segunda-feira, 16 de março de 2009

CAIS (de partida)



A turbulência do dia-a-dia leva-nos frequentemente a ser cegos para o sofrimento que nos rodeia.

Participamos de vez em quando nesta ou naquela acção caritativa ou apenas de solidariedade, ficando a nossa consciência tranquila, porque supomos que já fizemos a nossa parte. Deixamos de lado o contacto humano, a palavra amiga, porque temos até medo de ouvir as histórias pessoais, preferindo apenas pagar para cumprir a obrigação social. Gostamos muito da Humanidade, mas temos mais problemas em lidar com os homens e mulheres.

Com certeza que todos já passámos por algum vendedor da revista CAIS. Com alguma probabilidade, até já temos o nosso “fornecedor” fixo da revista, como sucede comigo. Desde que trabalho na Baixa, todos os dias encontro o vendedor Giuseppe Cianciola, um italiano que tem sempre uma palavra simpática para todos , nem que seja a comentar o tempo.

Como todas as pessoas que vendem a revista Cais, Giuseppe tem uma história de vida triste que não interessa aqui contar; o que importa é que a vida se encarregou de o trazer de Itália até Coimbra. Por cada revista que vender, 70% do preço de capa - 2€ - ficam para ele, entregando o resto à Associação Cais.

Esta Associação de Solidariedade Social sem fins lucrativos, reconhecida como pessoa de utilidade pública, existe desde 1994. A sua missão é contribuir para o melhoramento global das condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco, designadamente aqueles que são conhecidos como Sem-Abrigo.

Ao aceitarem participar no programa da Cais, aquelas pessoas assumem compromissos de comportamento social, difíceis de cumprir para boa parte dos vendedores. A venda da revista Cais torna-se para eles e elas um ponto de partida, uma resposta de transição para a vida activa. Hoje em dia, podem até ser considerados heróis, pela renúncia a um passado e escolha de uma vida com mais dignidade.

Não se pense que, com todo este contexto, a revista Cais é apenas para comprar e deitar fora. Habitualmente, inclui artigos de grande interesse sobre temáticas sociais, culturais e científicas. Todos os anos promove um concurso nacional de fotografia, que tem desde 2006 o BES como mecenas; em 2008, 870 pessoas concorreram, com trabalhos subordinados ao tema “Sons, Odores e sabores”.

Estimado leitor: da próxima vez que encontrar um vendedor ou vendedora da CAIS, tire-se das suas tamanquinhas, e, além de comprar a revista, aproveite a oportunidade para tentar conhecer melhor o ser humano que lha estende. Será ainda mais compensador.


Publicado no Diário de Coimbra em 16 de Março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Morte de um jornalista

Morreu o jornalista João Mesquita. Só o conhecia como profissional desde que há uns anos me fez uma entrevista. Foi meticuloso, profissional e inteiramente verdadeiro no trabalho que fez, mesmo no que não me deu jeito. Fiquei a admirá-lo.
Entretanto, face às dificuldades profissionais por que passou, concordo bastante com este texto, o que lamento.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Banca é O problema


O ex-ministro das Finanças Campos e Cunha foi à televisão explicar por que a resolução da actual crise passa pela banca e não por apoios directos à economia dita real, que equivale a ir atirando dinheiro para cima dos problemas que não desaparecem por isso, sendo apenas adiados. Fê-lo em termos teóricos e também através da apresentação do caso concreto do Japão que andou mais de dez anos em crise profunda de quase depressão, incluindo mesmo deflação, até o Governo se ter decidido a entrar decisivamente na reforma do negócio bancário.

quarta-feira, 11 de março de 2009

CRISE E ESPERANÇA


Foi ontem apresentado em Coimbra o novo livro do Padre jesuíta Vasco Pinto de Magalhães, editado pela Tenacitas: "ONDE HÁ CRISE HÁ ESPERANÇA".
A apresentação esteve a cargo da Cristina Carrington que se saiu excepcionalmente bem da tarefa.
O livro contem um pensamento para cada dia do ano.
O de hoje, 11 de Março, por exemplo, é o seguinte:

"Sentir-se bem não é o mesmo que estar bem! Pode haver bem-estar sem haver paz interior, profunda. Esta depende mais de viver com sentido, de forma construtiva e virada para os outros, do que não ter problemas ou de ter vida fácil. Há o perigo de procurar soluções de superfície que duram um tempo efémero e depois desses momentos ficar pior. Há que pôr-se a caminho, acertando as prioridades, os valores e os compromissos. Daí vem a paz, mesmo na adversidade."

Gostou? Então vá a correr comprar o livro, porque é todo neste estilo e com esta profundidade de análise do quotidiano.

