sexta-feira, 20 de abril de 2018

quarta-feira, 18 de abril de 2018

PSD

Com que então o PSD pede aumentos para os funcionários públicos em 2019. Nos mesmos termos que o Bloco de Esquerda, bla la bla. Pelos vistos já se esqueceu dos aumentos do Sócrates em 2009 que deram no que deram. Ou então acreditam no bla bla bla do crescimento fantástico do Costa & Centeno. Não sei o que é pior, ainda por cima com populismo da treta.

terça-feira, 17 de abril de 2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Presidente(s) na cadeia



Na Coreia do Sul a antiga presidente Park Geun-hye foi condenada a 24 anos de prisão por corrupção, pela prova em tribunal de 16 dos 18 crimes por que estava acusada. Para montar uma rede ilícita que lhe rendeu dezenas de milhões de euros durante anos provenientes de grandes empresas como a Samsung contou com a colaboração de uma grande amiga chamada Choi Soon-sil que já é conhecida como “Rasputina” dada a influência que exercia sobre a presidência coreana. A Sra. Park é filha de um antigo presidente do tempo da ditadura dos anos 60 e 70, ainda venerado por muitos coreanos mais velhos e conservadores, dada a prosperidade económica desse tempo. Aquando da sua impugnação muitos milhares de coreanos foram para as ruas em sua defesa, recusando as acusações de corrupção e abuso de poder que sobre ela impendiam, numa atitude comum a muitos outros países, quando líderes ou ex-líderes políticos são acusados de corrupção. A ex-presidente Park não está, porém, sozinha nesta sua condição de ex-presidente acusada de corrupção na Coreia do Sul. Ela é apenas a sétima personalidade a ter ocupado aquele cargo a braços com este tipo de acusações. O padrão deste tipo de atitudes por parte dos ex-presidentes não deixa de revelar uma falta histórica de controlo democrático sobre a acção dos líderes máximos da Coreia do Sul, que deverá provocar alterações profundas na organização política do país agora que, pela primeira vez, foi possível destituir quem ocupava a presidência a fim de ser presente a julgamento.
No Brasil, o ex-presidente Inácio Lula da Silva entrou também na cadeia depois de condenado a 12 anos de prisão pelos tribunais em duas instâncias, apanhado pela Operação Lava Jato. O antigo presidente não foi o primeiro político a ser apanhado nesta rede de corrupção, nem deverá ser o último. Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e que se notabilizou no processo de impeachment de Dilma Rousseff foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva; o ex-senador Sérgio Cabral Filho, do PMDB está preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Aécio Neves, Fernando Collor de Mello, Renan Calheiros, Romero Jucá, (presidente do PMDB) são outros exemplos de membros da classe política (nestes casos de direita) que estão a ser investigados no mesmo processo, arriscando-se igualmente a ir parar à cadeia. Alguns dos maiores empresários do Brasil ligados à construção civil foram também condenados a penas de prisão, casos dos presidentes da Camargo Corrêa, da OAS e da Odebrecht, enquanto decorre a investigação da Andrade Gutierrez. José Dirceu, que foi ministro-chefe da Casa Civil do presidente Lula da Silva, já soma mais de trinta anos de condenações a prisão no âmbito da Operação Lava Jato, depois de ter sido anteriormente apanhado na Operação Mensalão.
Ainda mais do que na Coreia do Sul, no Brasil assiste-se a uma grande operação de tentativa de branqueamento da condenação de um ex-presidente por crimes relacionados com corrupção, acusando-se a Justiça de ser ela própria agente política e não o garante da legalidade perante seja quem for.
Em ambos os países se nota algo de comum que merece ser analisado. Trata-se de regimes democráticos que sucederam a algumas décadas de poder ditatorial exercido por generais, isto é, ditaduras militares. A sensação de impunidade no exercício das funções máximas no Estado parece não ter desaparecido, enquanto se verifica alguma “compreensão” das populações perante práticas ilícitas dos novos líderes, agora eleitos, independentemente da sua orientação política.
A estabilização dos regimes democráticos recém-estabelecidos passa muito pela exigência de rigor e capacidade de defesa da legalidade mesmo perante novas lideranças que se apresentam com galões de referência na luta contra as ditaduras que os antecederam. A independência e capacidade de actuação da Justiça é como sempre, mas designadamente nessas alturas, o garante máximo da Liberdade e da Igualdade dos cidadãos. Não nos devemos deixar enganar por campanhas de carácter político que, no fim, apenas visam manipular a Justiça como instrumento de luta política e proteger quem usou, para fins inconfessáveis, os poderes que o povo lhes entregou.

