Volta a falar-se em descida de impostos.
Como as eleições a isso "obrigam", os analistas têm praticamente como seguro que no próximo ano o IVA irá descer.
Recorda-se que Durão Barroso subiu o IVA "provisoriamente" de 17% para 19%.
O governo socialista levou o provisório à letra e subiu o IVA para 21%.
Não sei se essa descida que se prevê será assim tão boa notícia, quer para os portugueses em geral, quer mesmo para o governo.
De facto, o exemplo do IVA especial para os ginásios recentemente decidido, teve como consequência um aumento dos proveitos dos proprietários dos ginásios e não o benefício dos utentes, ao contrário do objectivo proclamado da medida.
Isto é, se o governo descer o IVA, muito provavelmente os consumidores não irão sentir grandes benefícios, sendo os fornecedores de serviços e bens que irão absorver a diferença, porque os consumidores já estão habituados aos actuais preços e porque esses fornecedores também irão tentar recuperar algum proveito que actualmente estão a suportar, dada a crise que se vive.
Seria muito mais eficaz diminuir as taxas de IRS, cujo efeito se faria sentir directamente nos bolsos dos contribuintes, sem ser distribuído ao longo da cadeia económica, mal se fazendo sentir nos últimos beneficiários.
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