"NÃO": Procura-se


A edição de hoje do jornal "As Beiras" tem um título em grandes parangonas: "Clube dá cartão vermelho a Pedro Vaz Serra".
Chamada assim a atenção, o leitor vai à notícia no interior, onde se lê:
"Recusando tratar-se de um cartão vermelho aos nomes integrados na lista de Pedro Vaz Serra, que lhes merecem todo o apreço e consideração.....". A notícia prossegue depois com críticas à lista de Pedro Vaz Serra (à qual pertenço) por parte de alguns sócios do Clube de Empresários.
Entre quem ler a notícia e quem ler apenas o título da 1ª página, por exemplo quem passa na rua e vê os títulos dos jornais, e quem ler a notícia, a percepção do assunto será, pois, completamente diversa.
No título de capa falta um "não" que não se sabe se está enterrado em Taveiro ou foi dar uma volta a Leiria.

segunda-feira, 9 de março de 2009

KAL's cartoon (Economist desta semana)

A LUTA CONTRA A DROGA

Do Economist desta semana:
"The United States alone spends some $40 billion each year on trying to eliminate the supply of drugs. It arrests 1.5m of its citizens each year for drug offences, locking up half a million of them; tougher drug laws are the main reason why one in five black American men spend some time behind bars. In the developing world blood is being shed at an astonishing rate. In Mexico more than 800 policemen and soldiers have been killed since December 2006 (and the annual overall death toll is running at over 6,000). This week yet another leader of a troubled drug-ridden country—Guinea Bissau—was assassinated."
Faz repensar as nossas ideias adquiridas e se a posição liberal se deverá sobrepor ao conservadorismo inato.

A UNIÃO EUROPEIA IMPORTA



O primeiro dos três actos eleitorais que teremos neste preenchido ano ocorrerá já no próximo dia 7 de Junho. Nele escolheremos os nossos deputados ao Parlamento Europeu (PE).

É escusado dizer que os portugueses, aliás como a maioria dos restantes europeus, pouco ligam a esta eleição. Se nas primeiras eleições em que votámos para o PE, em 1987, a abstenção andou pelos 27%, nas últimas, realizadas em 2004, a abstenção foi de 61%. Isto diz tudo sobre o interesse que estas eleições têm despertado nos portugueses.

Mas é um erro pensar-se que o PE é irrelevante para a nossa vida, e que portanto não merece a pena preocuparmo-nos com quem para lá enviamos como nossos representantes.

De facto, se para a maioria de nós o PE é uma instituição relativamente desconhecida, deve recordar-se que já existe há 50 anos, e que é eleito directamente há 30. Por outro lado, as sucessivas reformas da União Europeia têm vindo a atribuir cada vez mais importância e competências ao PE.

O acréscimo destes poderes legislativos traduz-se no facto de mais de 60% da legislação dos estados-membros ter origem no PE. Significa isto que os resultados da actividade do PE afectam a nossa vida diária duma forma muito mais relevante do que supomos. A mais pequena decisão de um acto legislativo do PE pode, por exemplo, significar uma alteração decisiva, para o bem ou para o mal, em relação à competitividade de uma actividade económica concreta, implicando o seu sucesso ou a sua insustentabilidade.

É verdade que a integração dos deputados eleitos para o PE nas diversas famílias políticas europeias leva frequentemente a uma falta de identificação dos eleitores para como os seus representantes. Por sua vez, estes também não cumprem muitas vezes a sua obrigação de esclarecer os eleitores nacionais sobre o seu trabalho, preferindo frequentemente proferir declarações solenes sobre questões ideológicas que encobrem o seu trabalho diário.

A importância da escolha de representantes capazes não só de influenciar o rumo político da União Europeia mas também de defender eficazmente os nossos interesses nacionais é evidente.

O Partido Socialista escolheu já o seu cabeça de lista para estas eleições; a meu ver, escolheu bem. Concorde-se com as posições do doutor Vital Moreira ou discorde-se delas (o que, pessoalmente, devo reconhecer ser muito frequente), é um candidato que sabe muito bem o que quer, em termos de futuro da União Europeia e em particular do Tratado de Lisboa. A sua reconhecida capacidade retórica garantirá qualidade nos debates do PE, podendo ser decisivo na defesa dos interesses nacionais.

A fasquia foi assim colocada alta pelo Partido Socialista. O Partido Social Democrata tem agora a responsabilidade de responder em conformidade com uma grande candidatura, o que até nem será difícil, atendendo à qualidade de vários quadros seus, especialmente nesta área específica que nem obriga a que seja um académico.