O que diz Centeno

Centeno é o ministro das Finanças de António Costa. O mesmo desde finais de 2015.
Agora diz:
“O risco de retrocesso existe e é maior do que parece (…). Não temos memória curta e sabemos o que custou aos portugueses sair daquele pesadelo. Não seguirei esse caminho. Não podemos deixar que os erros do passado sejam cometidos“
O que significa isto, agora em que supostamente tínhamos abandonado a austeridade, o défice é o menor da Democracia e a dívida pública começou a descer?
Claro que a formação de emprego é superior ao crescimento económico, o que dá para pensar, mas não estávamos no bom caminho? Isto devia ser explicado aos portugueses. Com VERDADE, para variar.

sábado, 14 de abril de 2018

Deputados das ilhas recebem reembolso por viagens que não pagam

Diz o povo: quem parte e reparte e não tira a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte.
Como são os deputados que fazem as leis, acredito que o que fazem é legal, pelos vistos estão lá para isso mesmo.
Mas que é imoral, lá isso também é.

https://observador.pt/2018/04/14/deputados-das-ilhas-recebem-reembolso-por-viagens-que-nao-pagam/#

segunda-feira, 9 de abril de 2018

LARGO DA RAINHA SANTA PRIVATIZADO?



Se há devoção enraizada numa população é aquela que os habitantes da Cidade de Coimbra tem pela Rainha Santa. E com toda a razão, dada a relevância história daquela mulher que, quando era ainda uma jovem infanta de 12 anos, veio de Aragão para casar com o Rei D. Dinis em 1282, entrando para sempre no coração do povo conimbricense. Tendo falecido no dia 4 de Julho de 1336, foi sepultada originalmente no Mosteiro das Clarissas existente na margem esquerda do Mondego a que a Rainha Santa deu grande apoio em vida. Com os sucessivos alagamentos causados pelas cheias do rio, veio a ser construído um novo mosteiro no alto do vizinho Monte de Nossa Senhora da Esperança que ficou conhecido como Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, também designado como Convento da Rainha Santa Isabel, para onde foi trasladado o seu corpo em 1677.
Após a implantação da República em 1910 a parte Norte do Mosteiro passou a ser propriedade do Exército, que aí teve instalações a funcionar até aos finais do Séc. XX. Os outros espaços, incluindo a Igreja, claustro, hospedaria e casas do hospício, ficaram desde o Séc. XIX propriedade da Confraria da Rainha Santa.
Em frente de todas estas instalações existe o Largo da Rainha Santa que, além de proporcionar uma vista privilegiada da Cidade, funciona como acesso quer à Igreja e respectivo claustro e outras instalações anexas, quer ao antigo Convento que pertence ao Estado português.

A localização e características do edifício do antigo Convento sugerem de imediato a sua utilização turística, lamentando-se que o Estado tenha deixado aquelas instalações ao abandono desde que o Exército deixou de as utilizar. Em 2016 o Governo criou o programa REVIVE que visa entregar três dezenas de instalações abandonadas deste tipo espalhadas por todo o País. O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha foi incluído neste programa, aguardando-se que seja aberto o respectivo Concurso para que finalmente, aquele magnífico espaço tenha uma utilização adequada contribuindo para a dinamização turística de Coimbra e correspondente actividade económica e ainda para a melhoria da imagem da cidade.
A Igreja da Rainha Santa Isabel do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, para além de acolher a urna de prata e cristal que contém o corpo da Rainha Santa, é de uma grande riqueza arquitectónica e artística. O claustro construído pelo húngaro Carlos Mardel em 1733 é menos conhecido mas surpreende sempre quem o visita pela primeira vez pela sua beleza e ambiente de recolhimento que proporciona. A Confraria da Rainha Santa Isabel precisa de encontrar financiamentos para zelar por este património. É, por isso, inteiramente justificado que os visitantes paguem pelo acesso às edificações, contribuindo para a sua manutenção.
Já o pedido de pagamento para acesso ao Largo da Rainha Santa que a Confraria da Rainha Santa Isabel começou a praticar desde há algum tempo é algo difícil de compreender e mesmo inaceitável pelos poderes que têm a responsabilidade de zelar pelos espaços públicos a começar por os manter nessa situação. Trata-se de um miradouro de uso público geral e acesso livre desde há muitas dezenas de anos, utilizado por turistas e por conimbricenses como cenário ideal para fotografias. Acresce que por este largo se pratica o acesso às instalações detidas pelo Estado agora integradas no programa Revive. Será que a Confraria tenciona começar a cobrar portagem de passagem aos futuros utentes da Pousada ou Hotel que aí será instalado? Não há ideia de alguma vez o ter feito quando o Exército utilizava as suas instalações e muito menos cobrou renda quando no Largo estiveram expostas ao público peças de artilharia e a famosa chaimite BULA cujo papel no dia 25 de Abril de 1974 é bem conhecido. Acredita-se que existam documentos antigos que atestem a “propriedade privada” do Largo pela Confraria. Mas a “actualidade” existente pelo menos desde a implantação da República dita outra realidade completamente diferente. Este passo dado pela Confraria poderá dever-se a um lapso interpretativo e não a quaisquer outros interesses. Por isso mesmo deverá ser rapidamente corrigido, sem ser necessário que a República, através das entidades responsáveis, se veja obrigada a proceder a uma providência cautelar sobre o Largo da Rainha Santa devolvendo-lhe o estatuto que permita a liberdade de acesso que teve durante praticamente uma centena de anos.