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sábado, 18 de abril de 2020
quarta-feira, 15 de abril de 2020
terça-feira, 14 de abril de 2020
segunda-feira, 13 de abril de 2020
«PILARES DA CRIAÇÃO»
Fotografia da NASA através do Hubble, mostrando as formações de gás e areia da nebulosa Águia.
Como eles dizem, de perder a respiração.
Como eles dizem, de perder a respiração.
O TEMPO DA CIÊNCIA
Uma pandemia
trazida subitamente por um agente ainda desconhecido provoca, como temos visto,
uma fuga ao contágio para evitar uma utilização dos sistemas de saúde para além
do suportável o que arrasta consigo consequências sociais e económicas
desastrosas que demorarão tempo a ultrapassar e recuperar.
O peso desta
envolvente sanitária, social e económica é de tal ordem que, por vezes, nos faz
esquecer o mais importante de tudo: encontrar soluções médicas para conseguir
parar a pandemia e, fundamentalmente, para evitar que volte em vagas
sucessivas. E o esforço que se está a levar a cabo em todo o mundo para
conseguir esses objectivos é notável e, provavelmente, nunca antes foi visto a
esta escala.
Para além das discussões
científicas sobre o grau de imunidade que a actual pandemia, só por si, poderá
introduzir na população mundial, há que produzir uma vacina que seja eficaz e
se possa distribuir rapidamente pelo mundo inteiro. Já todos percebemos que o
vírus vai sofrendo mutações e que, por isso, o ideal será que a vacina preveja
essa situação e seja eficaz em futuras e previsíveis epidemias.
O esforço de
investigação científica, a contra relógio, é absolutamente notável e mostra
que, apesar de todos os seus problemas, a Humanidade é ainda e sempre, capaz do
melhor.
De acordo com a
revista científica Nature em todo o mundo haverá 115 vacinas candidatas para a
doença COVID-19, em fases diferentes de desenvolvimento, estando 5 já em fase
de ensaios clínicos. É sabido que as vacinas demoram normalmente anos a
desenvolver desde as fases iniciais até estarem prontas para utilização segura
e eficaz. A vacina contra o Ébola, por exemplo, demorou 5 anos a ser
desenvolvida e ainda não há vacina contra o AIDS ao fim destes anos todos de
investigação e enormes somas de dinheiro gastas. Recorde-se que o novo
coronavírus foi detectado em Dezembro, na China, onde começou a pandemia, há
escassos 4 meses. A actual tecnologia permitiu que, logo nos primeiros dias de
Janeiro fosse publicada nos Estados Unidos a sequência genética do coronavírus
SARS-CoV-2, passo essencial para o desenvolvimento da vacina. De acordo com a
revista Nature, numerosos laboratórios por todo o mundo estão a utilizar
diversos métodos já licenciados para produzir vacinas que pretendem,
fundamentalmente, levar os organismos humanos a desenvolver anticorpos que
neutralizem a capacidade do vírus de entrar nas células humanas.
Mas há também
quem esteja a tentar obter a vacina por métodos completamente inovadores, utilizando
técnicas de vanguarda inacessíveis até há pouco tempo. Na última edição do
jornal Expresso explicava-se o que se está a fazer num laboratório da
Universidade de Washington, desenvolvendo uma vacina diferente das habituais,
através do uso de ADN e ARN que leve o organismo a «produzir uma proteína viral
capaz de resposta imunitária» exigindo uma única injecção, ministrada também
por um método inovador.
Todo este
esforço pelo mundo inteiro significa investimentos extremamente avultados, quer
por parte de Estados, quer por empresas privadas, prevendo-se que a primeira
vacina possa estar pronta a ser utilizada nos primeiros meses de 2021.
Enquanto tantos
tentam passar mensagens negativas sobre a pandemia difundindo teses
catastrofistas de vingança da Terra sobre o Homem, de o vírus ser uma arma de
guerra biológica, ou uma espécie de castigo divino, etc. que não trazem nada de
construtivo, governantes e cientistas de todo o mundo dedicam grande parte do
seu esforço a encontrar soluções para o problema. Ao longo da História houve
muitas pandemias em que desapareceram milhões de mortos. Para falar das mais
recentes, há cem anos mais de 500 milhões de pessoas adoeceram com a «gripe
espanhola», tendo morrido cerca de 100 milhões, a gripe asiática de 1957/58 provocou
mais de um milhão de mortes e a SIDA desde que surgiu nos anos 80 já levou mais
de três dezenas de milhões de pessoas.
Talvez com estas
memórias presentes, o esforço a que diariamente assistimos é enorme e é isso
que verdadeiramente importa: perante uma ameaça global, a Humanidade, embora certamente
com erros, arregaça as mangas e luta com todas as forças para lhe fazer frente
e salvar o maior número de pessoas.
Publicado originalmente no Diário de Coimbra em 13 de Abril de 2020
domingo, 12 de abril de 2020
sábado, 11 de abril de 2020
sexta-feira, 10 de abril de 2020
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