Espera-se que esta eleição, até pela situação generalizada de crise económica e de valores políticos instalada, sirva também para que os portugueses sejam esclarecidos sobre a importância do que está em jogo e que lhes seja dada a possibilidade de escolher representantes à altura dos desafios.


Publicado no Diário de Coimbra em 9 de Março de 2009

domingo, 8 de março de 2009

CHAMAM-LHE CIDADANIA

Se o Estado pode controlar a velocidade dos automobilistas com radares, porque é que estes não têm o direito de saber que estão a ser controlados, por exemplo com detector de radar?

sábado, 7 de março de 2009

Espiral



Esta é uma fotografia de uma galáxia espiral tirada pelo hubble. No centro estão as estrelas mais velhas. Nos braços da espiral, em movimento acelerado, estão as estrelas mais novas e as regiões em formação.
Faz lembrar a actual situação económica mundial e do país.

sexta-feira, 6 de março de 2009

RESPEITABILIDADE

As áreas de reserva de respeitabilidade vão caindo, uma a uma. Depois da magistratura ter perdido a sua aura, veio a banca.
Esta semana souberam-se pormenores chocantes do processo BCP. A anterior administração da CGD emprestou dinheiro a rodos a vários investidores para comprarem acções do BCP e correrem com a administração que, bem ou mal, lá estava com continuidade desde a fundação do Banco. Depois de conseguido o objectivo de arranjarem maioria na AG, foi escolhida a nova administração, curiosamente capitaneada por quem lhes tinha emprestado o dinheiro para mandarem.
Tudo isto à vista de toda a gente, com dinheiros da CGD, que é totalmente do Estado, isto é, nossa.
Até agora não houve nenhuma Instituição do Estado que tenha sido capaz de chamar à pedra quem fez uma operação de saque de dinheiros públicos deste calibre. Nem a Oposição se digna cumprir o seu papel.
Neste momento é a desgraçada da actual Administração da CGD que tem que andar a apagar os fogos ateados pelos outros e e a responder perante toda a gente, incluindo Assembleia da República. Quem devia explicar isto tudo é quem arranjou toda esta marosca. Entretanto, esses mesmos estão a levar o BCP aos infernos de acções a valerem menos de 60 cêntimos.
Quem ganha? Será Angola ou Stanley Ho, já que a rapaziada de Macau anda toda à solta?

segunda-feira, 2 de março de 2009

CARIDADE

Do Evangelho de hoje (Mateus, 25):

‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’.

CIDADES DE SUCESSO




Já por várias vezes abordei nestas linhas quais os caminhos que hoje em dia levam as cidades ao sucesso competitivo. São, naturalmente, muito diferentes dos de há vinte ou trinta anos.
Se antes se prestava atenção ao número de rotundas ou mesmo de pavilhões desportivos cobertos, o que hoje verdadeiramente interessa para definir a liderança entre as cidades é a capacidade de inovação e de empreendedorismo.
Isto é, estamos num tempo em que o fundamental é o “software”, e não o “hardware”, o que não nos deverá surpreender dado o conhecido sucesso do “Silicon Valley”.
O estabelecimento de parcerias entre quem gere os destinos das cidades e quem detém o conhecimento é a base da construção das condições para um futuro mais próspero e competitivo das comunidades.
É indiscutível que Coimbra tem vindo a marcar pontos de uma forma insofismável nesta área. E não se pense que os sucessos aparecem aqui por acaso. São fruto de um trabalho continuado e de colaborações em rede como sucede entre a Autarquia e a Universidade em várias áreas.
Nos últimos tempos, não passa praticamente um mês sem que haja notícias de prémios ou de sucessos reconhecidos a nível internacional, seja na área da saúde, seja na da robótica, seja na da informática, seja na da química. E não se pense que estas são coisas menores ou pontuais; muito pelo contrário, marcam descobertas e desenvolvimento de soluções com aplicação futura generalizada.
É assim com alguma naturalidade que nos últimos anos Coimbra viu nascer e desenvolverem-se empresas de base tecnológica de topo, que se afirmam em todo o mundo em áreas de grande competitividade. Como exemplo, olhe-se para a Critical Software, a ISA (Intelligent Sensing Anywhere), a CrioEstaminal ,a Bluepharma e a Active Space Tecnologies, entre outras. São empresas que, de forma notável, contribuem para fixar em Coimbra centenas de quadros técnicos especializados, que até há poucos anos tinham obrigatoriamente que sair de Coimbra para trabalhar.
Recentemente foi anunciado que a incubadora de empresas do Instituto Pedro Nunes em Coimbra foi classificada como a segunda melhor do mundo entre as incubadoras de base científica.
Boa parte das empresas acima referidas tiveram o seu início na incubadora do IPN, que assim marca de forma indelével o futuro económico de Coimbra.
Em tempos de depressão colectiva generalizada, os bons exemplos são ainda mais de relevar, não se devendo deixar passar sem um reconhecimento de todos os cidadãos interessados no bem colectivo.
A directora do IPN Teresa Mendes, bem como o director da incubadora, Paulo Santos, devem ser felicitados, não apenas por este prémio agora recebido, mas pela capacidade de trabalho e empenho colocados durante anos no apoio à criação e desenvolvimento de projectos empresariais tão importantes para a nossa região e para o país.

