António Costa e Fernando Medina decidiram aceitar o convite de Luis Filipe Vieira para participarem na comissão de honra da sua recandidatura à presidência do clube de futebol Benfica.
António Costa, que se saiba exerce as suas funções primo-ministeriais em exclusividade. O mesmo acontece com Fernando Medina na presidência da Câmara de Lisboa. Já nenhum deles participa na Quadratura do Círculo, isto é, pertence à respectiva cooperativa.
Agora vêm defender que a sua presença na referida comissão se faz a título pessoal nada tendo a ver com as respectivas funções institucionais. Para este efeito não são as mesmas pessoas que exercem aquelas funções. Serão outras, portanto.
E uns jornalistas vão catar num suposto regulamento ético do Governo, para saber se Costa o está a infringir. Mais um frete, claro.
Será preciso muito para perceber que ambos meteram a pata na poça por duas razões?
Em primeiro lugar, política e futebol não casam, devem ser estanques. Por uma questão óbvia de limpeza sanitária do espaço público.
Em segundo lugar, porque a pessoa que estão a apoiar se chama Luis Filipe Vieira. O que lhes devia ter tocado umas campainhas, ao receberem o convite. Por causa de eventuais vigarices de dinheiro que correm pelos tribunais. Muito dinheiro. Centenas de milhões, mesmo.
Mais uma vez cito Rodrigo da Fonseca:
«Nascer entre brutos, viver entre brutos, morrer entre brutos, é triste»
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