiros têm as barbas de molho.
Os aviadores caem das nuvens
Os bebés choram sobre o leite derramado
Os olivicultores andam com os azeites
Os oftalmologistas fazem vista grossa
Os veterinários protestam até que a vaca tussa
Os alveitares pensam na morte da bezerra
As cozinheiras não têm papas na língua
Os trefiladores vão aos arames
Os sobrinhos andam "Ó tio, ó tio"
Os elefantes andam de trombas
SÓ OS POETAS CONTINUAM COMO SEMPRE... TESOS MAS MARAVILHOSOS!
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Portugal a ser Portugal
Ou business as usual
Como é evidente, há alguns altos dirigentes nacionais que devem ser prioritários na vacinação Covid-19, a começar pelo Presidente da República. Digamos, uns dez ou quinze imprescindíveis.
À boleia vão uns mil. Uma perfeita pouca-vergonha.
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
Quando é que os portugueses tomam consciência disto? Esta situação tem verdadeiros responsáveis.
(do Observador)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
GERIR PROJECTOS OU PANDEMIAS
Há muito mais em comum na gestão de projectos e na de uma pandemia do que se possa pensar, à partida com uma palavra chave: planeamento.
Na experiência profissional da minha vida como engenheiro tive que lidar com vários tipos de projectos e de diversas dimensões. E posso garantir que há regras e procedimentos a seguir que são comuns a todos eles, independentemente das suas características próprias. Quando não são cumpridos, o que acontece é que quando se chega ao fim do prazo, o projecto não está concluído e muitas vezes nem se sabe quando estará porque não foi agarrado a tempo. O mesmo sucede com os custos: quando não há controlo férreo desde o primeiro momento, nunca se sabe realmente quanto a mais vai custar o projecto.
Trata-se de verdades lapalissianas, que toda a gente deve saber, mas que na realidade são seguidas em determinados sectores e noutros não. Em Portugal é muito raro que as obras levadas a cabo pelo Estado cumpram prazos e orçamentos aprovados. Já por diversas vezes abordei as razões nestas linhas, que surgem desde a elaboração dos projectos propriamente ditos, aos concursos e respectiva legislação, à falta de controlo e fiscalização das execuções e também à incapacidade dos gestores, neste caso, políticos impreparados para decidir em situações de conflito ou de risco. Por outro lado já repararam que nas empresas privadas é raro que os projectos não se façam no prazo estabelecido e sem custos a mais? É que o dinheiro aplicado é dos próprios e ai do gestor de projecto que for incompetente e não cumpra os objectivos definidos!
Com todas as possibilidades de errar, gerir projectos não é uma das actividades mais fáceis na vida, principalmente quando são complexos, inovadores ou contêm em si factores de imponderabilidade que obrigam a escolhas sem certezas absolutas.
Olhemos com estes olhos de gestor de projecto para o que se tem passado em Portugal com a pandemia COVID-19, com o Estado a gerir tudo. Podem dizer-me que há aspectos específicos que são do conhecimento apenas de especialistas, sejam epidemiologistas, virologistas, de pneumologia ou de Medicina Interna, ou de gestão hospitalar. Tal como acontece noutros projectos, em que há especialistas em várias áreas, seja fundações especiais, AVAC ou telecomunicações, betão armado ou eficiência energética, para falar na minha área profissional. Em todos os projectos há especificidades a tratar por especialistas e depois há quem gere todas essas áreas como um maestro de orquestra e que é o responsável último pelos resultados obtidos, sabendo que no fim é que vão aparecer sempre as incapacidades na gestão dos projectos.
E na questão da pandemia o que é está a acontecer? Um rotundo falhanço na sua gestão. Não é, certamente, à toa que Portugal de auto-proclamado «milagre» na Primavera, no Inverno passou para o pior do mundo em termos de infecções e de número de mortos por milhão de habitantes. Depois de a tragédia acontecer de nada adianta chorar e atirar a culpa para outros, neste caso os cidadãos portugueses que são exactamente os mesmos de antes, as circunstâncias que politicamente lhes impuseram é que são diferentes.
Durante os 8 ou 9 meses de intervalo entre as duas primeiras vagas, como lhes chamam, deviam ter sido previstas soluções sanitárias capazes para enfrentar as piores situações possíveis. Aí é que se deviam ter gasto dinheiro e esforços. O que foi feito? Em relação a aumento de equipamentos de saúde e sua coordenação esperou-se pela evolução da pandemia para se ir reagindo em conformidade tentando controlar os danos. Só que, quando os limites são ultrapassados, surge a tragédia. Evitável com o esforço e a competência que se exigem a um bom gestor de projecto que é neste caso todo o governo e o ministério da saúde, em particular.
sábado, 23 de janeiro de 2021
O fecho da Central de Sines e a nossa electricidade caríssima
O Prof. Clemente Pedro Nunes explica assim as verdadadeiras razões para a EDP fechar a Central de Sines como ministro do Ambiente a bater palmas:
«A EDP quer fechar a central de Sines porque esta tem de enfrentar as FIT concedidas pelo Governo Sócrates a 7000 MW de potências elétricas intermitentes, eólicas e fotovoltaicas, e que têm a capacidade legal de a expulsar do mercado.
Sim, a eletricidade produzida a menos de 40 euros/MWh pode ser expulsa do mercado para o consumidor ser obrigado a pagar 380 euros/MWh de eletricidade produzida através duma FIT duma central fotovoltaica!
E, sem clientes, o que pode fazer a central de Sines?
Ou para, funcionando num regime de para-arranca ruinoso, ou reduz a operação, deixando de fornecer eletricidade à rede até chegarem de novo as “horas de ponta”.
Em qualquer dos casos, o resultado é também um desastre em termos do aumento das emissões de CO2.
Até 2019, a central de Sines beneficiava dum CMEC, que é um mecanismo contratual que garante que quem dele beneficie tem sempre uma rentabilidade muito atrativa, através duma compensação no final do ano.
Assim, a EDP não estava preocupada porque tinha a certeza de que, no final do ano, iria sempre ter um lucro garantido, mesmo que a respetiva exploração tivesse pesadas perdas devido à concorrência desleal das FIT.
A partir de 2019, e já sem os CMEC, a EDP passou a perder dinheiro com a central de Sines, “massacrada” pelas FIT concedidas às potências elétricas intermitentes.
O que se devia fazer era corrigir o disparate das FIT atribuídas às potências intermitentes.
Ou seja, negociar a alteração das FIT para que estas não tenham o “poder de destruir quem produz eletricidade em regime de mercado”.
Em circunstâncias normais, seria isso que a EDP deveria ter solicitado ao Governo.
Mas como a EDP foi, desde 2005, a grande defensora das FIT atribuídas a potências elétricas intermitentes, não podia vir agora destruir a base da sua campanha mediática.»