Publicado no Diário de Coimbra em 2 de Março de 2009

domingo, 1 de março de 2009

VENENO PURO

Faço figas para que o Prof. Marcelo não morda a língua hoje, que corre o sério risco de cair para o lado.
As suas propostas ao PSD para líder da candidatura ao parlamento europeu foram, por esta ordem:
Marques Mendes
Pacheco Pereira
Passos Coelho
Às vezes abusa na dose, mas sempre com piada.

Capitalismo pouco selvagem

Então é assim, segundo o Prof. Marcelo:
A CGD, enquanto era administrada por Santos Ferreira e Armando Vara, entre outros, subsidiou a Teixeira Duarte, Joe Berardo e Manuel Fino para comprarem participações relevantes no BCP e correrem com quem lá estava.
A seguir, aqueles grandes accionistas colocam aqueles ex-administradores da CGD à frente do BCP.
A seguir, os accionistas do BCP, ao verem as suas participações a ir para a sarjeta, vão à CGD e vendem esse "lixo tóxico " à própria CGD com lucros de dezenas de milhões de euros.
Com capitalistas destes não admira que o Anacleto Louçã do Bloco de Esquerda arranje cada vez mais seguidores.

VITAL

Vital Moreira é uma excelente escolha de Sócrates. Por diversas razões.
É um europeísta convicto,o que dá sempre jeito para um eurodeputado.
Conhece bem as estruturas da União.
Tem grande formação jurídica.
É muito bom na arte da retórica.
Pode contribuir positivamente para uma melhoria da União.
Como os eurodeputados, quando estão no Parlamento Europeu, têm a possibilidade (e dever) de defender mais os interesses do seu país do que os partidários, é bom para todos nós termos lá representantes qualificados.
Em termos exclusivamente politico-partidários nacionais, puxa o PS para a esquerda o que dá jeito a M. Ferreira Leite.
Tem ainda a vantagem de obrigar o PSD a acompanhar o PS a nível da qualidade das suas escolhas, já que eleva a fasquia.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Aprender sempre

Do Evangelho do dia (S. Lucas 5,30-32):

«Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A TRUTA

Que grandes trutas que eles eram (incluindo a saudosa Jacqueline Du Pré).
Aqui fica o que se chama uma bela schubertiada:


Peço desculpa

Pedindo desculpa pelo desvio de mau gosto anterior, aqui fica o Izhak Perlman juntamente com o amigo Daniel com algo de construtivo e que prova que a humanidade vale a pena, que é a arte sublime de Mendelssohn:

Respeitosamente

Hoje apeteceu-me ouvir isto, que fica bem de como musica de fundo ao ouvir a proposta "Robin dos Bosques" e que também não vai mal com umas questõezinhas fracturantes.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

DE ESPANHA NEM...(2)

Pelos vistos, não é só por cá que a Justiça anda pelas ruas da amargura. A justiça espanhola também não anda lá essas coisas.
No mesmo dia, a imprensa deu nota dos seguintes casos:
No 1º, um assassino foi absolvido depois de ter morto duas pessoas em Vigo, porque conseguiu convencer os jurados de que os actos que praticou (desferiu um total de 57 facadas nas duas vítimas, 35 num deles e 22 no outro) se deveram a ser assim mesmo, do que não tem culpa, por ser da sua própria natureza.
Já no 2º caso um outro tribunal condenou um mendigo francês a um ano de prisão por ter roubado, com recurso à violência, metade de um pão.
E eu a julgar que estávamos mal.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

DE ESPANHA NEM...

Pelos vistos o ministro espanhol da Justiça demitiu-se na sequência de um escândalo relacionado com o seu encontro com Baltasar Garzon durante uma caçada. Mariano Fernandez Bermejo encontrou-se com este juiz quando estava em instrução um processo por corrupção que envolve elementos do Partido Popular. Por sua vez o juiz deu entrada num hospital, com stress súbito, vá-se lá saber porquê.

Estes espanhóis ainda estão muito atrasadinhos, coitados. Cá um encontro destes nem seria notícia de jornais, quanto mais escândalo.

Why Should I Care

E o leitor ou a leitora, importa-se?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

PROFS NA RUA, À FORÇA

O Sr. Albino Almeida diligente presidente da CONFAP saudou a divulgação dos dados sobre violência escolar que se traduzem no facto de a PGR ter aberto quase 140 inquéritos-crimes relacionados com essa matéria.
Pelos vistos violentar os professores obrigando-os a participar num cortejo carnavalesco pela rua fora com os alunos quando não têm vontade nem têm qualquer interesse nisso para o seu futuro e o dos alunos faz parte das competências da CONFAP ( e da autarquia e do ME, que ajudaram à festa).
Quando os meus filhos andavam pelas escolas e episodicamente participei nas respectivas associações de pais apercebi-me bem de como estas serviam muitas vezes para:
- tirar vantagens políticas dessa participação, servindo de correias de transmissão dos respectivos partidos;
- defender os seus meninos, quando não eram propriamente meninos de coro;
- trepar nas estruturas das associações de pais.
Claro que isto não se passa com todos, mas que se passa com muitos, isso passa e sei muito bem do que estou a falar.
Absolutamente lamentável, tudo isto, que na verdade não passa de uma intolerável violação dos direitos cívicos dos professores.

DIREITAS E ESQUERDAS


Durante os vinte anos que se seguiram ao 25 de Abril, o sistema partidário português manteve-se relativamente estabilizado. Ao centro, respectivamente à Direita e à Esquerda, estavam o PSD e o PS. À direita do PSD existia o CDS e à esquerda do PS posicionava-se o PCP.
A soma dos dois lados ia-se equilibrando, puxando ligeiramente mais para um lado ou para o outro, conforme as circunstâncias e as lideranças do PS e do PSD.
No entanto, no actual quadro de intenções de voto, quando faltam apenas quatro meses para o primeiro dos três actos eleitorais deste ano, os partidos à Esquerda somarão um pouco mais de 60% e os dois partidos à Direita um pouco menos de 40%.
As questões apresentadas para discussão na sociedade são sistematicamente de orientação ideológica de esquerda, nada indicando que o eleitor mediano se aperceba deste condicionamento de agenda. O resultado é o deslizamento para a esquerda patente nas intenções de voto, mesmo quando não há uma identificação com “a esquerda”. Há um desfasamento entre as prioridades ou causas sentidas pelo eleitorado e o panorama partidário, que as transforma em causas de esquerda.
É necessário trazer para o debate público temas que reposicionem o centro do espectro político.
Discutir a introdução do “casamento” dos homossexuais, argumentando com a reposição de direitos de igualdade, na realidade apenas tem como objectivo puxar o debate público para a esquerda. A razão invocada é perigosa, porque vem abrir a porta a muitas outras orientações e eventuais afectos que a nossa moral judaico-cristã expulsou da “normalidade” como sejam o casamento entre primos, entre irmãos ou mesmo a poligamia, entre outros.
As liberdades individuais são diariamente espezinhadas em nome de um suposto melhor funcionamento do Estado, praticamente sem discussão. Exemplos? O cartão único e o chip obrigatório para os automóveis.
A Educação e a Saúde deverão passar a ser centradas nos interesses dos cidadãos, que não deveriam ter de pagar duas vezes para terem liberdade de escolha no projecto educativo dos seus filhos e nos serviços de saúde, respectivamente.
A liberdade económica é seriamente afectada pelos desvios introduzidos por práticas de corrupção, que se traduzem num peso escondido que todos temos que pagar. É necessário introduzir o crime de “enriquecimento súbito e injustificado”, que até hoje não existe no nosso ordenamento penal.
O que nos leva directamente à Justiça. Um sistema judicial que não resolve as questões em tempo útil não serve os cidadãos e não serve a economia, com graves custos para a competitividade.
A sustentabilidade ambiental tem de ser intransigentemente defendida. A conservação daquilo que nos foi legado para entregarmos aos nossos descendentes não pode estar à mercê de pretensos “desenvolvimentos económicos” que à sombra de PIN´s e desculpas parecidas destroem o que temos de melhor e mais valioso, que é o ambiente.
Como se vê, exemplos de temas que nos interessam a todos, fora do condicionamento fracturante e mesmo para além da crise, não faltam. Venham eles, que os portugueses agradecerão, com consequências evidentes nos resultados eleitorais.

Publicado no Diário de Coimbra em 23 de Fevereiro de 2009

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mais conhecidos que Jesus Cristo

Volta não volta aparecem uns cromos que são considerados mais conhecidos que Jesus Cristo. Aqui há umas dezenas de anos, foi John Lennon que descobriu que os Beatles já eram mais conhecidos que Jesus Cristo. Logo de seguida foi o que se sabe.
Aparece agora uma notícia que dá Barack Obama como tendo destronado Jesus Cristo na lista de heróis mais admirados pelos norte-americanos. Saliente-se que isto sucede antes mesmo de Obama mostrar qualquer resultado, porque só agora está a começar a sua presidência.
Costumo dizer que admito tudo, menos fanáticos. Aqui aplica-se em cheio.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Para descontrair

Bonnie Tyler It's A Heartache

Isto é uma vergonha nacional.

Parte de um ofício enviado pela Directora Regional de Educação do Norte a uma Escola, logicamente afixado na Escola e lido por professores e alunos:

"Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos e de toda uma população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado."

Nem se consegue perceber o sentido. A autora do texto é responsável por uma estrutura importantíssima do Ministério da Educação. Repito: da Educação.

Com maus exemplos como este, não há educação possível.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Medidas para a crise I

O PSD apresentou uma proposta de medidas para enfrentar a crise, que me parecem acertadas.
Aqui ficam algumas :

Garantir o pagamento das dívidas do Estado às PME.
Criar uma conta corrente entre o Estado e as empresas.
Alterar o regime de pagamento do IVA.
Alterar o regime de reembolso do IVA.
Extinguir o pagamento especial por conta.
Dar orientação à CGD para reforçar a sua actuação no financiamento das PME exportadoras.
Dinamizar o capital de risco para as PME exportadoras.

A alternativa apresentada para apoiar as empresas é claramente melhor que fazer empréstimos que irão aumentar o endividamento das mesmas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DIFERENÇA ESSENCIAL

Antes desta, todas as outras crises tiveram uma característica que diferenciava Portugal dos outros países. Em Portugal, a crise chegava depois dos outros países e era mitigada. Claro que a saída da crise se dava entre nós mais tarde e também mais fraquinha. Isto é, havia uma resiliência própria da nossa economia.
Desta vez, tudo mudou. A crise chegou até nós de forma instantânea e somos o terceiro país da UE onde ela é mais grave. Há aqui muito a estudar e a perceber. Esperemos ao menos que a saída da crise seja igualmente rápida e com grande velocidade de recuperação.

ACEGE EM COIMBRA




Dia 10 de Março
Almoço-debate com o Prof. Manuel Antunes, Director do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Inscrições em : acegecoimbra@gmail.com

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CANNABIS


O governo britânico lançou uma campanha de alerta sobre os riscos do consumo de cannabis, chamando a atenção para a relação entre cannabis e doenças mentais.
Segundo o ministro da Saúde Pública britânico,“os jovens precisam de saber que a cannabis não é uma droga leve. Precisam de estar conscientes dos riscos que correm”.
O governo britânico alterou a classificação da cannabis, podendo os utilizadores enfrentar cinco anos de cadeia e os fornecedores ser condenados a penas até 14 anos.
Cá em Portugal, a despenalização do consumo e as regras para determinar quem é consumidor e quem é traficante deram na autêntica tragédia que se vê nas nossas ruas. Quem quiser saber como é que vá à Baixa de Coimbra a partir das 7 da tarde (só aconselho a não levar valores).

ACEGE em Lisboa


“A Competitividade entre os Blocos Económicos”
Prof. Doutor Jorge Vasconcellos e Sá
18 de Fevereiro (Quarta-feira) na Rua dos Douradores 57 – 12.30h

Caros Amigos,

Venho convidá-los para mais um almoço inserido no nosso ciclo de debates que terá lugar dia 18 de Fevereiro, dando continuidade à reflexão sobre o tema “Valores e desafios para um novo Paradigma na Gestão”.

O nosso convidado desta vez é o Prof. Doutor Jorge Vasconcellos e Sá, Professor Catedrático de Economia e que nos vem falar sobre a “A Competitividade entre os Blocos Económicos”.

Com a sua experiência e saber, estamos certos que o tema nos ajudará na nossa reflexão sobretudo pela introdução de dados que nos permitirão avaliar de forma mais sustentada as realidades económicas da Europa e dos Estados Unidos, bem como da realidade de Portugal no contexto destes dois blocos económicos. Será, temos a certeza, um encontro estimulante e enriquecedor para todos aqueles que nele queiram participar. Aceitaremos as inscrições por ordem de recepção dando prioridade aos associados até dia 16. A partir do dia 17 abriremos as inscrições a não associados.

O almoço terá lugar como habitualmente às 13 horas, na Rua dos Douradores nº 57.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CONHECER A CRISE


A crise que presentemente assola as economias de todo o mundo apresenta-se com várias facetas que a tornam única, e muito difícil de enfrentar.
Desde logo, duas características a distinguem:
- a escassez de crédito financeiro e
- a retracção no consumo.
A escassez de crédito financeiro ocorreu como consequência directa da “loucura” que varreu a banca de investimento, criando uma bolha especulativa. Esta, ao esvaziar-se, deixou activos nos balanços dos bancos comerciais que não valem, nem de perto nem de longe, os valores por que foram comprados: são os chamados activos tóxicos. Em consequência, os bancos têm muita dificuldade em emprestar dinheiro entre si e em financiar-se para garantir dinheiro para novos projectos, seja de empresas, seja de particulares. Praticamente todos os países têm ensaiado soluções em resposta, que passam por prestar garantias do Estado aos bancos, ou mesmo por nacionalizações pontuais. Até agora, estas acções não têm conseguido os resultados pretendidos, porque os “activos tóxicos” permanecem nos balanços, continuando a contaminar as contas. Fala-se agora em criar “bancos negros” para depositar esses activos, e assim limpar os balanços dos bancos. Como é evidente, não se encontram interessados para pagar essa conta, que mais cedo ou mais tarde iria cair nos Estados, e desta forma ser indirectamente paga pelos impostos dos contribuintes.
O outro aspecto desta crise, que ocorre em simultâneo com o anterior, tem a ver com o retraimento do consumo, que se verifica em todo o mundo. Em parte pelo medo do desemprego, em parte por pura reacção face às más notícias, o consumo caiu a pique por todo o mundo. Muitas fábricas viram a sua procura diminuir drasticamente, sendo levadas à falência ou diminuição da produção. O efeito de bola de neve é óbvio: provocam subidas trágicas do desemprego, e este retrai ainda mais o consumo já diminuído. Para além de um acréscimo nas prestações sociais, os Estados vêem-se na necessidade de apoiar activamente o emprego, através de apoios às empresas e de planos de obras públicas. Não é fácil a decisão, porém: tudo isto tem de ser bem pensado, para evitar que essa despesa pública venha a ser um entrave à recuperação económica, quando a crise passar. Para usar a expressão inglesa, convém não deitar fora o bebé, juntamente com a água do banho.
Para além da sua globalidade, é a conjugação destes aspectos que dá à actual situação uma gravidade excepcional e atrasa a recuperação. É urgente que, perante estas dificuldades extremas, seja possível encontrar uma base mínima de entendimento entre os responsáveis que partilham os mesmos valores de sociedade. De facto, embora como sempre embrulhadas nas melhores intenções, já se perfilam no horizonte as “soluções mágicas” que a História do século XX mostrou serem a porta para as maiores desgraças da Humanidade.

Publicado no Diário de Coimbra em 16 de Fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O TERRÍVEL ERRO ESTRATÉGICO

O título é tirado do artigo de João César das Neves publicado hoje no Diário de Notícias.
Basicamente o grande erro é a aposta nas obras públicas para enfrentar a crise.
Recomendo vivamente a leitura do artigo, que termina assim:

"Em momento de crise financeira seria tolice preocupar-se com o equilíbrio das contas. Esta é a altura de o Estado se endividar, como todos os parceiros fazem e o permite o Pacto de Estabilidade. Mas com a sua abordagem o Governo não cria apenas um défice conjuntural. Ao privilegiar as obras de longo prazo, em vez de descer impostos ou dar subsídios, Sócrates compromete a solidez estrutural das contas públicas. Após a crise, o próximo primeiro-ministro, quem quer que seja, repetirá o que o actual Governo teve de dizer em 2005 sobre austeridade. O erro de Sócrates é o mesmo de Guterres: bloquear com dívidas o próximo surto de crescimento económico."

(In)dependências

O facto de Portugal ser membro de pleno direito da União Europeia não nos deve fazer esquecer que somos igualmente um país com uma longa História de independência política, e que o primeiro dever dos nossos responsáveis é para com os portugueses.
As políticas comunitárias são, em teoria, boas para a Comunidade, o que não significa que sejam todas vantajosas para nós. Por isso mesmo, não podemos prescindir de duas coisas: em primeiro lugar, garantir que as políticas comunitárias sectoriais não nos prejudicam; em segundo lugar, evitar que as políticas internas não secundarizem o nosso próprio desenvolvimento económico relativamente à UE.
Olhando para os sectores agrícola e pecuário, é evidente que a taxa de cobertura das nossas necessidades é cada vez menor, contribuindo este sector de forma pesada para o défice das nossas contas externas. A diferença entre o que importamos e o que exportamos, em termos de alimentos e bebidas (incluindo carne, peixe, leite, ovos e mel), atingiu nos primeiros dez meses de 2008 o valor de 4.487 milhões de euros. No mesmo período, o défice total das nossas contas externas atingiu o montante de 13.900 milhões de euros; a parte referente aos alimentos absorve uma parcela de 32% daquele défice. Até nas pescas, sector em que tradicionalmente produzíamos o que necessitávamos e ainda conseguíamos exportar, se verificou naquele período um défice de 714 milhões de euros, o que diz bem das consequências do abate da nossa frota pesqueira, promovido e pago pela União.
Isto é, aquilo que todos vemos ao percorrer o país, o progressivo abandono do interior e das terras de agricultura, tem consequências terríveis em termos da nossa sustentabilidade económica. Claro que se olharmos para a Europa, só a Alemanha e a Polónia produzem o suficiente para alimentar todos os países da União. Compreende-se bem que estes países façam os possíveis para proteger a sua produção, baixando as quotas dos restantes. Nós é que não podemos deixar-nos ir nessa cantiga, devendo, isso sim, proteger o mais possível a nossa auto-sustentação em termos alimentares.
Acresce que o abandono das terras tem graves implicações na falta de equilíbrio da ocupação do território, com um crescimento exagerado das áreas metropolitanas, particularmente de Lisboa, e da desestruturação social inerente.
Está à vista de todos o resultado de mais de 20 anos de aceitação de subsídios europeus que se traduziram na destruição da nossa agricultura e da frota pesqueira. Tendo nós a maior ZEE da Europa, temos hoje em dia que importar a maior parte do peixe que consumimos, o que não deixa de ser espantoso.
Pugnar pela maior auto suficiência possível em termos alimentares, não é sinónimo de patriotismo serôdio ou de anti-europeísmo, mas de pura sensatez perante a possibilidade de crises como a que actualmente atravessamos.
Para além das discussões sobre a distribuição de verbas comunitárias, importa definir uma estratégia clara de recuperação da capacidade de produção agrícola e pecuária que nos permita obter um grau de independência mínimo.

Publicado no Diário de Coimbra em 9 de Fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Baixa



Num destes dias, fui ao meu sapateiro remendão na Baixa e encontrei este aviso de mudança para melhores instalações e ainda bem.
Já o aviso, feito no comutador, é todo um programa e não resisto a partilhá-lo com os meus leitores.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

GOULD E BACH

Bom fim de semana.
Para tal, nada melhor que descansar e ouvir isto:
(Concerto brandeburguês nº 5)


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A PORSCHE COMPROU A VOLKSWAGEN



É uma daquelas coisas quase impossíveis de imaginar. Uma marca de automóveis desportivos e exclusivos que produz uns meros 100.000 automóveis por ano compra o maior fabricante de automóveis da Alemanha, tendo adquirido acções que representam mais de 50% do capital e garantido opção de 74%. Como diz a FORTUNE deste mês,David compra Golias.
Para tornar tudo ainda mais interessante, em 1992 a Porsche caminhava a passos largos para o abismo.
Hoje em dia, consegue ganhar uma média de 14.000 dolares por cada carro que vende e está sentada em cima de 20.000 milhões de dólares, que é mais do que o Estado americano está a injectar na GM, Ford e Chrysler juntas, para as salvar. Não posso deixar de comentar que o Estado português, sem mexer uma palha para o fabricar, ganha muito mais por cada Porsche vendido em Portugal que o próprio fabricante.
Tudo isto foi possível graças à acção do presidente da empresa que entrou em 1992 e deu a volta à situação, tendo transformado uma fabrica tradicional a perder qualidade numa sofisticada empresa ultra moderna e com a qualidade máxima do mundo automóvel, ainda por cima dando muito lucro, como se vê. Ao lado, apostou num "hedge fund" bem controlado que lhe permitiu chegar a um ponto em que as venda dos carros representam apenas 12% dos lucros da Porsche.
Notável. Claro que quando criticam o Eng. Wendelin Wiedeking por ganhar 100 milhões de dólares por ano, ele riposta calmamente que os merece. E nem a crise global afecta o seu negócio.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os amigos de Alex

Não sei a que propósito, algum dos jovens cá de casa resolveu colocar o DVD "The big chill". Deve ser para provocar este cota, mas a carapaça já é grande, if you know what i mean. Para o pessoal amigo(amigos de Alex?), aqui fica o funeral do Alex, com a sua banda sonora.